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terça-feira, 9 de setembro de 2008

Polícia identifica oito vítimas de engenheiro suspeito de pedofilia





Segundo Deic, quatro adolescentes foram ouvidas nesta terça-feira.
Polícia diz que ele se passava por pediatra para chegar às vítimas.


Oito vítimas do engenheiro suspeito de pedofilia foram identificadas pela Polícia Civil até esta terça-feira (9), de acordo com a Polícia Civil. Quatro delas foram ouvidas durante o dia na sede do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), localizada na Zona Norte de São Paulo.

O conteúdo dos depoimentos não pôde ser divulgado, segundo o Deic. Entretanto, a polícia verificou em investigações que o engenheiro dizia ser pediatra para poder se aproximar das vítimas.

Desde segunda-feira (8), a polícia tenta identificar as garotas que aparecem em vídeos encontrados na casa dele. O material foi apreendido sexta-feira (5), quando o suspeito foi detido, e levado para o 77º Distrito Policial, em Santa Cecília, na região central de São Paulo, onde ele permanece preso.

O suspeito foi localizado em seu apartamento, na Mooca, na Zona Leste, após ter a prisão temporária de 30 dias decretada. Na casa dele, foram apreendidos brinquedos e balas. A investigação durou cerca de uma semana e começou depois que uma testemunha entregou uma fita à polícia, com imagens fortes.

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26/10/2008 free counters

Fornecimento de gás boliviano ao Brasil não foi afetado, diz empresa

Opositores ao governo Morales haviam danificado válvula de distribuição.
Segundo a Transierra, situação foi normalizada, mas perigo é 'latente'.





Grupos opositores ao governo de Evo Morales danificaram nesta terça-feira (9) uma válvula de distribuição de gás natural para o Brasil, operada pela companhia franco-brasileira Transierra. No entanto, segundo a empresa, não houve problemas de fornecimento de gás ao país.

"Houve danos às instalações, mas já está tudo normalizado", declarou o porta-voz da empresa, Hugo Muñoz, ao G1 por telefone. Mas ele confirma que, com a tensão na Bolívia, o perigo de novos danos é "latente".

Consultada pelo G1, a assessoria de imprensa da Petrobras afirmou que não tem informações sobre o caso.


Moradores do povoado de Villamontes, na província de Tarija, a 1.200 quilômetros a sudeste de La Paz, haviam entrado à força na fábrica distribuidora de gás da empresa Transierra, formada pela estatal brasileira Petrobras, pela francesa Total e pela boliviana Andina, e danificaram a vávula SDB-8. Enquanto isso, radicalizam-se os protestos contra o governo em quatro das nove províncias do país

Mapa mostra a Bolívia e seus departamentos (Foto: Arte/G1)

"Vamos cortar o envio de gás ao Brasil e à Argentina. Não é possível que estes países estejam pagando tanto pelo gás boliviano e nós, bolivianos, não sabemos para onde vai o dinheiro", disse ao G1 por telefone David Sejas, líder da União Juvenil de Santa Cruz, um dos grupos opositores a Morales.



Sejas e seu grupo bloqueiam desde segunda-feira (8) postos alfandegários na fronteira da Bolívia com o Brasil e diz que as ocupações são por "tempo indeterminado". Segundo a GloboNews, há cerca de 100 carretas paradas na fronteira. "Pedimos desculpas à comunidade internacional. Pedimos que nos compreendam, porque queremos conservar a democracia em nosso país, dividido pelo governo", declarou ao G1.

Foto: Reuters

Tropas de choque preparam-se para encarar manifestantes na cidade boliviana de Santa Cruz nesta terça-feira (9). (Foto: Reuters)

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26/10/2008 free counters

Depoimento de legista é interrompido por tremor de prédio em Alagoas

Médico contratado pela defesa voltou a afirmar que criança não morreu vítima de asfixia.
Ele analisou os laudos e contestou os peritos paulistas


O legista George Sanguinetti, contratado para a defesa do casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, suspeitos de matar a menina Isabella, de 5 anos, começou a prestar depoimento ao juiz Diógenes Tenório, nesta quinta-feira (7), em Maceió. A audiência foi suspensa duas horas após o início por causa de um tremor no prédio.

Após o abalo, o juiz encerrou o depoimento. Por motivos de segurança, prédio foi evacuado e fechado pela Defesa Civil.

O engenheiro Agliberto Araújo afirma que o responsável pelo tremor seria um rolo compressor utilizado em uma obra em frente ao fórum. “A máquina compactadora tem 2,5 toneladas e trabalha no terreno em frente. Ela teria provocado o abalo”, disse o engenheiro.

Uma equipe da Defesa Civil e o comandante do Corpo de Bombeiros vistoriaram o prédio e devem enviar um relatório ao presidente do Tribunal de Justiça (TJ), desembargador José Fernandes Hollanda Filho.

O fórum deve voltar a funcionar normalmente apenas na terça-feira (12).


Médico contestou peritos

O médico prestou depoimento como testemunha de defesa do pai e da madrasta de Isabela. Ele analisou os laudos e contestou os peritos paulistas ao dizer que Isabela não morreu por asfixia mecânica e politraumatismo.

Um novo depoimento deve ser marcado, mas ainda não há previsão de datas.

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26/10/2008 free counters

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) adiou, nesta quinta-feira (4), o julgamento de um habeas corpus em que Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá pedem liberdade, acusados pelo assassinato de Isabella Nardoni, 5 anos, em março deste ano. A decisão pelo adiamento foi tomada pelo relator do processo, ministro Napoleão Nunes Maia Filho, atendendo a um pedido dos advogados do casal.


A 5ª Turma do STJ ainda não definiu a data em que o habeas corpus será apreciado. Na última terça-feira (2), o Supremo Tribunal Federal (STF) negou um pedido de liberdade do casal. Só o STF já indeferiu quatro pedidos de habeas corpus do casal Nardoni.

A menina Isabella Nardoni morreu no dia 29 de março, após ser jogada da janela do Edifício London, na Zona Norte de São Paulo, onde moravam Alexandre (pai da garota) e Anna Carolina (madrasta)


O promotor apresentou denúncia à Justiça em maio, acusando o casal pelo crime de homicídio doloso triplamente qualificado e também por fraude processual (alteração da cena do crime). De acordo com a versão da polícia, Isabella teria sido agredida no carro do casal, antes de chegar ao apartamento. Convocada pela Promotoria, uma perita criminal disse em depoimento na Justiça que o sangue encontrado no automóvel é de Isabella. A defesa do casal nega.

O advogado de defesa do casal Nardoni, Marco Polo Levorin, disse que o pedido de adiamento foi feito ao STJ porque nesta quinta ele não poderia comparecer ao julgamento, pois teve que particpar de um tribunal do júri.

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26/10/2008 free counters

Testemunha do caso Isabella está detida em delegacia na Bahia


A perita Delma Gama será indiciada por flagrante de desobediência judicial.
Ela faltou a duas audiências, nas quais deveria depor sobre o caso.

Do G1, em São Paulo, com informações da TV Bahia


Delma chega a delegacia em Salvador (Foto: Xando P/Ag. A Tarde/Futura Press)

A perita baiana Delma Gama, testemunha de defesa do casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, pai a madrasta da menina Isabella Nardoni, está detida numa delegacia de polícia em Salvador.

A perita estava internada numa clínica particular desde que fugiu de casa, quando passava por uma avaliação médica solicitada pelo juiz Cássio Miranda.

Delma foi convocada, duas vezes, para prestar depoimento, mas alegou problemas de saúde e não compareceu. O juiz determinou que uma junta médica fosse à casa da perita para constatar se ela tinha condições de locomoção, o que foi confirmado pelos médicos.



Quando o laudo da avaliação estava sendo preenchido, a perita fugiu para uma clínica particular. Delma Gama passou a noite na clínica e só saiu no início da tarde desta terça-feira (9).

Agentes da Polícia Civil ficaram na porta aguardando a saída da perita que foi em um táxi, escoltado pelos policias, para a primeira delegacia, no bairro dos Barris, no Centro de Salvador.

