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terça-feira, 8 de julho de 2008

Presos Daniel Dantas, Celso Pitta e Naji Nahas em operação da PF; veja vídeo


da Folha Online

Deflagrada nesta terça-feira com a finalidade de combater um esquema de desvio de verbas, corrupção e lavagem de dinheiro, as investigações da operação denominada Satiagraha tiveram início há cerca de quatro anos. Entre outros foram presos o investidor Naji Nahas, o banqueiro Daniel Dantas, do Opportunity, e o ex-prefeito Celso Pitta -- nenhum dos três presos, porém, foi acusado por desvio de verba.

A operação cumpre 24 mandados de prisão e 56 de busca e apreensão nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, e em Brasília. O empresário Marcos Valério, suspeito de ser o pivô do mensalão, é apontado como intermediador de um esquema que visava desviar recursos públicos.

Os documentos recolhidos também sugerem que Dantas comanda o que a PF considera uma grande organização criminosa suspeito da prática de diversos crimes. Empresas de fachada foram criadas para camuflar o desvio de verbas.

A PF descobriu ainda a existência de uma segunda organização criminosa, integrada por doleiros e empresários que atuavam no mercado financeiro com a única intenção de lavagem de dinheiro. Nahas, segundo as apurações da Polícia Federal, comanda um esquema que praticava fraudes no mercado de capitais.

Os presos na operação devem ser indiciados pelos crimes de lavagem de dinheiro, corrupção, evasão de divisas, sonegação fiscal e formação de quadrilha. Eles devem ser transferidos para São Paulo, onde permanecerão na carceragem da Superintendência Regional da PF. A operação conta com a participação de 300 policiais.

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26/10/2008 free counters

Parlamentares que investigaram mensalão se dizem surpresos com prisões

GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

Parlamentares da CPI dos Correios que investigaram o escândalo do "mensalão" no Congresso receberam com surpresa nesta terça-feira a notícia da prisão do ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta, do investidor Naji Nahas e do banqueiro Daniel Dantas, do Opportunity. Os três foram presos pela Polícia Federal na Operação Satiagraha por desvio de verbas públicas, corrupção e lavagem de dinheiro.

O esquema foi descoberto com base nos desdobramentos das investigações do caso "mensalão. O relator da extinta CPI dos Correios, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), disse acreditar que ramificações do caso resultem em novos escândalos a serem descobertos pela PF e Justiça com os envolvidos no esquema.

"Há pendências em relação aos fundos de pensão. Tenho a convicção de que teremos também responsabilização no que diz respeito aos fundos", afirmou. Serraglio disse que a CPI suspeitava da ligação de Dantas com o publicitário Marcos Valério, mas não reuniu nenhum indício de envolvimento de Pitta e Nahas no esquema de desvio de recursos públicos.

"Apuramos que o Marcos Valério agradava o Dantas na medida em que o presidente do banco Opportunity o aproximava daqueles que comandavam o esquema. A previ havia tirado o Dantas da sua direção, ele precisava se aproximar do governo. O Marcos Valério servia para isso e ele, em troca, contratava empresas do Marcos Valério", disse Serraglio.

O relator disse que a operação da PF mostra que os trabalhos da CPI não terminaram em "pizza", uma vez que vem trazendo resultados práticos na apuração de crimes contra o patrimônio público. Assim como Serraglio, o senador Delcídio Amaral (PT-MS), que foi presidente da CPI dos Correios, também comemorou os desdobramentos das investigações.

"Acho que outros órgãos como o Ministério Público, Supremo Tribunal Federal e Polícia Federal tiveram muito mais tempo para investigar do que nós. Era impossível a CPI ter o nível de profundidade que esses órgãos têm. Obviamente, muitas informações que saíram da CPI deram resultado", afirmou.

O deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR), que foi um dos sub-relatores da CPI dos Correios, criticou a demora na investigação dos desdobramentos tanto pela PF quanto pelo Poder Judiciário. "Demorou até demais. Eram muitas frentes de investigações. A gente [CPI] sempre sustentou que o volume de recursos movimentados no valerioduto era muito maior, especialmente com o envolvimento de doleiros", afirmou Fruet à Folha Online.

A exemplo de Serraglio, Fruet disse que a CPI não reuniu elementos contra Nahas e Pitta, mas chegou a pedir o indiciamento de Dantas no final dos trabalhos. "A investigação tinha o Daniel Dantas no que diz respeito à operação de fusão da Brasil Telecom com a Oi. Mas tinha empresas, que a gente não tinha tempo de investigar, que contratavam empresas do Marcos Valério", afirmou Fruet.

Operação

A operação Satiagraha cumpre 24 mandados de prisão e 56 de busca e apreensão nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, e em Brasília. Os mandados foram expedidos pela 2ª Vara Criminal Federal de São Paulo.

Segundo a PF, as investigações começaram há quatro anos, com o desdobramento das apurações feitas a partir de documentos relacionados com o caso mensalão. A partir de documentos enviados pelo STF (Supremo Tribunal Federal) para a Procuradoria da República no Estado de São Paulo, foi aberto um processo na 2ª Vara Criminal Federal.

Na apuração foram identificadas pessoas e empresas beneficiadas no esquema montado pelo empresário Marcos Valério para intermediar e desviar recursos públicos. Com base nas informações e em documentos colhidos em outras investigações da Polícia Federal, os policiais apuraram a existência de uma organização criminosa, comandada por Daniel Dantas, envolvida com a prática de diversos crimes.

Para a prática dos delitos, principalmente desvio de verbas públicas, o grupo possuía empresas de fachada. As investigações ainda descobriram que havia uma segunda organização, formada por empresários e doleiros que atuavam no mercado financeiro para lavagem de dinheiro. O segundo grupo seria comandado pelo investidor Naji Nahas.

Além de fraudes no mercado de capitais, baseadas principalmente no recebimento de informações privilegiadas, a organização atuava no mercado paralelo de moedas estrangeiras. Há indícios inclusive do recebimento de informações privilegiadas sobre a taxa de juros do Federal Reserve (Fed, o BC americano).

Os presos na operação devem ser indiciados sob acusações de lavagem de dinheiro, corrupção, evasão de divisas, sonegação fiscal e formação de quadrilha. Eles devem ser transferidos para São Paulo, onde permanecerão na carceragem da Superintendência Regional da PF.

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26/10/2008 free counters

Operação da PF prende Daniel Dantas, Celso Pitta e Naji Nahas

da Folha Online

As investigações da operação da Polícia Federal denominada Satiagraha, deflagrada nesta terça-feira com a finalidade de combater um esquema de corrupção e lavagem de dinheiro, tiveram início há cerca de quatro anos. Entre outros foram presos o investidor Naji Nahas, o banqueiro Daniel Dantas, do Opportunity, e o ex-prefeito Celso Pitta.

A operação, que tem seu nome numa palavra que significa resistência pacífica e silenciosa, cumpre 24 mandados de prisão e 56 de busca e apreensão nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, e em Brasília. Os mandados foram expedidos pela 2ª Vara Criminal Federal de São Paulo.

As investigações são um desdobramento das apurações feitas a partir de documentos relacionados com o caso do mensalão e enviados à Procuradoria da República de São Paulo pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

Folha Imagem
PF prende o investidor Naji Nahas, o ex-prefeito Celso Pitta e o banqueiro Daniel Dantas
PF prende o investidor Naji Nahas, o ex-prefeito Celso Pitta e o banqueiro Daniel Dantas

A partir destes documentos foi aberto um processo na 2ª Vara Criminal Federal de São Paulo. O empresário Marcos Valério, suspeito de ser o pivô do mensalão, é apontado como intermediador de um esquema que visava desviar recursos públicos.

Os documentos recolhidos também sugerem que Dantas comanda o que a PF considera uma grande organização criminosa suspeito da prática de diversos crimes. Empresas de fachada foram criadas para camuflar o desvio de verbas públicas.

Paralelo a esse esquema, a PF descobriu ainda a existência de uma segunda organização criminosa, integrada por doleiros e empresários que atuavam no mercado financeiro com a única intenção de lavagem de dinheiro. Nahas, segundo as apurações da Polícia Federal, comanda um esquema que praticava fraudes no mercado de capitais. Para tanto os integrantes do grupo recebem informações privilegiadas.

Outro foco de atuação desse esquema comandado por Nahas é a atuação paralela no mercado de moedas estrangeiras. Indícios apontam que o grupo pode ter recebido inclusive informações privilegiadas sobre taxa de juros do Federal Reserve (Fed, o BC americano).

