[Valid Atom 1.0]

domingo, 5 de abril de 2009

RECEITAS : BACALHAU


Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

Arroz con cordero. Receta




Receta de arroz con cordero

Qué alegría da cocinar un buen arroz. Es de esas comidas que da gusto cocinar mientras cada ingrediente aporta su sabor al resultado final. En este caso quería hacer un arroz con sabores de campo. Y creo que lo he conseguido, solo tenéis que juzgar vosotros mismos esta receta de arroz con cordero y trigueros.

Ingredientes para 8 personas

  • 650 gr de arroz bomba, 2 piernas de cordero lechal, 1 manojo de trigueros, 2 ajos, 1 cebolla pequeña, 1 pimiento verde pequeño, 1 pimiento rojo pequeño, 600 ml de tomate triturado natural, 2 cucharaditas de pimentón dulce, 1 cucharadita de azafrán, 2 litros 300 ml de fondo blanco de cordero, unas ramitas de tomillo y romero y sal.

Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters


Como viene siendo ya costumbre, no hay fiesta que tenga su dulce tradicional para la fecha señalada que no me de una vuelta por mi pastelería favorita: Dean & Deluca.

Para esta Semana Santa, necesitamos huevos de chocolates de colores y formas, cuanto más variadas mejor, y una cesta donde colocarlos. Hay que andar sigilosamente por la casa o el jardín y esconderlos antes de Pascua para que los niños (y no tan niños) los encuentren.

Huevos y conejitos de chocolate en escondrijos escogidos (si nadie lo encuentra, te lo comes tú). Todos estos dulces están elaborados con ingredientes de la más alta calidad.

Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

RECEITAS


Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters




Receitas de Portugal



»Receitas Culinárias
»Receitas Doces
»Receitas Regiões
»Receitas p/Vinho do Porto
»Sabores da Lusofonia
»Receitas Internacionais
»Receitas p/Diabéticos
»Receitas Afrodisíacas
»Afrodisíacos
»Jantar a Dois

»Top 10
»Receita da Quinzena
»Queijo da Quinzena

»Restaurantes
»Vinhos
»Vinhos Medicinais
»Vinhos e Gastronomia
»Bê-á-bá das Provas
»Enchidos
»Queijos

»Confrarias Gastronómicas
»Confrarias Báquicas
»Momentos Especiais

»Cocktails
»Bar & Bebidas
»Cafés

»Ervas Aromáticas
»Especiarias
»Glossário
»Conselhos e Truques

»Livros
»Música
»Crónicas & Cª.
»Tarot e Gastronomia
»Anedotas
»Jornal de Parede
»Site do Mês

»Quem Somos
»Colaborações
»Prémios
»Links

Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

Escolha o seu leite

Anna Paula Buchalla (abuchalla@abril.com.br)

Lew Robertson/Corbis/Latinstock

A variedade de leites nas gôndolas dos supermercados nunca foi tão grande. De cabra, de vaca, de búfala, de soja – nos Estados Unidos e no Canadá já existe até o leite feito de semente de maconha.

Há ainda as versões orgânicas, com ferro, cálcio, vitaminas, enriquecidas com fibras, suplementadas com pré-bióticos – substâncias que regulam a flora intestinal – ou com baixo teor de lactose. As opções atendem de vegetarianos e naturebas a pessoas que sofrem de deficiências nutricionais ou de alergias e intolerância ao leite de vaca. As lojas dos grandes supermercados do país exibiam em média dez itens em suas prateleiras dez anos atrás. Atualmente, são cerca de setenta. No último ano, as vendas de leites especiais cresceram 26% nas principais redes. VEJA consultou especialistas e chefs de cozinha sobre a escolha do leite mais adequado às necessidades de cada um e aos diferentes tipos de paladar.