Delma será indiciada por flagrante de desobediência judicial por não ter comparecido às audiências marcadas para depor no caso Isabella. A perita baiana foi contratada pelos advogados do casal Nardoni para contestar o laudo apresentado pela perícia da polícia de São Paulo, que apontou o casal como responsável pelo assassinato da garota Isabela, em março deste ano. A menina foi jogada da janela do 6º andar, do apartamento onde vivia seu pai, na Zona Norte de São Paulo.

Processo

O depoimento dela é o último dentre os mais de 40 que ocorreram ao longo dessa fase do processo no Fórum de Santana, na Zona Norte de São Paulo. Só depois que Delma der a sua versão (ela foi chamada pelos advogados de defesa) é que o juiz Maurício Fossen poderá fazer a pronúncia do casal, momento em que Nardoni e Anna Carolina devem ser avisados de que irão a júri popular.

Até a publicação desta matéria, a reportagem do G1 não havia conseguido conversar com a perita ou com a família dela.

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26/10/2008 free counters


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Os olhos por trás do grampo
Como o agente Francisco Ambrósio do Nascimento, da Abin, coordenou na Polícia Federal a equipe que fez a escuta de 18 senadores, 26 deputados, ministros do governo e das mais altas autoridades do Judiciário

Por MINO PEDROSA E HUGO MARQUES

Roberto Castro/Ag ISTOÉ
UMA MÃOZINHA Lacerda recebeu pedido de ajuda de Protógenes no final do ano: "Estou sozinho", reclamou o delegado

CRACHÁ FALSO Para entrar no prédio e acessar computadores da PF, o espião Ambrósio usava senha de uma funcionária

Francisco Ambrósio do Nascimento, um ex-agente do extinto Serviço Nacional de Informações (SNI), é o espião que coordenou a atuação de um grupo de agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) na Operação Satiagraha, da Polícia Federal. A pedido do delegado Protógenes Queiroz, responsável pelas investigações contra o grupo do banqueiro Daniel Dantas, Ambrósio se instalou no começo do ano em uma sala no Máscara Negra, como é conhecido o edifício-sede da PF em Brasília. Tornou-se uma espécie de braço direito do delegado, funcionando como elo entre Protógenes e os agentes operacionais da Abin, cedidos à Satiagraha.

Foi da sala situada bem em frente ao gabinete do diretor da Divisão de Inteligência, delegado Daniel Lorenz, que o espião coordenou os trabalhos que resultaram em milhares de horas de diálogos telefônicos gravados, centenas de filmagens e diversos monitoramentos que compõem as entranhas da Satiagraha. Muitas das escutas extrapolaram as autorizações legais da Justiça. Numa delas, gravou-se uma conversa telefônica do presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, com o senador Demóstenes Torres (DEM-GO). A partir daí, o arsenal clandestino da Satiagraha desencadeou uma crise institucional entre os Três Poderes da República. E o espião passou a última semana esquivando-se nas sombras de Brasília. Ele sabe que deverá ser chamado a depor no Congresso, no Ministério Público e na própria PF. Nessa hora, certamente será pressionado a revelar como, quando, por que e por ordem de quem sua equipe monitorou e promoveu escutas telefônicas e ambientais envolvendo autoridades do Executivo, Legislativo e Judiciário.

RENATO ARaúJO/JBR / AG. O DIA
AMEAÇA Protógenes gravou seus superiores hierárquicos para se manter à frente da Operação Satiagraha

Apesar de o QG desses agentes da Abin ocupar um espaço privilegiado no Máscara Negra, nem o diretor de Inteligência nem o diretor-geral, Luiz Fernando Corrêa, sabiam das missões confiadas ou da autonomia concedida ao espião. Para entrar no prédio e nos computadores da PF sem deixar rastros, Ambrósio usava crachá e senhas de outra pessoa, uma funcionária. Os caminhos percorridos por esse crachá e por essa senha já começaram a serem rastreados numa investigação da Polícia Federal. A pedido do presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), o caso também será acompanhado por representantes do Congresso e do Judiciário.

Na linguagem dos porões, o que eles vão descobrir é nitroglicerina pura. Segundo arapongas revelaram à ISTOÉ, a operação gravou conversas e monitorou os passos de 18 senadores, 26 deputados, do secretário-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, da ministra Dilma Rousseff, de ministros do STF e do STJ, advogados, lobistas e inúmeros jornalistas. "O Protógenes tem em mãos um arsenal que destrói o governo passado, o atual e o próximo", revelou Ambrósio a um amigo. Como tudo que é feito clandestinamente, não se sabe o que, na frase do espião, é fato, bravata ou ameaça.

Mas é justamente porque os poderes não podem funcionar sob a insegurança das escutas telefônicas que o governo precisa urgentemente esclarecer o caso. Dois delegados, William Morad e Rômulo Berredo, foram designados para conduzir esse inquérito. Na semana passada, ambos foram apresentados ao ministro Gilmar Mendes. O ministro da Justiça, Tarso Genro, anunciou que, além de colher depoimentos, a primeira etapa da investigação irá realizar perícia nos equipamentos de escuta telefônica da PF e da Abin para tentar encontrar a origem de alguns grampos. Não será tarefa das mais fáceis.

Givaldo Barbosa/AgÊncia O Globo
INVESTIGAÇÕES O diretor da PF, Luiz Fernando (acima à esq.), apresenta a Gilmar Mendes os delegados que irão apurar os grampos irregulares. A pedido de Garibaldi Alves (abaixo), o caso será acompanhado pelo Congresso e pelo Judiciário
SÉrgio Lima/Folha Imagem

Boa parte das conversas telefônicas gravadas pela equipe de Ambrósio foi feita a partir do Guardião, software capaz de monitorar centenas de telefones simultaneamente, mas que depende da participação das companhias telefônicas para ser operado. O equipamento permite que qualquer pessoa que faça contato com alguém cujo telefone esteja grampeado possa também virar alvo da escuta. Basta um simples comando do araponga de plantão e a cooperação da companhia telefônica. Essa facilidade de se grampear um novo número a partir da ligação recebida por outro telefone tem sido fundamental para a polícia e a Justiça desmontarem organizações criminosas complexas ligadas ao tráfico de drogas, ao contrabando, à pedofilia ou a crimes cibernéticos. Mas a montagem da grande rede da grampolândia revela a tênue fronteira da legalidade, e, tal qual uma CPI, no uso do Guardião sabe-se como a investigação começa, mas não se sabe até onde chegará.

No caso dos excessos cometidos na Satiagraha, os espiões de Ambrósio também promoveram gravações a partir de maletas que tanto podem diagnosticar a presença de grampos como captar conversas telefônicas quando colocadas a até 100 metros de um dos interlocutores. Esse tipo de equipamento permite que as conversas sejam interceptadas, independentemente da participação das companhias telefônicas. A PF dispõe do Guardião e a Abin dessas maletas, como foi revelado na última semana pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, embora legalmente a agência de inteligência não tenha a prerrogativa de promover escutas telefônicas.

Os arapongas comandados por Ambrósio chegaram a alguns senadores, como Demóstenes Torres e Heráclito Fortes, a partir do monitoramento ilegal feito contra a repórter Andréa Michael, da Folha de S. Paulo. Foi ela quem primeiro revelou que havia a Operação Satiagraha, o que irritou o delegado Protógenes. Ele chegou a pedir sua prisão temporária, negada pela Justiça, sob a alegação de que ela estaria favorecendo a defesa de Daniel Dantas. Os agentes da Abin gravaram em vídeo um diálogo da jornalista com fontes da área de informações. No diálogo, eles debatem as investigações contra Dantas. No curso do monitoramento à repórter, foi grampeada uma ligação dela para o senador Demóstenes. "Não existe nenhuma autorização para o monitoramento de meus telefones ou de minhas conversas", lembra a jornalista. "Nunca tratei de nenhum assunto do Daniel Dantas, mas a repórter Andréa Michael conversa comigo em busca de notícias, como muitos outros jornalistas", diz Demóstenes.