A PF informou que essas duas organizações, a comandada supostamente por Dantas e a que seria comandada por Nahas, atuavam de forma interligada para cometer crimes de lavagem de dinheiro, corrupção, evasão de divisas, sonegação fiscal e formação de quadrilha.

Ligação

A ligação de Dantas e Nahas foi descoberta após a investigação baseada no banqueiro, que, por meio do Opportunity, era o gestor da Brasil Telecom, dona da Telemig e da Amazonia Telecom. Essas seriam as principais fontes de recursos do mensalão. A PF chegou a essa conclusão após quebra de sigilo do computador central do banco.

Com isso, as investigações a respeito do mensalão apontam que as empresas de telefonia injetaram R$ 127 milhões nas contas da DNA Propaganda, administrada por Valério. Essa era a fonte que alimentava o esquema de pagamento ilegal a parlamentares, segundo a PF.

Entretanto, os dados disponíveis no material coletado não reuniam informações suficientes para elucidar os beneficiários do esquema. Os dados mostraram haver fortes indícios de prática de crimes contra o sistema financeiro nacional e também de evasão de divisas.

Dantas recebia informações privilegiadas de contatos que mantinha no meio das telecomunicações. Para investigar isso, as mensagens eletrônicas do servidor central do banco foram grampeadas.

Foi através de correspondências trocadas entre Dantas e Nahas, por meio de mensagens eletrônicas, que a PF descobriu que os dois recebiam dados privilegiados.

Trajetória

Celso Pitta foi prefeito de São Paulo entre 1997 e 2000, após ser secretário de Finanças na gestão anterior, de Paulo Maluf. Em março de 2000, sua ex-mulher, Nicéa Pitta, o acusou de participar de um esquema de corrupção --que foi conhecido como o "escândalo dos precatórios".

Os desdobramentos deste caso fizeram com que ele perdesse o cargo na Justiça em maio daquele ano, recuperando a posição 18 dias depois. Depois tentou, sem sucesso, se eleger deputado federal por duas vezes. Atualmente era filiado ao PTB.

Daniel Dantas é o dono do grupo Opportunity, fundado por ele em 1993. O banqueiro ganhou notoriedade ao se associar com o Citigroup, para se tornarem sócios do consórcio que venceu a concessão de telefonia que criou a Brasil Telecom. Depois iniciaram uma disputa societária que só terminou com a venda da empresa para a Oi (ex-Telemar) no início deste ano. Durante essa disputa foi acusado, entre outras coisas, de espionagem.

Ele aproximou-se da política no governo Fernando Collor de Mello. Depois tornou-se economista do PFL. Ganhou fama, entretanto, na época das privatizações da telefonia, em 1998, durante o governo Fernando Henrique Cardoso.

Já o megainvestidor Naji Nahas, nascido no Líbano, chegou ao Brasil na década de 70 e ficou conhecido em 1989, quando foi acusado de ser um dos responsáveis pela quebra da Bolsa de Valores do Rio. Porém, foi inocentado --a decisão final sobre o caso ocorreu apenas em 2005. Nahas também se envolveu na disputa societária da Brasil Telecom ao trabalhar como consultor da Telecom Italia, que foi uma das interessadas na compra da companhia telefônica brasileira.

da Folha Online

A Polícia Federal prendeu nesta terça-feira, durante uma operação contra suspeitos de corrupção e lavagem de dinheiro, o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta, o investidor Naji Nahas e o banqueiro Daniel Dantas, do Opportunity.

A operação, batizada de Satiagraha, também investiga o suposto desvio de verbas públicas, mas nenhum dos três presos foi acusado por esse crime. Os policiais cumprem 24 mandados de prisão e 56 de busca e apreensão nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e em Brasília. Os mandados foram expedidos pela 2ª Vara Criminal Federal de São Paulo.

Dantas foi preso no Rio, juntamente com sua mulher, cunhado e irmã. A Polícia Federal apreendeu quatro carros importados, sendo que três deles possivelmente são de Nahas, além de documentos e um cofre.

O advogado de Dantas afirmou à Folha Online que a operação é resultado de uma "perseguição implacável" de representantes do setor público a seu cliente. Nem o advogado de Celso Pitta nem o do investidor Naji Nahas se pronunciaram até a publicação desta reportagem.

Folha Imagem
PF prende o investidor Naji Nahas, o ex-prefeito Celso Pitta e o banqueiro Daniel Dantas
PF prende o investidor Naji Nahas, o ex-prefeito Celso Pitta e o banqueiro Daniel Dantas

A Justiça decretou as prisões temporárias de dez pessoas ligadas a Dantas: Verônica Dantas (irmã e parceira de negócios), Carlos Rodemburg (sócio e vice-presidente do banco Opportunity), Daniele Ninio, Arthur Joaquim de Carvalho, Eduardo Penido Monteiro, Dorio Ferman, Itamar Benigno Filho, Norberto Aguiar Tomaz, Maria Amália Delfim de Melo Coutrin e Rodrigo Bhering de Andrade.

Do grupo de Nahas, foram decretadas a prisão de mais dez pessoas: Fernando Nahas (filho), Maria do Carmo Antunes Jannini, Antonio Moreira Dias Filho, Roberto Sande Caldeira Bastos, os doleiros Carmine Enrique, Carmine Enrique Filho, Miguel Jurno Neto, Lúcio Bolonha Funaro e Marco Ernest Matalon e o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta, cliente dos doleiros, que teve operações financeiras ilegais interceptadas pela PF.

Também foi decretada a prisão preventiva de duas pessoas. Uma delas, Hugo Chicaroni, já foi presa. Ambas, supostamente a mando de Dantas, teriam oferecido, segundo o Ministério Público, US$ 1 milhão para um delegado federal que participava das investigações para que ele tirasse alguns nomes do inquérito.

A PF e o Ministério Público pediram ainda a prisão do advogado Luiz Eduardo Greenhalgh, ex-deputado federal, por sua suposta participação na organização criminosa, mas o juiz federal Fausto de Sanctis entendeu que não existiam fundamentos suficientes para decretá-la.

Defesa de Dantas

O advogado do banqueiro Daniel Dantas, Nélio Machado, acusa representantes do setor público de perseguirem seu cliente. Ele disse acreditar que a operação da PF é decorrência da briga societária envolvendo Brasil Telecom e a Telecom Itália.

"Sei que há documentos na Itália que deixam comprometidos personagens comprometidos com o governo brasileiro, e esse episódio pode ter gerado uma vingança contra o meu cliente", afirmou, no Rio.

Machado negou ligação direta de Dantas com Nahas e Pitta. Ele admitiu que Nahas prestou serviços à Telecom Itália na disputa judicial entre a empresa e a Brasil Telecom. O advogado disse ainda que não há motivos para que Dantas seja preso por supostas ligações com o esquema do mensalão.

"Se houvesse alguma ligação do meu cliente com o mensalão, ele teria sido denunciado pelo STF [Supremo Tribunal Federal]", observou. Machado, no entanto, admitiu que Marcos Valério intermediou contratos de publicidade com a Telemig e a Brasil Telecom.

Investigações

Segundo a PF, as investigações começaram há quatro anos, com o desdobramento das apurações feitas a partir de documentos relacionados com o caso mensalão. A partir de documentos enviados pelo STF (Supremo Tribunal Federal) para a Procuradoria da República no Estado de São Paulo, foi aberto um processo na 2ª Vara Criminal Federal.

Na apuração foram identificadas pessoas e empresas supostamente beneficiadas no esquema montado pelo empresário Marcos Valério para intermediar e desviar recursos públicos. Com base nas informações e em documentos colhidos em outras investigações da Polícia Federal, os policiais apuraram a existência de uma organização criminosa, supostamente comandada por Daniel Dantas, envolvida com a prática de diversos crimes.

Para a prática dos delitos, principalmente desvio de verbas públicas, o grupo teria possuído empresas de fachada. As investigações ainda descobriram que havia uma segunda organização, formada por empresários e doleiros que supostamente atuavam no mercado financeiro para lavagem de dinheiro. O segundo grupo seria comandado pelo investidor Naji Nahas.

Além de fraudes no mercado de capitais, baseadas principalmente no recebimento de informações privilegiadas, a organização teria atuado no mercado paralelo de moedas estrangeiras. Há indícios inclusive do recebimento de informações privilegiadas sobre a taxa de juros do Federal Reserve (Fed, o BC americano).

Os presos na operação devem ser indiciados sob as acusações de lavagem de dinheiro, corrupção, evasão de divisas, sonegação fiscal e formação de quadrilha. Eles serão transferidos para São Paulo, onde permanecerão na carceragem da Superintendência Regional da PF.

A operação conta com a participação de 300 policiais.