Leite integral
Versões: há opções enriquecidas com vitaminas, colágeno e ferro
Análise dos especialistas: é altamente recomendado em todas as fases da vida, em especial como fonte de cálcio. A gordura do leite facilita a absorção das vitaminas A, D, E e K. As ressalvas são para quem quer perder peso – ele tem elevado teor de gorduras – e para quem tem colesterol alto. Presente em grandes quantidades no leite integral, o ácido mirístico é a gordura saturada que mais aumenta o LDL, o mau colesterol
Opinião dos chefs: é o preferido desses profissionais, por ser encorpado e oleoso. De todos os leites de vaca, é o mais cremoso e o que tem sabor e cheiro mais intensos. "Ele destaca o sabor dos pratos e é perfeito para a consistência certa de doces, como o pudim de leite condensado", afirma o chef Fabrice Le Nud

Leite desnatado
Versões: há as enriquecidas com fibras, cálcio e vitaminas A e D, para compensar a perda dessas substâncias que ocorre junto com a eliminação da gordura
Análise dos especialistas: a perda de vitamina D, importante para a fixação do cálcio no organismo, é reposta nas quantidades ideais com a suplementação. O consumidor ganha na redução de calorias, que costumam ser a metade das do leite integral
Opinião dos chefs: é mais leve, aguado, um tanto rançoso e tem menos sabor. Recomendado para molhos mais suaves ou pratos que já tenham outro derivado de leite. É bastante usado para complementar molhos de iogurte para saladas

Leite semidesnatado
Versões: há as opções com vitaminas, com cálcio ou com menos lactose
Análise dos especialistas: é uma ótima alternativa para dietas de restrição calórica porque, apesar de ter menos gordura, preserva grande parte das vitaminas presentes no leite integral
Opinião dos chefs: é menos denso, mas conserva bem o sabor e a textura do leite integral. É um substituto dele em bolos, sorvetes, molhos e bebidas batidas. "Também é ideal para pratos mais leves. É um bom acompanhamento de peixes, por exemplo", recomenda a chef Morena Leite

Leite com baixo teor de lactose
Versões: esta opção existe tanto no leite integral quanto no semidesnatado. Podem-se escolher ainda sabores de baunilha e de frutas como maçã e pêssego
Análise dos especialistas: é indicado para quem tem intolerância à lactose, o açúcar do leite. O distúrbio afeta até 60% da população adulta, em maior ou menor grau. As marcas disponíveis no mercado têm o teor de lactose reduzido em 90%. Graças às novas tecnologias, esse processo de redução não afeta o sabor nem as características nutritivas do leite
Opinião dos chefs: de consistência, textura e paladar parecidos com os do leite desnatado. "É uma alternativa para pratos doces, como o creme brûlé, requisitados por pessoas com intolerância ao leite tradicional", afirma a chef Morena Leite

Leite de cabra
Versões: além das apresentações líquida e em pó integral, já é vendido na forma desnatada
Análise dos especialistas: é a melhor opção para quem tem alergia às proteínas do leite de vaca. Daí por que é frequentemente recomendado a bebês e crianças alérgicas. Nessa fase, o leite é essencial.
Opinião dos chefs: tem sabor intenso e aroma bem característico, mas é menos gorduroso que o de vaca. Muito utilizado na fabricação de queijos e doces. "Pode substituir o leite de vaca em qualquer situação. É o melhor para fazer doce de leite", recomenda o chef Rodrigo Oliveira

Leite de soja
Versões: já existem opções enriquecidas com até 265 miligramas de cálcio por 200 mililitros, o que é mais do que a quantidade presente no leite integral
Análise dos especialistas: como não substitui o total de vitaminas e minerais presentes no leite de vaca, não deve ser usado como única fonte de alimentação de crianças. Atenção às versões com sabor, que contêm menos proteínas
Opinião dos chefs: é um pouco mais encorpado e denso que o leite de vaca integral, porém mais leve e magro. O sabor é mais amargo que o de outros leites vegetais, como o de castanha-do-pará ou o de amêndoas. "É ideal para substituir o leite animal em receitas vegetarianas, como o estrogonofe de soja", diz a chef Morena Leite

Fotos Pedro Rubens




Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

Tráiler de la película 'Malditos bastardos'


UNIVERSAL PICTURES 03-04-2009


Dirigida por Quentin Tarantino Con Brad Pitt, Diane Kruger, Mélanie Laurent Película alemana, americana. Género: Bélico Año de producción: 2008 Título original: Inglourious Basterds Distribuida por Universal Pictures International Spain Sinopsis: Durante la ocupación alemana de Francia, Shosanna Dreyfus presencia la ejecución de su familia a manos del coronel nazi Hans Landa. Shosanna consigue escapar y huye a París, donde se forja una nueva identidad como dueña y directora de un cine.

Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

U2 rompe el horizonte



La banda irlandesa trabaja en estas imágenes en el primer single de su nuevo disco, 'No line on the horizon'. El domingo 5 de abril, todo sobre la visita de EL PAÍS SEMANAL al cuarteto irlandés.






MANUEL CUELLAR 05/04/2009


Arrasan con su nuevo disco, 'No line on the horizon'. Los cuatro fantásticos de Dublín nos reciben en Fez (Marruecos) para hablar de buena música y mucho más. De españa, la crisis, la religión. Y de su gira, que arrancará en Barcelona

Bono, tal vez el cantante más famoso de la última década, se levanta del sillón de una lujosísima suite en un lujosísimo hotel de Fez (Marruecos) e imita a un boxeador metido en un cuadrilátero. Suelta un directo de derecha al aire y ese golpe va dirigido a un país: España. "España Ha sido trágico y a la vez emocionante. En los últimos tiempos, los españoles han logrado realizar una transformación que realmente ha llevado a su país a convertirse en una nación poética. La igualdad de la mujer, todas esas leyes sociales, el querer estar en la vanguardia España se adelantaba, estaba bajo los focos, no podía ser más prometedora y sexy, orgullosa, inteligente. Y de pronto: ¡Buuuuump! La nariz empieza a sangrar. Pero, ojo, España ha tenido grandes narices sangrantes en el pasado y el espíritu es algo que no se pierde? Ahora mismo puede estar postrada, pero no rota. No rota, eso está claro". Paul David Hewson posee, a sus casi 49 años, el poder de la convicción. Las palabras salen de su boca con tal fuerza, con una energía tan arrolladora, que poner en cuarentena su sinceridad resulta una empresa imposible.

U2 da nombre a una calle de Nueva York

VIDEO - AGENCIA ATLAS - 04-03-2009

La banda irlandesa U2 dará nombre durante una semana a una calle de Manhattan. Así lo reveló el alcalde de Nueva York, Michael Bloomberg, durante la visita de Bono y los suyos, que están promocionando su nuevo album. El último trabajo de U2 se puso ayer a la venta en España. En tan solo un día han vendido más de 80.000 copias. - AGENCIA ATLAS


Tráiler de U23D

VIDEO - NATIONAL GEOGRAPHIC - 25-09-2008

La banda británica publica un largometraje en tres dimensiones que sitúa al espectador en mitad de uno de sus conciertos - NATIONAL GEOGRAPHIC


Llega U2, en 3D...

VIDEOS - NATIONAL GEOGRAPHIC - 25-09-2008

Tráiler de U23D.

.

"No comprendo que la iglesia católica haya perdido el liderazgo"

"Las crisis sirven para que soñemos con una forma distinta de hacer las cosas"

"Nuestro productor, Brian Eno, no está interesado en nuestra música"

La voz del grupo U2 cuenta con un pasado, unas estadísticas y un carisma que le impiden, le niegan la posibilidad, desde hace años, de existir como un ser humano convencional. Bono, así se autobautizó a finales de los setenta, casi un año después de lanzarse a la carretera, destila magnetismo, seguridad y aplomo. Su banda ha vendido más de 145 millones de discos desde que se fundó, hace 30 años, y, pese a haber dejado los estudios con 16 años, ha conseguido que las personas más poderosas del planeta no sólo le den audiencia, sino que busquen fotografiarse con él. Y, además, que sus plegarias sean atendidas: sus empeños, esfuerzos, convicciones en la lucha contra la pobreza y la pandemia del sida en África. George W. Bush, Juan Pablo II, Barack Obama, Bill Gates, Giorgio Armani, Angela Merkel, Damien Hirst, Gordon Brown? son todos los que están, pero no están todos los que han acudido a la llamada del activista irlandés.