A partir do monitoramento da jornalista, os espiões da Abin passaram a acompanhar o senador. Ele acabou também sendo gravado. Na Polícia Federal, suspeita-se que esteja aí a origem da gravação do diálogo do senador com o ministro Gilmar Mendes. Isso, no entanto, não exclui a possibilidade de que outras formas de monitoramento tenham sido praticadas contra autoridades do STF, do Superior Tribunal de Justiça e do Congresso. O senador Heráclito Fortes, por exemplo, que nunca escondeu ter boas relações com o banqueiro Dantas, chegou a ter seus passos seguidos pela equipe de Ambrósio no Rio de Janeiro.

Agentes ouvidos por ISTOÉ confirmam o que as autoridades suspeitam: a liberdade com que os espiões trabalharam, sem prestar contas à Justiça ou a superiores, levou a Satiagraha a descambar para uma grande teia de escutas e filmagens que nada tinham a ver com o objetivo inicial. Como bem lembrou o espião Ambrósio a um amigo, Protógenes tem em suas mãos muita coisa que não está no inquérito da Satiagraha. Existem casos inimagináveis, como seguir um senador pelas ruas do Rio de Janeiro, mas há também outros casos menos estrondosos. Os arapongas contam, por exemplo, que a advogada Carolina Louzada, de Brasília, que trabalha em centenas de processos com tramitação no STJ, foi grampeada. Na conversa, teria antecipado a decisão que seria tomada por um dos ministros da Casa. Até a sexta-feira 5, o STJ não havia sido comunicado oficialmente sobre o caso. Procurada por ISTOÉ, a advogada afirmou que não tinha conhecimento do grampo. "Estou chocada com tudo isso. Sou mais uma vítima nessa história", disse Carolina. Ela afirmou que de fato faz parte de um escritório que tem diversas causas no STJ, mas que em poucas ações é parte direta. "Jamais em minha vida prometi facilidades em ações junto ao STJ. Pelo contrário. Não tenho contato em gabinetes dos ministros e nunca tive facilidade alguma", afirma.

A presença dos espiões liderados por Ambrósio no centro das investigações contra Daniel Dantas é o resultado de divergências internas da própria PF. Protógenes já deixou claro que não confia em seu chefe, o delegado Luiz Fernando Corrêa. Quando Corrêa assumiu a direção-geral da PF, em setembro de 2007, Protógenes já comandava as investigações da Satiagraha a pedido do delegado Paulo Lacerda, ex-diretor da Polícia Federal e atual diretor afastado da Abin. Na troca de comando, Lacerda fez um único pedido ao sucessor: conservar o delegado por ele escolhido à frente da Satiagraha e lhe dar carta branca para solicitar todos os recursos materiais e humanos que fossem necessários para as investigações. O pedido não foi aceito.

No final do ano passado, Protógenes começou a ficar sem recursos para continuar a apuração e interpretou que seus novos superiores estariam empenhados em evitar que o cerco a Dantas fosse fechado. Traçou, então, uma estratégia ousada. Pediu que seus próprios telefones fossem grampeados. Sempre que queria reunir elementos contra Luiz Fernando Corrêa e Daniel Lorenz, telefonava-lhes reivindicando apoio para as operações da Satiagraha e, legalmente (estava registrando sua própria conversa), gravava os diálogos em que os recursos eram negados. Com essas gravações, poderia tornar publica a qualquer momento sua versão de que o comando da PF estaria agindo de maneira a proteger Dantas.

A relação entre Protógenes e seus chefes degringolou de vez no início do ano, quando, depois de cobrar insistentemente um relatório das ações da Satiagraha, Lorenz recebeu do subordinado uma solitária lauda de papel ofício com apenas seis tópicos que não diziam nada. Depois disso, o chefe da Divisão de Inteligência decidiu checar de perto as atividades de Protógenes no Máscara Negra e ali reconheceu Márcio Seltz, um agente da Abin com quem trabalhara em outras operações. Lorenz interpelou Seltz:

O que você está fazendo aqui?, quis saber o delegado.

Trabalho para o Protógenes, respondeu secamente o agente da Abin.

Quem autorizava o ingresso de Seltz no prédio da PF era alguém que se identificava como Moisés Andrade e atendia o ramal interno na sala de Protógenes. Agora, a Polícia Federal quer saber quem é Moisés Andrade, uma vez que esse nome não consta no quadro de funcionários.

Na semana passada, depois que os grampos ilegais promovidos sob suas barbas ganharam contornos de crise institucional, Lorenz fez um mea-culpa ante o diretor Corrêa. "Naquele momento eu deveria ter relatado em ofício a presença de pelo menos um homem da Abin dentro da Polícia Federal e exigido seu afastamento das investigações", lamentou Lorenz. Quando descobriu a presença de Seltz no Máscara Negra, Lorenz disse a Protógenes que era inaceitável ver espiões da Abin circulando na sede da PF e ameaçou tirar de suas mãos o controle da Satiagraha. Protógenes contra-atacou dizendo que tinha gravações de conversas suas tanto com Lorenz como com o diretor Corrêa e que se elas vazassem "ficaria chato". Protógenes, então, seguiu no comando da Satiagraha, mas deixou a sede da Polícia Federal, transferindo-se para um conjunto de salas comerciais no Setor Sudoeste, bairro de classe média de Brasília, e viu minguarem as verbas de investigações.

Minervino Junior / BG Pres
VÍTIMAS Da "Máscara Negra", sede da PF, agentes da Abin comandaram operações para seguir o senador Heráclito Fortes (acima) no Rio e gravar as conversas telefônicas de Demóstenes Torres (à esq.)
Roosewelt Pinheiro/Abr


Com a medida, o diretor da Divisão de Inteligência conseguiu tirar os arapongas da Abin de dentro da sede da PF, mas não evitou que suas atividades continuassem em outro QG, ainda ao lado de Protógenes. Lorenz, então, viajou a São Paulo para uma conversa reservada com o juiz Fausto De Sanctis, cujas decisões davam garantia legal aos atos de Protógenes e a alguns dos grampos e monitoramentos promovidos pela equipe do espião Ambrósio. Lorenz pediu ao juiz que encerrasse as autorizações dadas à equipe da Satiagraha. As autorizações, contudo, continuaram a ser dadas. Lorenz está convencido de que Protógenes ficou sabendo de suas intenções no mesmo dia em que esteve com o juiz. Na manhã da sexta-feira 5, o magistrado afirmou que não irá se manifestar sobre o episódio. "Acho uma atitude responsável da revista estar me procurando, mas no momento não vou comentar nada a esse respeito", disse o juiz Fausto De Sanctis à ISTOÉ. O delegado Protógenes tem afirmado que tudo o que fez está legalizado e registrado no inquérito da Satiagraha.

Lorenz e Corrêa, apesar de ocuparem os mais altos cargos da Polícia Federal, jamais oficializaram a suspeita de que arbitrariedades estariam sendo cometidas pelas equipes de Protógenes e do espião Ambrósio. Mas, desde o mês de maio, ambos tiveram a certeza de que os grampos ilegais estavam espalhados por todo o País. A convicção se deu quando Protógenes entregou a Lorenz um ofício solicitando uma maleta para fazer grampos a distância. Para quê a maleta, se Protógenes já tinha à sua disposição o sistema Guardião, que grava as escutas autorizadas pelo juiz? O pedido foi negado. "Eu sabia que o Protógenes não precisava da maleta, pois a operação já estava terminando", justificou o diretor da Divisão de Inteligência.

O descontrole sobre as ações do grupo de Protógenes e do espião Ambrósio ajudam a embasar as desconfianças daqueles que acusam a PF de trabalhar com fins políticos. A PF e os agentes da Abin conseguiram gravar ilegalmente senadores, deputados, ministros e autoridades do Judiciário. No entanto, se mostraram incapazes de cumprir uma determinação do STF que mandou monitorar as conversas telefônicas do exsecretário nacional do PT Romênio Pereira, suspeito de participar de um esquema que desviou do Orçamento da União R$ 700 milhões dos cofres públicos, como revelou ISTOÉ há três semanas. Em carta dirigida ao STF, a Polícia Federal alegou não dispor de recursos técnicos para promover a escuta telefônica do petista.