Trajetória

Celso Pitta foi prefeito de São Paulo entre 1997 e 2000, após ser secretário de Finanças na gestão anterior, de Paulo Maluf. Em março de 2000, sua ex-mulher, Nicéa Pitta, o acusou de participar de um esquema de corrupção --que foi conhecido como o 'escândalo dos precatórios'.

Os desdobramentos deste caso fizeram com que ele perdesse o cargo na Justiça em maio daquele ano, recuperando a posição 18 dias depois. Mais tarde tentou, sem sucesso, se eleger deputado federal por duas vezes. Atualmente é filiado ao PTB.

Daniel Dantas é o dono do grupo Opportunity, fundado por ele em 1993. O banqueiro ganhou notoriedade ao se associar com o Citigroup, para se tornarem sócios do consórcio que venceu a concessão de telefonia que criou a Brasil Telecom. Depois iniciaram uma disputa societária que só terminou com a venda da empresa para a Oi (ex-Telemar) no início deste ano. Durante essa disputa foi acusado, entre outras coisas, de espionagem.

Ele aproximou-se da política no governo Fernando Collor de Mello. Depois tornou-se economista do PFL. Ganhou fama, entretanto, na época das privatizações da telefonia, em 1998, durante o governo Fernando Henrique Cardoso.

Já o megainvestidor Naji Nahas, nascido no Líbano, chegou ao Brasil na década de 70 e ficou conhecido em 1989, quando foi acusado de ser um dos responsáveis pela quebra da Bolsa de Valores do Rio. Porém, foi inocentado --a decisão final sobre o caso ocorreu apenas em 2005. Nahas também se envolveu na disputa societária da Brasil Telecom ao trabalhar como consultor da Telecom Italia, que foi uma das interessadas na compra da companhia telefônica brasileira

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26/10/2008 free counters

Polícia Federal denominada Satiagraha

da Folha Online

As investigações da operação da Polícia Federal denominada Satiagraha, deflagrada nesta terça-feira com a finalidade de combater um esquema de corrupção e lavagem de dinheiro, tiveram início há cerca de quatro anos. Entre outros foram presos o investidor Naji Nahas, o banqueiro Daniel Dantas, do Opportunity, e o ex-prefeito Celso Pitta.

A operação, que tem seu nome numa palavra que significa resistência pacífica e silenciosa, cumpre 24 mandados de prisão e 56 de busca e apreensão nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, e em Brasília. Os mandados foram expedidos pela 2ª Vara Criminal Federal de São Paulo.

As investigações são um desdobramento das apurações feitas a partir de documentos relacionados com o caso do mensalão e enviados à Procuradoria da República de São Paulo pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

Folha Imagem
PF prende o investidor Naji Nahas, o ex-prefeito Celso Pitta e o banqueiro Daniel Dantas
PF prende o investidor Naji Nahas, o ex-prefeito Celso Pitta e o banqueiro Daniel Dantas

A partir destes documentos foi aberto um processo na 2ª Vara Criminal Federal de São Paulo. O empresário Marcos Valério, suspeito de ser o pivô do mensalão, é apontado como intermediador de um esquema que visava desviar recursos públicos.

Os documentos recolhidos também sugerem que Dantas comanda o que a PF considera uma grande organização criminosa suspeito da prática de diversos crimes. Empresas de fachada foram criadas para camuflar o desvio de verbas públicas.

Paralelo a esse esquema, a PF descobriu ainda a existência de uma segunda organização criminosa, integrada por doleiros e empresários que atuavam no mercado financeiro com a única intenção de lavagem de dinheiro. Nahas, segundo as apurações da Polícia Federal, comanda um esquema que praticava fraudes no mercado de capitais. Para tanto os integrantes do grupo recebem informações privilegiadas.

Outro foco de atuação desse esquema comandado por Nahas é a atuação paralela no mercado de moedas estrangeiras. Indícios apontam que o grupo pode ter recebido inclusive informações privilegiadas sobre taxa de juros do Federal Reserve (Fed, o BC americano).

A PF informou que essas duas organizações, a comandada supostamente por Dantas e a que seria comandada por Nahas, atuavam de forma interligada para cometer crimes de lavagem de dinheiro, corrupção, evasão de divisas, sonegação fiscal e formação de quadrilha.

Ligação

A ligação de Dantas e Nahas foi descoberta após a investigação baseada no banqueiro, que, por meio do Opportunity, era o gestor da Brasil Telecom, dona da Telemig e da Amazonia Telecom. Essas seriam as principais fontes de recursos do mensalão. A PF chegou a essa conclusão após quebra de sigilo do computador central do banco.

Com isso, as investigações a respeito do mensalão apontam que as empresas de telefonia injetaram R$ 127 milhões nas contas da DNA Propaganda, administrada por Valério. Essa era a fonte que alimentava o esquema de pagamento ilegal a parlamentares, segundo a PF.

Entretanto, os dados disponíveis no material coletado não reuniam informações suficientes para elucidar os beneficiários do esquema. Os dados mostraram haver fortes indícios de prática de crimes contra o sistema financeiro nacional e também de evasão de divisas.

Dantas recebia informações privilegiadas de contatos que mantinha no meio das telecomunicações. Para investigar isso, as mensagens eletrônicas do servidor central do banco foram grampeadas.

Foi através de correspondências trocadas entre Dantas e Nahas, por meio de mensagens eletrônicas, que a PF descobriu que os dois recebiam dados privilegiados.

Trajetória

Celso Pitta foi prefeito de São Paulo entre 1997 e 2000, após ser secretário de Finanças na gestão anterior, de Paulo Maluf. Em março de 2000, sua ex-mulher, Nicéa Pitta, o acusou de participar de um esquema de corrupção --que foi conhecido como o "escândalo dos precatórios".

Os desdobramentos deste caso fizeram com que ele perdesse o cargo na Justiça em maio daquele ano, recuperando a posição 18 dias depois. Depois tentou, sem sucesso, se eleger deputado federal por duas vezes. Atualmente era filiado ao PTB.

Daniel Dantas é o dono do grupo Opportunity, fundado por ele em 1993. O banqueiro ganhou notoriedade ao se associar com o Citigroup, para se tornarem sócios do consórcio que venceu a concessão de telefonia que criou a Brasil Telecom. Depois iniciaram uma disputa societária que só terminou com a venda da empresa para a Oi (ex-Telemar) no início deste ano. Durante essa disputa foi acusado, entre outras coisas, de espionagem.

Ele aproximou-se da política no governo Fernando Collor de Mello. Depois tornou-se economista do PFL. Ganhou fama, entretanto, na época das privatizações da telefonia, em 1998, durante o governo Fernando Henrique Cardoso.

Já o megainvestidor Naji Nahas, nascido no Líbano, chegou ao Brasil na década de 70 e ficou conhecido em 1989, quando foi acusado de ser um dos responsáveis pela quebra da Bolsa de Valores do Rio. Porém, foi inocentado --a decisão final sobre o caso ocorreu apenas em 2005. Nahas também se envolveu na disputa societária da Brasil Telecom ao trabalhar como consultor da Telecom Italia, que foi uma das interessadas na compra da companhia telefônica brasileira.

da Folha Online

A Polícia Federal prendeu nesta terça-feira, durante uma operação contra suspeitos de corrupção e lavagem de dinheiro, o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta, o investidor Naji Nahas e o banqueiro Daniel Dantas, do Opportunity.

A operação, batizada de Satiagraha, também investiga o suposto desvio de verbas públicas, mas nenhum dos três presos foi acusado por esse crime. Os policiais cumprem 24 mandados de prisão e 56 de busca e apreensão nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e em Brasília. Os mandados foram expedidos pela 2ª Vara Criminal Federal de São Paulo.

Dantas foi preso no Rio, juntamente com sua mulher, cunhado e irmã. A Polícia Federal apreendeu quatro carros importados, sendo que três deles possivelmente são de Nahas, além de documentos e um cofre.

O advogado de Dantas afirmou à Folha Online que a operação é resultado de uma "perseguição implacável" de representantes do setor público a seu cliente. Nem o advogado de Celso Pitta nem o do investidor Naji Nahas se pronunciaram até a publicação desta reportagem.

Folha Imagem
PF prende o investidor Naji Nahas, o ex-prefeito Celso Pitta e o banqueiro Daniel Dantas
PF prende o investidor Naji Nahas, o ex-prefeito Celso Pitta e o banqueiro Daniel Dantas

A Justiça decretou as prisões temporárias de dez pessoas ligadas a Dantas: Verônica Dantas (irmã e parceira de negócios), Carlos Rodemburg (sócio e vice-presidente do banco Opportunity), Daniele Ninio, Arthur Joaquim de Carvalho, Eduardo Penido Monteiro, Dorio Ferman, Itamar Benigno Filho, Norberto Aguiar Tomaz, Maria Amália Delfim de Melo Coutrin e Rodrigo Bhering de Andrade.

Do grupo de Nahas, foram decretadas a prisão de mais dez pessoas: Fernando Nahas (filho), Maria do Carmo Antunes Jannini, Antonio Moreira Dias Filho, Roberto Sande Caldeira Bastos, os doleiros Carmine Enrique, Carmine Enrique Filho, Miguel Jurno Neto, Lúcio Bolonha Funaro e Marco Ernest Matalon e o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta, cliente dos doleiros, que teve operações financeiras ilegais interceptadas pela PF.

Também foi decretada a prisão preventiva de duas pessoas. Uma delas, Hugo Chicaroni, já foi presa. Ambas, supostamente a mando de Dantas, teriam oferecido, segundo o Ministério Público, US$ 1 milhão para um delegado federal que participava das investigações para que ele tirasse alguns nomes do inquérito.

A PF e o Ministério Público pediram ainda a prisão do advogado Luiz Eduardo Greenhalgh, ex-deputado federal, por sua suposta participação na organização criminosa, mas o juiz federal Fausto de Sanctis entendeu que não existiam fundamentos suficientes para decretá-la.

Defesa de Dantas

O advogado do banqueiro Daniel Dantas, Nélio Machado, acusa representantes do setor público de perseguirem seu cliente. Ele disse acreditar que a operação da PF é decorrência da briga societária envolvendo Brasil Telecom e a Telecom Itália.

"Sei que há documentos na Itália que deixam comprometidos personagens comprometidos com o governo brasileiro, e esse episódio pode ter gerado uma vingança contra o meu cliente", afirmou, no Rio.

Machado negou ligação direta de Dantas com Nahas e Pitta. Ele admitiu que Nahas prestou serviços à Telecom Itália na disputa judicial entre a empresa e a Brasil Telecom. O advogado disse ainda que não há motivos para que Dantas seja preso por supostas ligações com o esquema do mensalão.

"Se houvesse alguma ligação do meu cliente com o mensalão, ele teria sido denunciado pelo STF [Supremo Tribunal Federal]", observou. Machado, no entanto, admitiu que Marcos Valério intermediou contratos de publicidade com a Telemig e a Brasil Telecom.

Investigações

Segundo a PF, as investigações começaram há quatro anos, com o desdobramento das apurações feitas a partir de documentos relacionados com o caso mensalão. A partir de documentos enviados pelo STF (Supremo Tribunal Federal) para a Procuradoria da República no Estado de São Paulo, foi aberto um processo na 2ª Vara Criminal Federal.

Na apuração foram identificadas pessoas e empresas supostamente beneficiadas no esquema montado pelo empresário Marcos Valério para intermediar e desviar recursos públicos. Com base nas informações e em documentos colhidos em outras investigações da Polícia Federal, os policiais apuraram a existência de uma organização criminosa, supostamente comandada por Daniel Dantas, envolvida com a prática de diversos crimes.

Para a prática dos delitos, principalmente desvio de verbas públicas, o grupo teria possuído empresas de fachada. As investigações ainda descobriram que havia uma segunda organização, formada por empresários e doleiros que supostamente atuavam no mercado financeiro para lavagem de dinheiro. O segundo grupo seria comandado pelo investidor Naji Nahas.

Além de fraudes no mercado de capitais, baseadas principalmente no recebimento de informações privilegiadas, a organização teria atuado no mercado paralelo de moedas estrangeiras. Há indícios inclusive do recebimento de informações privilegiadas sobre a taxa de juros do Federal Reserve (Fed, o BC americano).

Os presos na operação devem ser indiciados sob as acusações de lavagem de dinheiro, corrupção, evasão de divisas, sonegação fiscal e formação de quadrilha. Eles serão transferidos para São Paulo, onde permanecerão na carceragem da Superintendência Regional da PF.

A operação conta com a participação de 300 policiais.

Trajetória

Celso Pitta foi prefeito de São Paulo entre 1997 e 2000, após ser secretário de Finanças na gestão anterior, de Paulo Maluf. Em março de 2000, sua ex-mulher, Nicéa Pitta, o acusou de participar de um esquema de corrupção --que foi conhecido como o 'escândalo dos precatórios'.

Os desdobramentos deste caso fizeram com que ele perdesse o cargo na Justiça em maio daquele ano, recuperando a posição 18 dias depois. Mais tarde tentou, sem sucesso, se eleger deputado federal por duas vezes. Atualmente é filiado ao PTB.

Daniel Dantas é o dono do grupo Opportunity, fundado por ele em 1993. O banqueiro ganhou notoriedade ao se associar com o Citigroup, para se tornarem sócios do consórcio que venceu a concessão de telefonia que criou a Brasil Telecom. Depois iniciaram uma disputa societária que só terminou com a venda da empresa para a Oi (ex-Telemar) no início deste ano. Durante essa disputa foi acusado, entre outras coisas, de espionagem.

Ele aproximou-se da política no governo Fernando Collor de Mello. Depois tornou-se economista do PFL. Ganhou fama, entretanto, na época das privatizações da telefonia, em 1998, durante o governo Fernando Henrique Cardoso.

Já o megainvestidor Naji Nahas, nascido no Líbano, chegou ao Brasil na década de 70 e ficou conhecido em 1989, quando foi acusado de ser um dos responsáveis pela quebra da Bolsa de Valores do Rio. Porém, foi inocentado --a decisão final sobre o caso ocorreu apenas em 2005. Nahas também se envolveu na disputa societária da Brasil Telecom ao trabalhar como consultor da Telecom Italia, que foi uma das interessadas na compra da companhia telefônica brasileira

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26/10/2008 free counters

Bertha abre temporada de huracanes


Graciela Mrad
Graciela Mrad
BBC Mundo, Miami

Bertha en el Océano Atlántico (centro derecha) el 7 de julio
Bertha es el primer huracán de la temporada y llegó a la categoría 3.
El primer ciclón de la actual temporada en el Océano Atlántico alcanzó este lunes más fuerza de lo pronosticado y se estima que podría impactar las Islas Bermudas.

Bertha presenta vientos sostenidos de hasta 185 kilómetros por hora, lo que lo convierte en un huracán de "categoría 3" en una escala que va de 1 a 5, indicó el Centro Nacional de Huracanes (NHC, por sus siglas en inglés) con base en Miami, Estados Unidos.

Actualmente se encuentra a unos 1.365 kilómetros al este de las islas de Sotavento del Norte y ha cobrado fuerza con mucha más rapidez de lo que se pronosticaba, con su centro desplazándose en dirección noroeste a 27 kilómetros por hora.

Sin embargo, el NHC indicó que el huracán mermará su velocidad en los próximos días debido a que las condiciones atmosféricas no le son favorables.

Actividad ciclónica

El meteorólogo y portavoz del NHC en Miami, Denis Feltgen, declaró a BBC Mundo en entrevista telefónica que "Bertha se está dirigiendo al noroeste y luego hacia el norte y podría impactar las Islas Bermudas en los próximos cinco días o este fin de semana".

Bertha en el Océano Atlántico el 7 de julio
El huracán está tornando hacia el noroeste y mermará su velocidad en los próximos días.

Pero aclaró que "no hay ningún indicio de que Bertha vaya a golpear la península de Florida o alguna parte de Estados Unidos, sólo las Bermudas".

Consultado sobre la probabilidad de otro huracán, Feltgen aseveró que en este momento "no tenemos ningún otro fenómeno ciclónico en camino".

El 22 de mayo, la Administración Nacional Oceánica y Atmosférica de Estados Unidos (NOOA, por sus siglas en inglés) pronosticó que esta temporada de huracanes tendrá una actividad mayor al promedio.

Una temporada promedio es de 10 tormentas, de las cuales seis se convierten en huracanes.

Bertha se está dirigiendo al noroeste y luego hacia el norte y podría impactar las Islas Bermudas en los próximos cinco días o este fin de semana


Denis Feltgen, meteorólogo del NHC

"Es temporada de huracanes y urgimos a los que viven cerca (de una zona propensa a huracanes) que tengan un plan listo para los días que lo puedan necesitar", aconsejó el meteorólogo Feltgen.

Señaló que todos los residentes de las Bermudas deben estar "atentos al progreso de Bertha".

Se formó el pasado jueves cerca de Cabo Verde, en África. Es inusual que las tormentas se formen desde un extremo tan oriental en el comienzo de la temporada.