Embora afirme que seus agentes não tiveram participação oficial na Satiagraha, a direção da Abin tem conhecimento de que uma equipe liderada pelo espião Ambrósio estava atuando sob o comando de Protógenes. Paulo Lacerda, diretor afastado da Abin, revelou a amigos que foi procurado pelo delegado no final do ano passado, dias depois de assumir o comando da agência. "Estou sozinho", reclamou Protógenes a seu antigo protetor. "Estão tirando os meios da operação lá na Polícia Federal." Segundo revelou Lacerda, foi o próprio Protógenes quem solicitou uma reunião dele, Lacerda, com Corrêa.

"Avisei ao doutor Luiz Fernando Corrêa que a investigação do Daniel Dantas tinha um potencial explosivo", disse o diretor afastado da Abin em conversas reservadas. "O Protógenes ressuscitou a operação com a ajuda da Abin." Protógenes também afirmou a Lacerda que Lorenz sabia dos detalhes do trabalho dos espiões da Abin. Nas conversas com amigos, Lacerda assegura que o atual diretor da PF foi nomeado pelo ministro Tarso Genro para brecar investigações que poderiam atingir algumas alas do PT. Segundo ele, na lista de operações que deveriam ser abortadas estava a Satiagraha.

Ao mostrar a zona de ilegalidade por onde trafegam os agentes da Abin, a crise instalada com a confirmação da escuta clandestina de parlamentares e membros da mais alta corte de Justiça do País provocou reações indignadas de toda a sociedade. Na CPI do Grampo, há a disposição de se buscar uma nova legislação que seja capaz de efetivamente impedir o abuso dos arapongas e o uso irregular das interceptações para atender a interesses escusos.

ALESSANDRO BuZAS/ FuTuRA PRESS

O presidente da CPI, deputado Marcelo Itagiba (PMDB-RJ), antecipou à ISTOÉ que vai apresentar um projeto para endurecer a legislação. Um "código nacional de interceptação telefônica", disse Itagiba. O artigo número um dessa nova proposta é uma pena pesada para interceptação ilegal, em torno de quatro anos de reclusão. A comissão também vai sugerir a punição de agentes públicos que "vazam" escutas telefônicas.

Itagiba pretende propor um capítulo especial sobre a comercialização e fiscalização de equipamentos de escuta, nos mesmos moldes do que acontece nos Estados Unidos. Lá, nenhum equipamento pode ser vendido sem a chancela do governo. No Brasil, a idéia é deixar o controle com a Agência Nacional de Telecomunicações, a Anatel. O parlamentar apóia a iniciativa do Conselho Nacional de Justiça de uniformizar os processos para autorização de escuta telefônica. "A CPI mostrou que os preceitos constitucionais não estão sendo observados", diz Itagiba. Também no Ministério da Justiça elabora-se um projeto para disciplinar o uso do grampo telefônico. A proposta do governo é que os espiões da Abin sejam espionados por um grupo de observadores eleitos para isso. Trata-se de uma proposta que tem o aval do senador Demóstenes Torres, vítima do grampo que deflagrou a crise. Na quinta-feira 4, ele prestou depoimento de mais de duas horas ao delegado William Morad e no final do encontro propôs a criação de um núcleo formado por sete pessoas para monitorar, dentro da Abin, todas as atividades dos arapongas.

É certo que a implantação de um estado policialesco incapaz de assegurar o sigilo das comunicações é algo que deve ser rechaçado. Não cabem, porém, as críticas apaixonadas - que sustentam o fim de qualquer grampo ou até mesmo a extinção de todos os serviços de inteligência - nem as motivadas por razões políticas que pretendem se valer do condenável grampo contra o presidente do STF para dar vazão a pendengas partidárias. Há que se considerar que, quando usadas de forma regular, transparente e sob o rígido controle do Judiciário, as escutas telefônicas têm se mostrado uma extraordinária ferramenta de combate ao crime organizado, como tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e até casos de pedofilia.




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26/10/2008 free counters

PF receia que Satiagraha contenha provas ‘ilegais’


Espião de ‘pijama’ confirma ter atuado na investigação

Defesa de Dantas cogita pedir a ‘nulidade’ do inquérito

CPI vai ouvir araponga e reinquirir Protógenes Queiroz

Fernando Donasci/Folha
Principal encrencado na Operação Satiagraha, Daniel Dantas e seus advogados enxergam no ‘grampogate’ um manancial de oportunidades.

Desde o final de semana, a própria Polícia Federal passou a considerar o risco de que parte das provas recolhidas na operação possam vir a ser anuladas pela Justiça.

O motivo da apreensão da PF e do regozijo do mandachuva do Opportunity surgiu no curso da investigação aberta pela PF para apurar a realização de grampos ilegais.

Eis a última novidade sobre o caso: um depoimento sigiloso do ‘araponga’ Francisco Ambrósio do Nascimento.

Ele foi inquirido no sábado (6) pelos delegados federais Rômulo Berredo e William Morad, que apuram a interceptação clandestina de telefonemas de autoridades.

Espião aposentado do velho SNI, Ambrósio confirmou ter participado, a pedido do delegado Protógenes Queiroz, das investigações da Satiagraha.

Negou, porém, ter realizado escutas telefônicas ilegais. Ainda que não consiga comprovar que Ambrósio agiu à margem da lei, a PF vê-se diante de uma penca de dúvidas:

1. Apresentado em reportagem da IstoÈ como servidor da Abin, Ambrósio é, em verdade, um espião aposentado;

2. No mesmo sábado em que a PF inquiria o personagem, a Abin apressou-se em divulgar uma nota que ilumina a situação funcional do espião;

3. Ambrósio é egresso da Aeronáutica. Serviu ao antigo SNI (Serviço Nacional de Informações), não à Abin;

4. O espião vestiu o pijama em 1998, antes da edição da lei que criou a Abin –número 9.883, de 7 de dezembro de 1999;

5. Surge aí a primeira dúvida: haveria base legal para que Protógenes requisitasse os préstimos do espião Ambrósio? Numa primeira análise, os delegados acham que não.

6. Há um segundo problema. Além de Ambrósio, agente da velha guarda, Protógenes serviu-se dos préstimos de servidores efetivos da Abin;

7. É coisa já admitida pelo diretor afastado da Abin, Paulo Lacerda, e pelo superior hierárquico dele, general Jorge Félix, ministro-chefe do GSI;

8. A questão é que o auxílio da Abin a Protógenes se deu na base da informalidade. Não há nem na PF nem da Agência uma mísera folha de papel formalizando a ação;

9. De novo: há lei que autorize a Abin, órgão de assessoramento direto do presidente da República, a participar de investigações ostensivas da PF?

10. Neste caso, os delegados acham que a coisa, ainda que informal, pode ser justificada. A defesa de Dantas, à frente o advogado Nélio Machado, pensa diferente.

11. De resto, foi por terra o plano do governo de circuncrever a encrenca dos grampos ilegais à Abin. A presença dos arapongas na Satiagraha arrastou a PF para a crise.

12. Os próprios delegados Rômulo Berredo e William Morad, que inquiriram Ambrósio, decidiram submeter a perícia o equipamento de grampos da PF, chamado Guardião;

13. Nesta terça (9), deputados e senadores que integram a comissão mista criada para fiscalizar a Abin vão espremer três personagens: Jorge Félix, Paulo Lacerda e o diretor da PF Luiz Fernando Correa;

14. Também nesta terça, o deputado Raul Jungmann (PPS-PE) vai protolar na CPI do Grampo dois requerimentos: um convoca o espião Ambrósio. Outro reconvoca o delegado Protógenes;

15. Tudo considerado, tem-se o seguinte quadro: graças à atuação heterodoxa da PF, ocupam o centro do palco os investigadores de Daniel Dantas, não o investigado.

16. A suspeita de que espiões possam ter empurrado provas ilegais para o miolo da Satiagraha tende a tranformar o inquérito num passivo judicial de futuro incerto.

Um processo em que as acusações contra Daniel Dantas disputarão espaço com as argüições dos advogados do suspeito-geral da República sobre a suposta ilegalidade das provas.

O blog conversou, na noite desta segunda, com um ministro do STF. Ele disse algo preocupante: não são negligenciáveis as chances de êxito da defesa de Daniel Dantas.

Em São Paulo, a equipe da PF que substituiu Protógenes, continua de mangas arregaçadas.

No ministério da Justiça, diz-se que, nesta segunda fase da Satiagraha, o trabalho é silenciosio e técnico.

Tenta-se escorar no material recolhido em operações de busca e apreensão uma nova investida contra Daniel Dantas e o grupo dele.

Por ora, a única denúncia já formalizada pelo Ministério Público e aceita pela Justiça diz respeito à tentativa de suborno de um delegado.

Todos os 17 suspeitos recolhidos ao cárcere já ganharam o meio-fio. Resta agora torcer para que as ‘provas’ que fundamentarão as novas denúncias não cheguem ao Judiciário tisnadas pela mácula do ilegal.

O contribuinte brasileiro espanta-se, desde FHC, com a facilidade exibida por Daniel Dantas de enganchar interesses privados nas franjas da saia da Viúva.

E não merece assustar-se agora com uma exibição de incompetência dos servidores mobilizados pelo Estado para perscrutar os negócios do czar da privatização das teles.

Escrito por Josias de Souza às 03h09

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26/10/2008 free counters

Plano Bresser: poupadores de todo o Estado têm direito à correção

Os titulares de caderneta de poupança na Caixa Econômica Federal, com saldo no mês de junho de 1987, com aniversário entre os dias 1º e 15 do mês, têm direito à diferença de 26,06%, devidamente corrigido até a data do efetivo pagamento. A decisão (8/9) da juíza federal Maria Lúcia Lencastre Ursaia, da 3ª Vara Federal da capital, estende-se a todos os poupadores que tenham domicílio do Estado de São Paulo.

A Ação Civil Pública nº 2007.61.00.007927-0, proposta pela Associação de Defesa e Proteção dos Direitos do Cidadão pedia, além da indenização correspondente à diferença entre o valor creditado em julho daquele ano e o valor devido, indenização por dano moral coletivo a ser revertido ao Fundo de Defesa dos Direitos Difusos.

A juíza Maria Lúcia Ursaia entendeu que o prejuízo suportado pelos poupadores deve ser reparado por recomposição material, com o pagamento dos valores não creditados na época própria, devidamente atualizados e acrescidos de juros de mora, sem, no entanto, constituir dano moral, que ademais não foi demonstrado pela autora.

Analisando as provas juntadas, observou que nos contratos de poupança há o período aquisitivo de trinta dias, quando a quantia permanece depositada para fazer jus ao rendimento dos juros legais e correção monetária. Depois de iniciado o período aquisitivo, se houver alteração na legislação ela não pode ser aplicada retroativamente, já que a regência dos contratos de poupança ocorre pela lei em vigor à época em que foram formalizados.

Portanto, como a Resolução 1338 do Banco Central foi editada em 16/06/1987, ela não poderia alterar o índice de correção monetária relativo ao mês de junho daquele ano, a ser creditado em julho, das cadernetas com aniversário entre o 1º e o 15º dia, ou estaria sendo aplicada retroativamente, como de fato foi.

Maria Lúcia Lencastre Ursaia destacou que os efeitos da sentença não se limitam aos poupadores associados à autora e que a sentença coletiva pode contribuir para agilizar o julgamento de ações.



A.C.P. nº 2007.61.00.007927-0

www.jfsp.gov.br

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26/10/2008 free counters

Faculdade indeniza por curso não reconhecido. OAB não inscreveu candidato

A Academia Paulista Anchieta, mantenedora da Universidade Bandeirante de São Paulo (Uniban), foi condenada a pagar indenização de R$ 5 mil ao ex-aluno Jair Vieira Leal, que, após concluir o curso de Direito, fez o exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e não pôde fazer a inscrição na entidade porque o curso não era reconhecido pelo Ministério da Educação. A decisão é da Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ).


A faculdade recorreu ao STJ contra a decisão que a condenou ao pagamento de indenização por danos morais no valor correspondente a 150 salários mínimos. Após a sua graduação pela Academia Paulista Anchieta, Jair Leal foi aprovado no exame da OAB, porém não teve sua inscrição efetivada.

A Academia Paulista Anchieta sustenta, de início, não ter o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) se manifestado sobre ponto fundamental de sua defesa consubstanciado na culpa exclusiva da Ordem dos Advogados do Brasil pelos danos experimentados pelo ex-aluno na medida em que o reconhecimento do curso de Direito pelo MEC não é requisito para inscrição definitiva, nem mesmo para a inscrição provisória naquele órgão de classe.

Também sustenta que, se a OAB tinha dúvidas quanto à situação de Jair Vieira Leal, deveria lhe ter deferido a inscrição provisória, que dispensa a apresentação do diploma regularmente registrado nos termos do artigo 23 do Regulamento Geral do Estatuto da OAB. Ademais, o curso oferecido foi reconhecido dentro do prazo de 12 meses conferido pelo regulamento para apresentação do diploma registrado.

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26/10/2008 free counters

Políciais Civis de SP entram em greve

09/09/2008 - 13:14 (atualizada em 09/09/2008 13:48)

Polícia Civil adota burocracia em greve

Em operação padrão, policiais civis usam o Código Penal para pressionar por aumento

Da redação

A Polícia Civil de São Paulo está em estado de greve e as delegacias funcionam em operação padrão. Os policiais, em campanha salarial, reivindicam melhores condições de trabalho. A decisão foi tomada nesta segunda-feira (9) em reunião entre representantes da classe.

Como tática para pressionar o governo do estado por aumento de salário e melhoria das condições de trabalho, a Polícia diz que vai cumprir integralmente o que diz o Código Penal. No caso de registro de boletim de ocorrência (B.O.), por exemplo, os delegados devem pedir perícia técnica sempre que houver "resquícios", como em casos de furto - o que nem sempre acontece na prática para deixar o atendimento mais ágil. Assim, a Polícia Civil pretenede usar a burocracia imposta pelo próprio estado como forma de pressão.

Uma nova assembléia está marcada para o dia 18 de setembro, quando deve sair o resultado do julgamento do dissídio coletivo da categoria. Os policiais pedem 60% de reajuste e reestruturação nas bases da carreira. O governo ofereceu 7,5% e não houve acordo. Um policial em início de carreira atualmente recebe, em média, R$ 3.400, salário que a Associação dos Delegados de Polícia de São Paulo (Adpesp) afirma ser o baixo do País na categoria.

Uma nova assembléia deve acontecer no dia 18 de setembro, após o julgamento do dissídio coletivo da categoria pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT).

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26/10/2008 free counters

Google lança projeto para oferecer internet via satélite de baixo custo


Publicada em 09/09/2008 às 13h12m

O Globo Online

RIO - Oferecer internet via satélite para 3 bilhões de pessoas a baixo custo é o novo projeto do Google, em parceria com a Liberty Global e o HSBC. O consórcio pretende adquirir 16 satélites de baixa órbita para oferecer acesso a países próximos à linha do Equador, na África, América Latina, Ásia e Oriente Médio. A fase inicial terá metade desses satélites e deve entrar em operação em 2010.

O projeto "O3b" (Outros 3 bilhões, também na sigla em inglês) já tem US$ 65 milhões investidos pelas três empresas. O O3b pretende assinar contratos com operadoras locais da África, América Latina, Ásia e Oriente Médio. Países onde a rede já está mais desenvolvida, mas ainda é cara em áreas rurais, como o México, também podem entrar no acordo.

Segundo o Financial Times, o grupo faz nesta terça-feira um pedido de 16 satélites à Alenia Space, um grupo aeroespacial francês, como o primeiro passo de um projeto de US$ 750 milhões para conectar países a até 45 graus do Equador. Larry Alder, responsável do Google pelo projeto, disse que o custo da banda larga nesses países pode cair em até 95%.

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26/10/2008 free counters

'A favorita': Flora vai seqüestrar Lara. E será seqüestrada também


Flora (Patrícia Pillar) vai se mostrar ainda mais cruel em "A favorita" do que o público já viu. Para conquistar o carinho da filha _ e ganhar um dinheiro _, ela vai seqüestrar Lara (Mariana Ximenes). A vilã também será seqüestrada na mesma ação. E fará com que, no cativeiro, a filha pense que ela está sendo torturada na sala ao lado. Na verdade, ela estará tomando vinho e comendo bem. Mas gritará de dor, como se a estivessem machucando. Com isso, Lara ficará penalizada.