La temporada de huracanes en el Atlántico se extiende desde el 1º de junio al 30 de noviembre.

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26/10/2008 free counters

Expectativa por ruptura de glaciar


Max Seitz
Max Seitz
BBC Mundo, Argentina

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¿Cómo obtener flash?

Centenares de turistas y lugareños se congregaron frente al glaciar Perito Moreno, en la Patagonia argentina, a la espera del rompimiento del coloso de hielo, que por primera vez ocurrirá durante el invierno austral.

Desde la existencia de registros en 1917, los desmoronamientos se han observado en verano, cuando miles de personas visitan esta atracción en la sureña provincia de Santa Cruz.

Pero esta vez la ruptura será en plena época invernal, en coincidencia con un período de mayores temperaturas en la región, según los científicos.

En medio de una gran expectativa, decenas de miles de argentinos siguen por televisión e internet las alternativas de este espectáculo natural.

Lo que se desmoronará es un puente de hielo de unos 100 metros que une al glaciar con la Península de Magallanes.

El proceso de agrietamiento y caída de pequeños fragmentos comenzó el viernes, provocado fundamentalmente por filtraciones de agua, viento y humedad.

Junto con el desplome completo del puente se espera el desprendimiento de grandes bloques de hielo sobre el Lago Argentino, que formarán témpanos.

Las últimas rupturas del Perito Moreno, registradas en 1988, 2004 y 2006, sucedieron en verano.

¿Culpa del calentamiento?

Los expertos no se ponen de acuerdo sobre si el esperado rompimiento del glaciar en invierno se debe a causas naturales o al efecto invernadero.

Es muy difícil relacionar la ruptura del glaciar con el efecto invernadero, porque no se han registrado temperaturas considerablemente más altas que en los últimos mese
Víctor Jorge Leis, del Servicio Meteorológico

Carlos Corvalán, director del Parque Nacional Los Glaciares, al que pertenece el Perito Moreno, comentó: "Puede que esté relacionado con el calentamiento global. El aumento de la temperatura afecta la resistencia del hielo, que no tiene la misma dureza que de costumbre".

En cambio, Víctor Jorge Leis, director operativo del Servicio Meteorológico Nacional (SMN) de Argentina, expresó sus dudas al respecto.

"Es muy difícil relacionar la ruptura del glaciar con el efecto invernadero, porque no se han registrado temperaturas considerablemente más altas que en los últimos meses", explicó a BBC Mundo.

"Además, el termómetro es apenas uno de los factores que inciden en el desmoronamiento de los hielos. Otros son, por ejemplo, el viento y el flujo de las mareas".

Algunos especialistas comentaron que la punta del glaciar tiene 400 años, lo que justificaría su debilidad.

Aún activo

El Perito Moreno, bautizado en honor a uno de los pioneros argentinos en la exploración de la región patagónica, Francisco Pascasio Moreno, se encuentra en las inmediaciones de la localidad de El Calafate, a unos 2.800 kilómetros al sudoeste de Buenos Aires.

Glaciar Perito Moreno
El derrumbe del glaciar atrae a miles de turistas.

Con una superficie total de 195 kilómetros cuadrados y un frente de 50 a 70 metros de altura, es uno de los pocos glaciares del mundo que aún sigue avanzando.

Debido al impulso de la gravedad, se desplaza desde los Andes hacia el interior de la Patagonia con ciclos de crecimiento y ruptura irregulares.

A diferencia de otros glaciares de la zona y del resto del mundo, el Perito Moreno figura entre aquellos que no han sido afectados por el calentamiento global, de modo que es una incógnita para los científicos.

Su rompimiento es considerado uno de los espectáculos más atractivos de la naturaleza en todo el planeta.

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26/10/2008 free counters

Rompecabezas Kaká


Kaká
La magia de Kaká podría hechizar los campos del fútbol inglés por US$100 millones.
Alfombra para Kaká y puerta para Lampard. Este parece ser el concepto del nuevo Chelsea, que busca una fórmula para plantar cara al Manchester United.

El multimillonario ruso Roman Abramovich, quien hace cinco años confeccionó un equipo ganador -dos Premier, una FA Cup y dos Copas de Liga- quiere reaccionar tras perder el rumbo la temporada pasada.

Sin títulos, Abramovich decidió rescindir de los servicios del israelí Avram Grant y le dio las riendas de su segundo proyecto al brasileño Luiz Felipe Scolari (el primero, el de los trofeos, fue el de Jose Mourinho).

Y la llegada de "Felipao" vuelve a poner al Chelsea como el principal protagonista del mercado de fichajes en el fútbol inglés (con el permiso de Cristiano Ronaldo y el Manchester).

Cambio de guardia

El bajo perfil mostrado con el traspaso de los portugueses José Bosingwa y Deco, por un monto aproximado de US$45 millones, preparó el camino para la "bomba" que soltó el vicepresidente del Milan italiano, Adriano Galliani, quien aseguró haber recibido "una astronómica oferta por Kaká".

Chelsea niega la existencia de contactos, pero las piezas del rompecabezas encajan.

El Milan necesita dinero para estabilizar las cuentas tras haber quedado por fuera de la Liga de Campeones y Chelsea tiene mucho. Kaká, por su parte, ya cumplió sus objetivos en Italia y a los 26 años puede estar tentado por probar nuevos retos.

Scolari, entretanto, recibiría con los brazos abiertos a uno de sus futbolistas favoritos, a quien le dio la oportunidad de debutar con Brasil y lo hizo campeón del mundo en 2002.

Y la magia del brasileño bien podría justificar pagar el valor estimado de US$100 millones.

Sin sentimientos

Frank Lampard
Esta puede ser la última imagen de Lampard como jugador del Chelsea, tras la derrota en la final de la Liga de Campeones.
Hace mucho tiempo que el fútbol inglés prefiere buscar en el extranjero el talento que no encuentra en casa.

Tampoco se lamenta si algunas de sus figuras prefieren emigrar a otras ligas.

Beckham no fue extrañado cuando se vistió de blanco con el Real Madrid y en el Arsenal agradecen que Henry haya decidido cambiar Londres por Barcelona.

El turno ahora parece haberle llegado al inglés Frank Lampard, por quien el Chelsea está dispuesto a negociar para recuperar parte de la inversión realizada en el jugador.

Lampard quedará en libertad contractual en un año y el Inter quiere aprovechar esta situación. El conjunto italiano habría iniciado negociaciones para comprar al internacional inglés, pretendido por el técnico Mourinho, por US$13 millones.

En Stamford Bridge no están opuestos a la idea de dejar ir a un ídolo azul, ya que tienen un sustito de primer nivel en Deco.

Y para Lampard será la oportunidad de reencontrase con el técnico que le brindó el éxito y que en un momento lo calificó "como el mejor mediocampista del mundo".

Adjetivo que en este momento corresponde oficialmente a Kaká, ganador del Balón de Oro y el FIFA World Player en 2007.

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26/10/2008 free counters

Detenidas 16 personas que intentaban introducir una tonelada de hachís por la costa de Cádiz


La banda está formada por personas de origen español y marroquí.- La Policía ha intervenido además dos armas de fuego, emisoras y dos embarcaciones

AGENCIAS - Madrid - 08/07/2008


Agentes del Cuerpo Nacional de Policía han detenido a 16 personas y han intervenido 1.080 kilos de hachís que iban a introducir a bordo de un pesquero por la costa de Cádiz, según han informado fuentes policiales. El grupo desarticulado trabajaba presuntamente desde la localidad gaditana de San Lúcar de Barrameda, donde traficaba con el estupefaciente, introducido por el norte de África.


En la operación, denominada Bacalao, se han practicado cuatro registros en los que se han intervenido dos armas de fuego, munición, emisoras, teléfonos móviles y también han sido incautadas dos embarcaciones. La investigación, realizada por agentes del Grupo de Respuesta Especial al Crimen Organizado (GRECO) de Cádiz en colaboración con la Dirección Adjunta de Vigilancia Aduanera (DAVA), empezó en enero. Seguían los movimientos de un grupo integrado por personas de origen español y marroquí, que se dedicaban a introducir y distribuir en Cádiz importantes cantidades de estupefaciente procedente del norte de África.

La droga, al mar

Los agentes policiales averiguaron que la banda pretendía introducir el alijo de hachís mediante un arrastrero a 12

millas de la costa. Hasta este punto se desplazaría una lancha para trasladar la droga a la costa gaditana. Una vez que se tuvieron todos los detalles, se estableció un dispositivo que contó con el apoyo de la DAVA de la Agencia Tributaria. Así cuando se dirigían al punto previsto, los agentes observaron que el arrastrero iba seguido de otra embarcación de pesca cuya labor era dificultar las labores de seguimiento e informar de los movimientos de la lancha de Vigilancia Aduanera.