O plano será armado com a ajuda de Dodi (Murilo Benício) e Silveirinha (Ary Fontoura). Para ter um álibi, Dodi vai simular uma discussão no trânsito que o porá na cadeia do dia do seqüestro. Já Silveirinha irá oferecer solidariedade aos Fontini. E poderá espionar os acontecimentos no rancho.

O único a desconfiar será seu Pedro (Genézio de Barros).

As cenas serão gravadas a partir do fim da semana que vem em estúdio e em São Paulo.

Enviado por Patrícia Kogut

'A favorita': Donatela empurra Flora da escada

Divulgação

Em "A favorita", Donatela (Claudia Raia) vai conseguir ver Lara (Mariana Ximenes) na festa de lançamento do filme de Alícia (Taís Araújo), sem ser reconhecida. Isso porque Alícia organizará um baile de máscaras para promover o evento. Na pista de dança, Donatela se aproximará de Zé Bob (Carmo dalla Vecchia) e de Flora (Patrícia Pillar). A vilã ficará desconfiada sobre a identidade da então "mascarada" e começará a segui-la. Donatela rapidamente vai se misturar aos outros convidados para despistar a inimiga. Flora vai chegar a tirar a máscara de outra pessoa, achando que encontrou sua rival. Mas a noite promete ser de Donatela. Durante a festa, ela vai empurrar Flora de uma escada. Machucada, Flora dirá a Zé Bob que tem certeza que foi Donatela a mulher quem a empurrou.

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26/10/2008 free counters

Oscar 2009 :Sai lista dos inscritos para brigar por vaga

'Última parada - 174' estréia em Jundiaí e entra na disputa para representar o Brasil no Oscar com 'Meu nome não é Johnny'

Publicada em 09/09/2008 às 12h34m

Bianca Kleinpaul
Cena de 'Última parada - 174', de Bruno Barreto/ Divulgação

RIO - Para entrar na pré-seleção de filmes que concorrerão a uma vaga no Oscar, "Última parada - 174" vai ser lançado discretamente em uma sala de Jundiaí, São Paulo. Assim como "Tropa de elite" em 2007, o longa de Bruno Barreto ficará uma semana em cartaz (entre 12 e 19 de setembro) para atender os requisitos do Ministério da Cultura (MInC) e poder ser escolhido como o representante do Brasil.

"Última parada" fez estréia mundial no Festival de Toronto esta semana e será lançado no Brasil na abertura do Festival do Rio em 25 de setembro. Entre os requisitos do MinC para aceitar a inscrição é a produção ter sido lançada entre 1º de outubro de 2007 e 30 de setembro de 2008.

Outro filme que à primeira vista parece estranho na pré-seleção é "O passado", de Hector Babenco. A produção falada em espanhol foi aceita por ter diretor com residência permanente no país (Babenco nasceu na Argentina, mas é naturalizado brasileiro) e financiamento parcial da sua produtora, com endereço no país. A barreira pode ser em uma das cláusulas da própria Academia de Hollywood, que exige o elenco principal ser de origem do país de inscrição. No caso, o longa é encabeçado pelo ator mexicano Gael García Bernal e um elenco de vários países da América do Sul. O falecido ator Paulo Autran é o único brasileiro em cena.

Caberá à comissão escolhida pelo MinC decidir se o filme tenta a vaga ou não do Oscar.

Entre os destaques da pré-seleção está o filme nacional de maior bilheteria do ano, "Meu nome não é Johnny", "Estômago" e "Os desafinados".

No total, foram inscritas 14 produções nacionais na seleção do MinC para uma indicação brasileira ao Oscar de melhor filme de língua estrangeira. O longa-metragem que disputará uma das cinco vagas da premiação será divulgado dia 16.

A comissão que decidirá nosso representante será formada por profissionais da área audiovisual. São eles: Antonio Alfredo Torres Bandeira, Cleber dos Santos, Silvia Maria Sachs Rabello, Maria Dora Genis Mourão, Giba Assis Brasil e Paulo Sérgio Almeida, e presidida pelo secretário do Audiovisual do Ministério da Cultura, Silvio Da-Rin.

Selton Mello e Cleo Pires em 'Meu nome não é Johnny'/ Divulgação

Cabe aos organizadores da premiação nos Estados Unidos selecionar os cinco filmes, dentre títulos indicados por mais de 90 países, que concorrerão na categoria de melhor filme em língua estrangeira. A cerimônia de entrega do Oscar 2009 acontece no mês de fevereiro.

Veja aqui a lista completa de inscritos e clique aqui para votar no seu favorito representar o Brasil no Oscar:

1 - "A casa de Alice", de Chico Teixera

2 - "A Via Láctea", dirigido por Lina Chamie

3 - "Chega de saudade", dirigido por Laís Bodanski

4 - "Era uma vez", de Breno Silveira

5 - "Estômago", de Marcos Jorge

6 - "Meu nome não é Johnny", de Mauro Lima

7 - "Mutum", dirigido por Sandra Kogut

8 - "Nossa vida não cabe num Opala", de Reinaldo Pinheiro

9 - "Olho de boi", de Hermano Penna

10 - "Onde andará Dulce Veiga?", dirigido por Guilherme de Almeida Prado

11 - "O passado", de Hector Babenco

12 - "Os desafinados", dirigido por Walter Lima Júnior

13 - "O signo da cidade", de Carlos Alberto Riccelli

14 - "Última parada 174", de Bruno Barreto

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26/10/2008 free counters

India "fascinada" con América Latina


Seema Chishti.
Seema Chishti
Especial para BBC Mundo desde India

Seema Chishti, editora asociada del periódico indio Indian Express, cuenta cuál es la imagen de América Latina y sus líderes en el continente indio. ¿Qué se sabe de América Latina en India, como ella dice, "más allá de Cien años de soledad"?

Feria tecnológica en India.
El trabajo entre las regiones muchas veces está relacionado con las tecnologías de la información.
A la imaginación popular india le ha tomado un tiempo para que América Latina signifique más que realismo mágico, Shakira, samba o la atracción de la camiseta verde amarela.

Uno todavía puede ver a la animada ciudad de Calcuta detenerse por completo como lo hizo el año pasado, cuando Brasil fue eliminado del Mundial de fútbol. Quizás se lloraron tantas lágrimas en Calcuta como en Sao Paulo.

Pero ahora es más que un sentimiento emocional de simpatía por otra región en desarrollo, más que una "solidaridad tercermundista".

Es fascinación lo que los países de América Latina generan en India. En 1983, una India conservadora se conmovió cuando el legendario líder cubano Fidel Castro envolvió a la primer ministro india Indira Gandhi en un fuerte abrazo durante una visita a Nueva Delhi.

Los nobles objetivos socialistas de la India de los setenta y ochenta ayudaron a forjar un vínculo político con el desafío que Fidel Castro hacía de su gran vecino.


Interés

Hoy, en este siglo, mientras América Latina se deshace de su deuda externa y sus jóvenes democracias están lideradas por gobiernos pragmáticos de la izquierda, India mira a la región con sus gafas de "superpotencia" económica.

Las palabras clave son comercio y complementariedad.

Para superar su dependencia de los combustibles fósiles, India ha adoptado el uso del etanol -el derivado del azúcar- como combustible de la manera en que lo hace Brasil

Por ejemplo, para superar su dependencia de los combustibles fósiles, India ha adoptado el uso del etanol -el derivado del azúcar- como combustible de la manera en que lo hace Brasil, el segundo poder agrícola más importante del mundo después de la Unión Europea.

Además, se comparten tecnología informática y "trucos" de mercado, y se venden productos a la creciente clase media brasileña con poder adquisitivo.

Otra colaboración entre india y América Latina tuvo como protagonista a Tata Consultancy Services (TCS), una de las firmas de tecnologías de la información más conocidas de India. TCS instaló un centro de capacitación regional para América Latina -conocido como el Centro de Desarrollo del Conocimiento (CDC)- que es albergado en Montevideo por el Laboratorio Tecnológico de Uruguay (LATU).