Después de cargar el hachís y debido a la presencia de la policía, los miembros de la banda trataron de deshacerse del hachís arrojándolos por la borda. Los funcionarios de la DAVA consiguieron recuperar 36 fardos de esta droga con un peso de 1.080 kilos.

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26/10/2008 free counters

ETA exige hasta 120.000 euros a empresarios vascos en nuevas cartas de extorsión


Los terroristas amenazan a personas ya chantajeadas con un tono más agresivo de lo habitual.- El envío ha coincidido con las últimas detenciones a industriales

VASCO PRESS - Bilbao - 08/07/2008


La banda terrorista ETA ha enviado una nueva remesa de cartas de extorsión a empresarios vascos, a los que exige el pago de entre 70.000 y 120.000 euros. Las misivas han llegado a sus destinatarios a lo largo del mes de junio y amenazan tanto a personas que hasta ahora no habían sido chantajeadas como a antiguos extorsionados, según informa el diario El Correo. El envío de estas cartas ha coincidido con los últimos interrogatorios practicados a empresarios por pagar a ETA, como las de Sabino Arrieta, ex presidente de la siderúrgica Sidenor, y José Antonio Jainaga, consejero delegado de esta acería.

Euskadi Ta Askatasua

El terrorismo de ETA

A FONDO

Euskadi Ta Askatasua



El tono empleado por los terroristas es mucho más agresivo de lo habitual en los casos de recordatorios a empresarios que se han negado a pagar las cantidades solicitadas por los terroristas, que en las que se reciben por primera vez. Los expertos en la lucha antiterrorista consideran que la cantidad de cartas recibidas ahora es ligeramente superior al que viene siendo habitual en los últimos meses.

Relación con las detenciones a etarras

Los investigadores estudian la posibilidad de que esta nueva remesa de cartas de extorsión esté relacionada con los etarras detenidos en Burdeos el pasado 20 de mayo, entre los que se encontraba el jefe de ETA, Francisco Javier López Peña, Thierry.

A partir de la documentación intervenida a la cúpula etarra, las hermanas de Orio Blanca Rosa y María Isabel Bruño Azpiroz, fueron detenidas el pasado 11 de junio y encarceladas por orden del juez de la Audiencia Nacional Baltasar Garzón, que decidió su puesta en libertad bajo fianzas de 20.000 euros cada una. La Guardia Civil ha investigado además de a los citados responsables de Sidenor, al empresario Jesús Guibert Azkue. En todos los casos, una vez prestada la declaración quedaron en libertad a la espera de que el juez les pueda citar en la Audiencia Nacional.

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26/10/2008 free counters

Un disco óptico de 400 GB


El dispositivo tiene una capacidad ocho veces superior a la de un Blu-ray de doble capa

OTR/PRESS - Tokio - 08/07/2008


La empresa japonesa Pioneer, especializada en dispositivos de sonido para automóviles y para el hogar, se ha lanzado en la carrera de los ópticos presentando en sociedad un disco de hasta 400 GB de memoria, ocho veces más que lo que puede almacenar un Blu-ray de doble capa. Como aún no existen grabadores comerciales para esta tecnología, Pioneer anunció que de momento sólo estará disponible para venderse con contenidos pregrabados.

Para lograr esta capacidad de memoria, Pioneer utilizó precisamente el sistema de las capas similar al de su competidor Blu-Ray, sólo que en vez de dos capas esta empresa añadió 16 y el experimento le ha salido bien. Resolvieron algunos problemas de interferencia en la lectura entre una y otra capa y, lo más importante, los hicieron legibles para el sistema óptico Blu-Ray, evitando cualquier problema de incompatibilidad de los sistemas.

El ahorro de discos con motivos ecológicos es otro de los beneficios que más se anunciarán desde Pioneer, que ha definido a su nuevo disco como "un gran paso en el futuro de los sistemas de gran almacenaje", asegura la compañía en un comunicado. Pioneer presentará los detalles del disco de 400 GB en el Simposio Internacional de Memorias ópticas o dispositivos ópticos de datos que se celebrará en Hawaii la próxima semana.

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26/10/2008 free counters

Sotheby's saca a subasta una tabla robada en 1913



Cultura intenta evitar la puja sobre la pieza flamenca sustraída en La Rioja

ISABEL LAFONT - Madrid - 08/07/2008


El Ministerio de Cultura negocia a contrarreloj con Sotheby's para evitar la venta de un tríptico flamenco de Ambrosius Benson incluido en los lotes que salen mañana a subasta en Londres. La obra, realizada en óleo sobre tabla, fue robada de la iglesia parroquial de Santa Cruz de Nájera (Logroño) durante la Nochebuena de 1913. El tema central del tríptico es una Lamentación de Cristo. Según se informa en el catálogo de la venta, el tríptico es, después del retablo del Descendimiento de la iglesia de San Miguel de Segovia, una de las piezas de Benson que se conservan intactas más importantes y, por cuanto obra en conocimiento de Sotheby's, "la única que queda en manos privadas".


El hecho fue denunciado ante la Guardia Civil por un particular. Ayer, el Ministerio de Cultura confirmó que se están manteniendo negociaciones con Sotheby's "para llegar a una buena solución". Un portavoz de esta compañía confirmó anoche la recepción de la notificación del instituto armado en la sede madrileña de la firma, pero se limitó a señalar que el departamento legal "está estudiando" cómo proceder. "Normalmente, cuando hay dudas sobre una obra, se suele retirar", añadió el mismo portavoz.

Fuentes de Patrimonio precisaron que se trata de una situación "delicada", puesto que en las últimas dos décadas se han dado transacciones privadas "de buena fe". Además, los convenios de restitución de patrimonio son posteriores a algunas de las operaciones de compra-venta, lo que puede complicar la resolución. El periplo de la obra aparece documentado en el tomo IV del estudio Dispersión y destrucción del patrimonio artístico español, de Francisco Fernández Pardo, según el cual el robo fue denunciado por el académico najerense Constantino Garrán. Poco después, el 24 de enero de 1914, el diario Abc recogía en sus páginas el suceso. El tríptico podría haber permanecido originariamente en el monasterio benedictino de Santa María la Real y, tras la desamortización de bienes eclesiásticos, se depositó en la Real Capilla de la iglesia de Santa Cruz.

La pista se pierde hasta julio de 1969, cuando un ciudadano español descubrió el tríptico en un anticuario parisino, Darío Boccara. Un americano y el Gobierno belga se interesaron por la pieza. Curiosamente, Bruselas no recibió entonces la autorización del Gobierno español -existía un acuerdo entre ambos países sobre la compra de bienes culturales- para hacerse con la obra y ésta acabó, tras diversas negociaciones, en manos del banquero portugués Ricardo Espíritu Santo. A su muerte, el tríptico pasó a manos de un coleccionista francés, quien lo vendió a su vez al actual propietario, que la ha confiado a Sotheby's para su subasta.

Benson, supuestamente de origen lombardo, se estableció en la ciudad de Brujas en 1518. Muchas de sus obras acabaron en España, algo lógico dados los estrechos contactos con Castilla en la época, en particular con Segovia. Ambas ciudades eran importantes centros del comercio de lana y tejidos.

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26/10/2008 free counters

Conversores de formatos dão autonomia ao usuário de áudio digital


BRUNA CAPANNACCI | Para o UOL Tecnologia

À medida que surgem novos formatos de áudio, também novos tipos de necessidades para ouvi-los aparecem, como as diversas maneiras de se ter acesso à música pelo computador. Para tanto, os conversores vêm se modernizando e trazendo funcionalidades cada vez mais originais.

O conversor, ferramenta que possibilita transformar arquivos de som para outros formatos, se expande agora para o universo do vídeo.

O programa Free Video to MP3 Converter, por exemplo, traz a opção de retirar músicas de vídeos e converter em arquivos MP3.

Mesmo que a conversão envolva apenas áudio, e não imagem, as ferramentas atuais são capazes de editar características do arquivo, como freqüência, canais e qualidade.

Um dos programas que possibilitam essa edição é o Free MP3 WMA WAV Converter. Com interface bastante amigável, ele trabalha com os mais diversos e populares formatos de áudio (MP3-2-1, MPEG, WAV, WMA, OGG e VOX) e possui tocador próprio.

Outros softwares semelhantes trazem opções de configuração mais avançadas. Seguindo as novas tendências, o dBpowerAMP Music Converter e o Switch Sound Format Converter trabalham com a extensão AAC.

Rápido e prático, o primeiro possui integração com o Windows Explorer, mas seu grande diferencial é a possibilidade de transformar LPs em MP3.

Já o Switch Sound Format Converter oferece conversão em lote, sendo possível transformar múltiplos arquivos em um mesmo formato simultaneamente. O programa permite ainda personalizar a qualidade, definindo formato de codificador e atributos

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26/10/2008 free counters

Conheça formatos de áudio que querem acabar com a hegemonia do popular MP3


BRUNA CAPANNACCI | Para o UOL Tecnologia

Será que o MP3 é um formato de compressão de áudio morto e ultrapassado? O criador do formato, o instituto alemão Fraunhofer, parece acreditar que sim — novas tecnologias vêm sendo desenvolvidas com o objetivo de reduzir o tamanho dos arquivos de música.

Tais inovações buscam garantir o uso da música em players portáteis e outras plataformas, economizando megabytes e assegurando a mobilidade da música. Tudo sem comprometer a qualidade do som, critério crucial no desenvolvimento de novos formatos de arquivo (um calcanhar-de-Aquiles do MP3 é justamente a perda de dados na compactação das músicas).

Se você acha que o áudio digital existe apenas por causa do MP3, prepare-se para rever conceitos.

Players modernos, dos de grife aos xing-ling, aceitam formatos que vão além do mais famoso de todos. Conheça abaixo alguns desses arquivos e suas diferenças e vantagens:

MPEG 1: três camadas

Formato criado pelo instituto Fraunhofer IIS, o MPEG-1 Layer 3 corresponde a um esquema de compressão de áudio do MPEG-1. São três camadas (layers), cada uma com finalidades e capacidades diferentes.

Existem grandes perdas com a compressão dos dados de áudio, limitada apenas pela qualidade desejada para o ouvido humano. A compressão padrão é de 10:1, o que significa que um CD gravado em MP3 pode guardar mais de 12 horas de música com bitrate (termo que se refere à taxa de bits usada por segundo para representar o sinal sonoro e é expresso em kilobits por segundo) de 128 kbps, em comparação aos 74 minutos de música comportados pelos CDs de áudio comum.

AAC: provável sucessor do MP3

O AAC (sigla, em inglês, para Advanced Audio Coding) formato popularizado pela Apple graças ao iPod e à loja virtual iTunes também sofre com perdas de dados na compressão. Esta, no entanto, é mais aprimorada e oferece maior qualidade em arquivos menores do que o MP3 — e por isso o AAC é apontado como um de seus prováveis sucessores.

Oferece até 48 canais de freqüência, com áudio de melhor resolução, em taxas de até 96 kHz. Capaz de alcançar um percentual de qualidade de 64 Kb/s por canal, com velocidade de transmissão de dados acima de 256 Kb/s, ele é um dos formatos mais flexíveis de áudio.

Com ele, você pode escolher a taxa de bits na compressão dependendo do destino do arquivo final, e ainda pode rodar em qualquer player que o suporte.

MP4: container de áudio e vídeo

O MPEG-4 Part 14 é um container de áudio e vídeo que suporta vários formatos de arquivo. Ao contrário do que se pensa, ele é a evolução do MPEG-1 e do MPEG-2, que também armazenam áudio e vídeo —e não do MP3, que é um formato apenas de áudio. Outro engano é chamar de MP4 os players de MP3 e vídeo que não suportam os reais padrões do codec, como é comum no mercado.

Por ser um formato relativamente recente, poucos dispositivos são compatíveis com o formato. Os mais populares são os iPods, celulares, players Sony e o console Nintendo Wii.

HD-AAC: ameaça aos CDs

É a evolução do codec AAC, que oferece qualidade para arquivos de áudio ripados em CDs, MP3 players e celulares. Ele traz novas possibilidades de armazenar e distribuir músicas, pois tem menor compressão do arquivo e compatibilidade com iPods e celulares, garantindo qualidade melhor do que a encontrada em CDs gravados com compressão de 16 bits e taxa de amostragem de 44,1 kHz.

O formato se mostra superior por preservar cada bit de informação do conteúdo do arquivo de música original, através da compressão de 24 bits com amostragem de 96 kHz. Ele é compatível com aparelhos que tocam o AAC, mas requer decodificador atualizado para conversão.

O intervalo de freqüências de som que o ser humano ouve está entre 20 e 20.000 Hz (hertz, unidade usada para medir o número de vibrações sonoras emitidas em um segundo). Portanto, é necessária, no mínimo, uma taxa de amostragem de 40 kHz -o dobro da freqüência máxima que conseguimos ouvir- para reproduzir corretamente o intervalo de freqüências audíveis.

Os CDs de áudio utilizam uma freqüência de 44.1 kHz, enquanto formatos nos padrões MPEG AAC suportam até 96 kHz. Quanto maior a taxa de amostragem, mais memória o sinal convertido digitalmente consumirá. Uma solução comum é reduzir essa taxa para 22.500 Hz, o que, embora cause perda de qualidade, reduz à metade o gasto de memória.

Outros métodos, como a codificação MP3, podem levar a taxas de compressão maiores, com menor perda de qualidade no som. Uma taxa de compressão de 128 kbps, por exemplo, reduz o arquivo em 90%; ao passo que uma taxa que o comprima a 320 kbps, o reduzirá em 25%.

TAXA DE AMOSTRAGEM?

Outros formatos

Ogg Vorbis

Codec criado pela Xiph.org, livre de patentes. Ao contrário do MP3, o Vorbis utiliza uma codificação em VBR (sigla para bitrate variável), o que permite obter arquivos mais compactos para uma qualidade de som semelhante, ou melhor, para a mesma dimensão de arquivo. É capaz de gerar arquivos 25% menores, mantendo a mesma qualidade do MP3.

Com ele, é possível escolher o nível de qualidade para a compressão do arquivo, sendo mais usado o de nível 3 - que oferece 160 Kb com aproximadamente 90 KB por minuto. Pode ser usado com a maioria dos MP3 players.

Existem versões para várias plataformas, incluindo Windows, Linux, Mac, OS/2 e BeOS. Também está disponível o encoder que permite gerar arquivos Ogg a partir das extensões Wav ou MP3. A maioria das distribuições Linux atuais já incluem o Ogg; basta instalar o pacote "oggutils".

WMA

O Windows Media Áudio é um formato desenvolvido pela Microsoft e compatível com o Windows Media Player e o Winamp, entre outros. À exceção do iTunes, onde a extensão pode ser decodificada para AAC.

Permite gerar arquivos até 50% menores que o MP3, mas com uma pequena perda de qualidade. O WMA também oferece suporte a streaming e é o formato de áudio nativo das versões recentes do Media Player do Windows.

WAV

O Waveform Áudio, desenvolvido pela Microsoft e IBM para armazenamento de áudio simples em PCs, também é compatível com Macintosh. Utiliza método de conversão PCM (sigla para modulação de código de pulsos, em português) sem perdas de dados nem compressão, o que proporciona melhor qualidade de áudio.

Porém, ocupa espaço de armazenamento: um arquivo de som do Windows com a extensão WAV pode, dependendo da freqüência e taxa de amostragem, pode ocupar de 644 KB a 5 MB em apenas um minuto de áudio.

Tem capacidade para ripar aproximadamente 6,6 horas de áudio em qualidade de CD (44.1 kHz, 16-bit estéreo) e seu cabeçalho de 64-bit permite gravações muito longas. Os CDs de áudio não usam WAV como formato de som.

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26/10/2008 free counters

Juiz pede que STF investigue Dilma e Tarso sobre caso do dossiê

da Folha Online

A Justiça Federal viu elementos para que os ministros Dilma Rousseff (Casa Civil) e Tarso Genro (Justiça) sejam investigados no inquérito aberto pela Polícia Federal para apurar o vazamento do dossiê sobre gastos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

A reportagem de Leonardo Souza e Fernanda Odilla publicada na Folha (íntegra disponível para assinantes do UOL e do jornal) informa que decisão do juiz José Airton de Aguiar Portela (12ª Vara Federal) remeteu o caso ao STF (Supremo Tribunal Federal), instância responsável por decidir se os ministros serão ou não investigados no inquérito.

Dilma é acusada por sua suposta participação na confecção do dossiê, feito a mando de sua assessora, Erenice Guerra; Tarso, por sua vez, não teria dado ordem imediata à PF para instaurar o inquérito logo que o escândalo do dossiê veio a público.