El CDC servirá como un lugar de entrenamiento para todo el personal de TCS en los países de la región, como Argentina, Brasil, Chile, Colombia, México y Uruguay mismo, entre otros.

Palabras

Pero más allá de eso, el presidente venezolano Hugo Chávez es todavía uno de los pocos líderes del tercer mundo cuyas declaraciones alcanzan las primeras páginas de la prensa india. No siempre es venerado, pero nunca es ignorado.

Hugo Chávez (centro) con primer ministro indio Manmohan Singh (izq) y el presidente indio A.P.J. Abdul Kalam.
Hugo Chávez visitó India en marzo de 2005.

Se habló mucho del momento en el que sostuvo un libro de Noam Chomsky en Nueva York, y sus referencias al diablo durante su discurso ante la Asamblea General de Naciones Unidas. Aunque no se conoce mucho sobre las políticas de su gobierno, sus comentarios y palabras dramáticas sobre Estados Unidos siguen fascinando a los indios.

Cuando Chávez estuvo en India hace casi dos años, el centro de estudiantes de una universidad tradicionalmente izquierdista de India lo recibió con una ovación. Y uno no contaba como un verdadero liberal de izquierdas si no había formado parte de esa ovación.

El gobierno de India juega a lo seguro cuando trata de lograr un equilibrio. Por ejemplo, cuando se tuvo que elegir entre Venezuela y Guatemala para alcanzar el Consejo de Seguridad de Naciones Unidas, y dada su nueva ecuación de poder con Estados Unidos, el gobierno indio apostó a lo seguro para no quedar mal con nadie.

"Amigo Lula"

El gobierno indio se siente mucho más cómodo con otro importante líder de izquierda de la región: Luiz Inácio Lula da Silva. El presidente brasilero no es un gran tema de conversación como Castro o Chávez, pero sus orígenes como lustrabotas definitivamente generan interés.

El primer ministro Manmohan Singh (izq) y Luiz Inácio Lula da Silva.
El gobierno de India se siente "cómodo" con Lula.

Durante la primer reunión del IBSA - el grupo de tres países: India, Brasil, y Sudáfrica- en Brasilia, el primer ministro indio alabó a Lula y a su compromiso con los mercados libres y la empresa con una "cara humana".

En general, mientras que Pelé, Gabriel García Márquez y Fidel Castro siguen siendo los nombres latinoamericanos más conocidos en India, la relación es ahora más profunda.

Todavía toma 20 horas viajar de India a América Latina y viceversa, pero los comentarios sobre "economías emergentes" y el BRIC (Brasil, Rusia, India y China) dan conciencia de que no sólo nos une nuestro pasado anti-colonial, sino también las esperanzas compartidas de un futuro renaciente.

Eso es lo que evoca interés en la maravillosa región latinoamericana y ayuda a superar la distancia continental.



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26/10/2008 free counters

'Africans to gain' from web plan


satellite
Satellites will be used where conventional cables would be too expensive

Google is helping develop a system to bring high-speed internet connections to three billion people developing countries in Africa and elsewhere.

The 03b Networks system aims to use satellites to provide broadband services at the same speeds as those on offer in rich countries.

The service, which is due to begin in 2010, is also backed by cable operator Liberty Global and the bank HSBC.

It aims to tap into booming mobile phone usage in the developing world.

It will target markets in Africa, Asia, Latin America and the Middle East.

The founders of 03b Networks recently helped pioneer the first commercial 3G mobile and fibre-to-the-home networks in Rwanda, the company said in a statement.

Production of an initial 16 satellites has begun, and the project allows for additional satellites to increase capacity.

The company said the system will enable the spread of locally generated content and e-learning, encouraging social and economic growth in the developing world.

There are various other projects under way to bring faster and cheaper internet access to the African continent.

Kenya has commissioned a fibre-optic cable from Fujaira in The United Arab Emirates along the sea floor of the Gulf of Oman, down the East African coast to the port town of Mombasa.

Another undersea telecommunications cable, known as East African Submarine Cable System (Eassy), intends to connect 21 countries to each other and the rest of the world with high-quality internet.

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26/10/2008 free counters

¿Se acabará el mundo el miércoles?


Finlo Rohrer
BBC, Londres

Representación artística de impacto de meteorito, pancarta y hongo nuclear.
Uno no puede dejar de preguntarse sobre la fascinación con la idea del fin del mundo.

Un gigantesco acelerador de partículas está a punto de ponerse en marcha en Suiza y un pequeño grupo de personas cree que eso podría suponer el fin del mundo. ¿Por qué estamos tan obsesionados con la posibilidad de un Apocalipsis?


El fin del mundo llegará algún día, eso es una certeza. Pero no ocurrirá pronto y es muy probable que no sea con un repentino y estrepitoso cataclismo este miércoles.

Testigos de Jehová lo han predicho varias veces, pero últimamente ya no lo hacen
Los Milenaristas predijeron el fin del mundo para el 22 de octubre de 1844, conocido como el Día de la Gran Decepción
Edgar C. Whisenant escribió 88 razones por las que el Arrebatamiento de la Iglesia podría darse en 1988 , seguido de predicciones para 1989, 1993 y 1994.
El guardameta argentino Carlos Roa dejó el fútbol pensando que el fin del mundo se daría en 2000
Hal Lindsey en su libro "El último gran planeta Tierra" relaciona el fin del mundo con Estados Unidos

La mayoría de físicos considera que el proyecto es totalmente inofensivo.

Pero cuando uno ve un titular en el periódico que dice "¿Vamos a morir el próximo miércoles?", no puede dejar de preguntarse sobre esa fascinación con la idea del fin del mundo.

Se trata de uno de los conceptos más poderosos y antiguos de la humanidad, llámese escatología (teoría religiosa del fin del mundo), milenarismo, el fin de los días, el Apocalipsis o el desastre final.

"Es un patrón muy antiguo del pensamiento humano, incluso anterior a la Biblia y presente en la mitología de Oriente Medio, el caos final, la última batalla entre las fuerzas del orden y el caos", explica el historiador cultural Paul S. Boyer, autor de "Cuando el tiempo ya no exista: Creencias proféticas en la cultura moderna americana".

"Es un concepto profundamente arraigado desde el punto de vista psicológico ya que la idea de una existencia sin sentido es muy amenazadora", dice.

"Las sociedades humanas siempre han tratado de crear una especie de marco conceptual para dar significado a la historia y a nuestras propias vidas personales", añade.

Niño sostiene pancarta
La idea del fin del mundo es clave en el cristianismo.

Aunque la idea del fin del mundo figura en muchas religiones, las occidentales están más ligadas a la escatología cristiana.

En los primeros días de la Iglesia se daba por sentado que el Segundo Avenimiento y el fin del mundo eran inminentes.

La corriente principal del cristianismo se alejó de este tipo de ideas, pero grandes grupos de creyentes las adoptaron nuevamente en varias ocasiones.

"No es sólo un grupo marginal de lunáticos, es una parte integrante de toda la cristiandad. Pero en la rama más general de la cristiandad esto se pone en perspectiva como algo que podría ocurrir algún día", dice Stephen J. Hunt, sociólogo religioso y autor de "El Milenarismo cristiano: Desde la iglesia temprana hasta Waco".

"Pero ciertos grupos y movimientos creen que esto le pasará a su generación", agrega.

Cataclismos

Muchos grupos que habían predicho la fecha exacta del fin del mundo, la Gran Tribulación o la teoría del Arrebatamiento de la Iglesia, lo reconsideraron cuando llegó el momento y no pasó nada. Luego vinieron nuevas teorías.

Los Testigos de Jehová han hecho interminables predicciones sobre posibles cataclismos que nunca sucedieron, y tan sólo en los últimos años han decidido abandonar tales profecías. Sin embargo, estos augurios fallidos no han desanimado a los más creyentes.

"El fin del mundo" incluye los conceptos: destrucción del planeta, extinción de la raza humana, cambio significativo de situación para la raza humana.
Los escenarios seculares incluyen: catastrófico cambio climático, guerra nuclear, desestabilización en la tierra por la órbita lunar.
Escenarios religiosos incluyen: referencias islámicas al "juicio final"; algunos budistas creen en la desaparición de las enseñanzas de Buda; el fin del mundo cristiano se vincula a la Segunda Venida de Jesucristo.
No pasó lo mismo con los seguidores del Movimiento Millerista, liderado por William Miller, quién no sólo predijo el fin del mundo sino que dijo que ocurriría el 22 de octubre de 1844.