Por meio da assessoria, Dilma disse que não se manifestaria sobre a decisão da primeira instância da Justiça Federal (íntegra para assinantes). Já o ministro da Justiça defendeu que "a forma como foi colocada [a decisão do juiz] demonstra total desconhecimento das normas legais, porque a PF não precisa de nenhuma ordem para instaurar inquérito".

Desde o começo do caso, Dilma nega que a Casa Civil tenha feito um dossiê com os gastos do governo de FHC. Segundo ela, o que foi feito foi um banco de dados.

CPI

Em junho, a Comissão de Ética Pública do governo federal arquivou o processo contra a ministra Dilma no episódio da montagem de um dossiê. O presidente da comissão, Sepúlveda Pertence, afirmou que as explicações da ministra convenceram o órgão de que a Casa Civil montou um banco de dados.

"As explicações apresentadas pela ministra convencem de que antes do seu oferecimento pelos senadores, já havia ela afirmado a confecção de um banco de dados contendo maiores informações que as extraídas e publicadas. No mais, que havia tomado as devidas providências para apuração dos fatos", afirmou.

No começo deste mês, a CPI dos Cartões Corporativos aprovou um relatório que cobra explicações sobre despesas irregulares de ex-ministros da gestão Fernando Henrique Cardoso (PSDB). O documento ainda afirma que os ministros Orlando Silva, Altemir Gregolin e a ex-ministra Matilde Ribeiro (Igualdade Racial) usaram por "equívoco" o cartão corporativo para o pagamento de uma tapioca, churrascaria e compras em um free-shop, respectivamente.

A CPI encerrou suas atividades sem exigir punições aos ministros e sem esclarecer detalhes da montagem do dossiê anti-FHC. A postura foi interpretada por parlamentares de oposição como uma "pizza" montada sob orientação do Palácio do Planalto.

As matérias completas podem ser lidas na íntegra na Folha desta terça-feira, que já está nas bancas.

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26/10/2008 free counters

Aeroporto de Cumbica fecha para pousos


Neblina impede chegada de vôos desde as 6h11; decolagens são feitas com instrumentos.
Na segunda (7), o nevoeiro causou o fechamento do aeroporto por quase cinco horas.
Do G1, em São Paulo
O Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo, está fechado para pousos desde as 6h11 desta terça-feira (8), devido à neblina que prejudica a visibilidade na região. Segundo a Infraero, as decolagens são realizadas apenas com o auxílio de instrumentos.

Na segunda-feira (7), o aeroporto ficou quase cinco horas fechado, entre 3h33 e 8h11, resultando em 28 vôos desviados e atrasos que superaram a metade das partidas programadas.

Até por volta das 6h30 desta terça, a Infraero ainda não tinha registro de chegadas desviadas para outros aeroportos. Entre 0h e 6h, não foram registrados atrasos nem cancelamentos nas 13 partidas programadas.

O Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul da capital paulista, está aberto para pousos e decolagens e funciona em condições visuais desde sua abertura, às 6h. Ainda não foi divulgado um balanço das partidas.

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26/10/2008 free counters

G8 aceita reduzir emissão de gases pela metade até 2050


Esta foi a primeira vez que os EUA aceitam meta de redução de gases.
Cúpula também está definindo objetivos para diminuição de gases a médio prazo.
Do G1, com informações da EFE
Foto: AFP
AFP
Integrantes do G8, durante almoço. (Foto: AFP)

Os líderes do G8, o grupo dos sete países mais industrializados do mundo mais a Rússia, concordaram em reduzir a emissão de gases poluentes ao menos em 50% até 2050, uma medida para combater os efeitos das mudanças climáticas e o aquecimento global, anunciou nesta terça-feira (8) o primeiro-ministro japonês, Yasuo Fukuda.

O acordo foi anunciado durante o segundo dia de reunião da cúpula anual do G8, no Japão, da qual participam Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão, Reino Unido e Rússia.

Fukuda disse que o grupo pediu para alguns países o estabelecimento de metas de médio prazo para diminuir as emissões dos gases CO2 responsáveis pelo aquecimento global até 2020.

"Reconhecemos que as economias mais desenvolvidas diferem das economias em desenvolvimento", por isso as nações mais industrializadas "iniciarão objetivos ambiciosos a médio prazo para conseguir reduções absolutas de emissões, e, quando for possível, paralisar o aumento das emissões" segundo as circunstâncias de cada país, diz o G8, em comunicado.

Segundo Fukuda, o G8 entende que a meta de reduzir pela metade a emissão de gases que causam o efeito estufa é agora "um objetivo para o mundo inteiro"

EUA

Esta foi a primeira vez que EUA aceitam uma meta de redução de gases que comprometem a atmosfera e aumenta o risco de efeito estufa. O país não aderiu ao Protocolo de Kyoto, que expira em 2012. Os líderes dos países mais ricos do mundo, que têm posições diferentes sobre a luta contra o aquecimento global, pediram também a "cooperação" dos maiores emissores de CO2 para atingir essa meta.

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26/10/2008 free counters

Silenciosamente, Brasil ofusca a Venezuela, diz New York Times


Jornal americano destaca como o estilo de Lula vem suplantando o do presidente Hugo Chávez no continente


NOVA YORK - Um artigo publicado nesta segunda-feira, 7, pelo jornal americano The New York Times afirma que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vem aos poucos "se distanciando do líder da Venezuela (Hugo Chávez) e suplantando-o discretamente enquanto vai transformando o Brasil numa potência regional". Segundo o artigo intitulado "Silenciosamente, o Brasil ofusca um aliado", Lula "diversificou a já forte base industrial brasileira e criou uma ampla coalizão política com quase uma dúzia de vizinhos".

Já a influência de Chávez, diz o jornal, "permanece limitada a um punhado das nações mais pobres da região - Bolívia, Cuba, Dominica e Nicarágua - membros da Alba" (Alternativa Bolivariana para as Américas). Além disso, as "credenciais regionais" do presidente venezuelano teriam sofrido na semana passada quando "seu rival ideológico, o presidente Álvaro Uribe, da Colômbia, organizou um resgate dramático de 15 reféns mantidos na mata por rebeldes colombianos".

"A chave para o sucesso do Brasil tem sido a bem afortunada confluência de tendências econômicas globais, como o aumento da demanda por commodities como soja e etanol da cana-de-açúcar, mas também a discreta gestão de Lula, um ex-operário de uma montadora de automóveis", disse o jornal. "Ele elevou o perfil do Brasil em toda a região, em parte, ao adotar uma abordagem de menos confronto em relação a Chávez do que os Estados Unidos."


Elogios



O artigo observa que Lula elogia o presidente Chávez, "tendo chegado a qualificá-lo recentemente na revista alemã Der Spiegel como 'o melhor presidente da Venezuela em um século'". "Em uma entrevista em setembro, Silva disse que a retórica (de Chávez) 'funciona na realidade da política venezuelana' e que o antiamericanismo de Chávez tem raiz na inabalável crença do líder venezuelano de que o governo Bush está por trás de uma tentativa de golpe". E, enquanto Chávez se voltou mais para a esquerda após 2002, Lula buscou o centro assim que assumiu o poder, "surpreendendo muitos céticos".

O jornal aponta que o Brasil manifestou desejo de estender créditos para Cuba importar produtos agrícolas brasileiros; na Colômbia, investidores brasileiros recentemente assumiram o controle da Avianca, a maior companhia aérea do país, e até na Venezuela, abriu caminho.

"A própria Venezuela se tornou economicamente mais dependente do Brasil", diz o NYT, que cita como exemplos o aumento da exportação de produtos agrícolas brasileiros para a Venezuela e contratos obtidos por empresas brasileiras para projetos como a expansão do metrô de Caracas e a construção de uma ponte sobre o Rio Orinoco.


Controle



Enquanto o Brasil elogia publicamente os esforços de Chávez para unificar a América do Sul, "sutilmente fortalece instituições que servem para controlar iniciativas ambiciosas apoiadas pela Venezuela como um gasoduto que atravessa o continente e o Banco do Sul, um banco de desenvolvimento concebido para competir com o Banco Mundial".

O Brasil inaugurou uma nova filial do BNDES no Uruguai nove dias após o anúncio de Chávez sobre a formação do Banco do Sul, afirmou o NYT, destacando a força da instituição brasileira. "O Banco do Sul estaria sob forte pressão para alcançar o BNDES", que realizou "US$ 4,2 bilhões de investimentos no mundo todo no ano passado, inclusive com empréstimos para a expansão do metrô de Caracas".

Já na área energética, as estimativas das maciças reservas do campo de petróleo Tupi levou o presidente brasileiro "a anunciar planos para integrar a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) em alguns anos. Há muito a Venezuela tem sido o principal representante da América Latina lá."


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26/10/2008 free counters