La fama de la secta aumentó a medida que se acercaba la fecha, se vendieron miles de periódicos y sólo una cosa pudo dar al traste con su popularidad, la llegada del 23 de octubre de 1844.

Este fallo fue conocido como la "gran contradicción" y los seguidores se fueron a raudales.

"Las actuales profecías son mucho más astutas", dice el profesor Boyer.

"Dicen que ningún hombre sabrá el día o la hora, pero que ocurrirá pronto", explica.

Carlos Roa está convencido de que sabe la hora. El guardameta argentino, mejor conocido por sus heroicos penaltis contra Inglaterra en el Mundial de 1998, rechazó renovar su contrato con el Real Mallorca a medida que el 2000 se aproximaba, ya que creía que el mundo se terminaba y tenía que prepararse. Cuando esto no pasó, no dudó en regresar al Mallorca.

"Un tema de poder"

Para muchos es fácil burlarse de los que creyeron y erraron, pensando sobre el modo o el momento en que el mundo se acabará, quizás respondiendo a una mera necesidad humana.

"Tiene que ver con un tema de poder", dice Michael Molcher, editor de la revista The End is Nigh ("El fin está cerca").

"En tiempos marcados por guerras o hambrunas, en tiempos generalmente malos, florecen las prédicas e ideas apocalípticas".

"Es la forma en que la gente controla el modo en que el mundo funciona. Lo único que no podemos predecir es el momento y modo en el que moriremos", señala.

Edición de "El fin está cerca"
¿Está realmente cerca el fin?

Los grandes periodos de este tipo de ideas -Europa en torno al año 1.000, la Guerra Civil Inglesa, la Revolución Industrial en ambos lados del Atlántico, y el siglo XX- han sido momentos de grandes e intensas turbulencias.

"Un gran número de fundamentalistas están 'buscando señales'. Si hay otro tornado en Florida, son los que dicen que debe ser un castigo", dice Hunt.

Un tema común en algunos reductos cristianos milenaristas es el renacimiento de un Imperio Romano liderado por el Anticristo y conformado por diez naciones europeas.

El tema procede de la descripción de la bestia con diez cuernos del Libro de las Revelaciones.

Hasta hace relativamente poco esto se relacionaba con la Unión Europea, pero ahora que tiene 27 miembros, la idea se ha enfocado más en sus diez integrantes de la parte occidental del continente.

Cultura popular

La idea del fin de los días parece tener cabida en la cultura popular.

De la serie de novelas The Left Behind ("Los dejados atrás") se han vendido millones de ejemplares y gente de todo el mundo acudió en tropel a las salas de cine para ver las tres secuelas de "Profecía".

Creyente de la Iglesia Adventista frente a pancarta sobre el fin del mundo.
Muchos grupos religiosos han hecho más de una predicción sobre el fin del mundo.

Pero sería erróneo decir tan sólo la gente religiosa cree en el fin del mundo.

En tiempos de la Guerra Fría el fin del mundo cobró la forma de armas nucleares, y hoy en día se habla de una catástrofe climática que daría paso a un mundo intacto pero sin seres humanos.

La predicción favorita de Molcher es la de una mujer convencida de que los planes chinos de construir una base en la luna alterarán su órbita y la enviarán peligrosamente hacia la Tierra.

Religiosos o no, los creyentes de estas teorías tienen en común que el mundo terminará algún día y aún hay muchos que quieren determinar la fecha.

Un predicador estadounidense, Ronald Weinland, predijo en su libro God's Final Witness ("El último testigo de Dios"), que Estados Unidos será destruido en los próximos dos años.

Lamentablemente, cuando uno trata de averiguar más y le envía un email, recibe una respuesta automática. Será que está demasiado ocupado preparando el final de los días.

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26/10/2008 free counters

Armada rusa en aguas caribeñas


Redacción BBC Mundo

Símbolo de la Armada Rusa
Se trata de una actividad planificada anteriormente que no guarda relación alguna con la situación en el Cáucaso
Andréi Nesterenko, portavoz de la cancillería rusa

Rusia y Venezuela anunciaron que podrían realizar ejercicios navales conjuntos en aguas venezolanas en los próximos meses.

El presidente venezolano, Hugo Chávez, dijo que su país se está preparando para recibir a la flota rusa "y si fuese posible hacer una maniobra, pues la haríamos en nuestras aguas caribeñas".

Un funcionario del Ministerio de Relaciones Exteriores de Rusia, Igor Frolov, le confirmó a BBC Mundo que las maniobras podrían llevarse a cabo en noviembre o diciembre.

Otro portavoz del ministerio, Andréi Nesterenko, dijo en una conferencia de prensa en Moscú que "se trata de una actividad planificada anteriormente que no guarda relación alguna con la situación en el Cáucaso".

"Las partes alcanzaron el acuerdo correspondiente mucho antes de lo sucedido la noche del 7 al 8 de agosto", añadió el portavoz, según la agencia rusa de información Novosti.

Nesterenko aseguró que las maniobras no estarían dirigidas contra terceros países y dijo que este tipo de ejercicio conjunto es "habitual en las prácticas mundiales".


"Aliados estratéticos"

En su programa dominical "Aló Presidente", Chávez dijo que "Venezuela es un país aliado estratégico de Rusia. Así que venga la flota rusa, bienvenida".

Son las voces de los pitiyanquis: que si se van a instalar unas bases secretas en Venezuela, que van a poner bombas atómicas; que si vienen unos submarinos nucleares y se van a varar ahí en (la isla de) La Orchila y van a estar apuntando a no sé quién
Hugo Chávez, presidente de Venezuela

"Que si vamos a hacer una maniobra, la haremos con nuestros modestos recursos, pero que cada día estaremos mejorando y perfeccionando", aseguró.

El mandatario venezolano recordó que en noviembre su país tiene previsto realizar maniobras conjuntas con las fuerzas armadas de Brasil, Francia y Holanda.

Chávez señaló que es importante informar sobre la posibilidad de hacer este ejercicio con Rusia para evitar que algunos medios de comunicación manipulen la noticia.

"Son las voces de los pitiyanquis: que si se van a instalar unas bases secretas en Venezuela, que van a poner bombas atómicas; que si vienen unos submarinos nucleares y se van a varar ahí en (la isla de) La Orchila y van a estar apuntando a no sé quién", dijo.

"Ellos comienzan a inventar cualquier cantidad de cosas. No, nosotros todo lo hacemos transparente", agregó.

Combustible

Según información publica en el sitio en internet de "Aló Presidente", Chávez "dijo que en el caso de aviones estratégicos o barcos de gran alcance, como los rusos, requieren siempre de algún lugar para abastecerse y no escogerán para ello países donde no son bien recibidos o tienen adversarios".

Buques rusos en Sevastopol
En los ejercicios participarían cuatro buques y unos 1.000 militares rusos.

Por su parte, el portavoz del Ministerio de Relaciones Exteriores de Rusia dijo que navíos de la armada rusa -incluidos el crucero lanzamisiles "Pedro el Grande", el buque antisubmarino "Almirante Chebanenko" y un buque cisterna- se reaprovisionarán de combustible en puertos venezolanos a finales de este año.

Nesterenko añadió que aviones rusos dedicados a la lucha antisubmarina realizarán una breve escala en un aeródromo venezolano.

Con anterioridad, el director de Inteligencia Estratégica del Estado Mayor Naval de la Armada venezolana, contralmirante Salvatore Cammarata, dijo que se prevé que en la operación participen cuatro buques y unos 1.000 militares rusos.

Por la parte venezolana, tomarían parte fragatas misilísticas, escuadrones patrulleros y de transporte, así como unidades aeronavales y submarinas.

Venezuela, que en 2005 y 2006 le compró armas a Rusia por un valor de unos US$4.000 millones, es el principal cliente latinoamericano de armamento ruso.

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26/10/2008 free counters