Han pasado cinco largos años desde que la garganta de Bono dijera su última palabra cantada frente a un micrófono en un estudio de grabación: Nobody (nadie). Un lustro en el que han ocurrido cosas como una gira mundial con el anterior trabajo de U2, How to dismantle an atomic bomb, descanso y la fabricación de las 11 canciones que componen su duodécimo disco. Una colección de poemas con un título muy acorde con los tiempos de depresión que vive el planeta: No line on the horizon (no hay línea en el horizonte). Ahí está el Bono letrista, el líder rockero e hiperactivo para subir la moral, para no defraudar a la audiencia. Un público fiel. En su primera semana a la venta en España, el disco logró un platino. Lo que no consiguió ni Bruce Springsteen en seis semanas con su último trabajo. En menos de 24 horas, el fenómeno irlandés despachó más de 350.000 entradas para los conciertos de su próxima gira mundial, a la que le han dado el nombre de 360.

"El futuro necesita un gran beso". Así de contundentes. Ésta fue la primera frase que se radió en todo el mundo como lanzamiento planetario de No line... ¿Quiere esto decir que debemos ser optimistas pese a la que está cayendo?

"Sí, tenemos que ser optimistas. España e Irlanda encabezan las listas de los países a los que más afecta esta crisis, pero se suele decir que no hay miedo peor que el miedo a uno mismo. El resultado es una debilidad terrible. Es tan frustrante asistir a lo que está ocurriendo" La atmósfera en Irlanda es de una depresión que asusta. La gente ha pasado de la preocupación a la amargura, y eso no es bueno. La preocupación es buena; la amargura, no. Todo esto echa a perder la creatividad. Escuchemos a Bob Dylan en Brownsville girl: "If there's an original thought out there, I could use it right now" [si hay un pensamiento original ahí afuera, lo usaría ahora mismo]. Tenemos que pensar en ello: el capitalismo es oscuro, está en la oscuridad, y en el proyecto de la globalización la gente se pregunta: ¿todo esto es para la mayoría o para una minoría? Estamos en un momento en el que es necesario hacerse ese tipo de preguntas. Hay que pensar que las crisis o las emergencias sirven para que el mundo despierte, para que soñemos con una forma radicalmente distinta de hacer las cosas. Para imaginar de nuevo las acciones de las que somos capaces. Ocurrió después de la I Guerra Mundial con la independencia de las colonias, después de la II Guerra Mundial con la creación de las Naciones Unidas, la Declaración de los Derechos Humanos, el Banco Mundial... Y éste es uno de esos momentos y es estupendo. Se puede pensar que hay mucha estrella del rock nada humilde que querrá sacar partido de lo oscuro. Bien, pero los artistas en todas las sociedades han tenido mucho que decir. Vale, Irlanda está llena de predicadores locos, de borrachos? Fuera de broma, creo que todos tenemos algo que gritar. La innovación y las ideas originales ganarán la partida. Es alucinante lo innovador que puede ser el ser humano cuando se encuentra bajo presión".

Larry Mullen Jr. (baterista), The Edge (guitarra y coros), Adam Clayton (bajo) y Bono (voz) se comprometieron como cuarteto en 1978. La culpa fue del baterista, el más joven. Clavó con una chincheta en el tablón de anuncios de su colegio de Dublín un papelito a la búsqueda de músicos dispuestos a montar una banda de rock. Otro loco. Le tocó el premio gordo.

En 2006, dos años después de alimentar a los fans con How to dismantle?, los cuatro se pusieron en manos del productor Rick Rubin. La idea era vomitar la vertiente más dura de U2. Fabricar un disco tan enchufado que electrocutase desde el primer compás. U2 lo desechó. No más experimentos después de Pop, ese disco en el que se volvieron locos. Tanto que no había por dónde coger ni siquiera los estilismos elegidos. Mucho mejor volver con Brian Eno, ese genio capaz de convertir un agujero negro en blanco o darle la vuelta como un guante a una banda en la cúspide de su carrera. Los propios U2 ya tuvieron una magnífica experiencia con el sexagenario que se hace llamar creador de paisajes sonoros. Fue el cocinero de The unforgettable fire en 1984, y de la confirmación de U2 como la mejor banda de rock del momento con el gran The Joshua tree.

No line? es el primer trabajo de U2 en el que firman hasta siete canciones conjuntamente con dos de sus productores: Eno y Danny Lanois. ¿Qué opina de estas colaboraciones el creador de U2, ese hombre con nariz de boxeador, que mira a los ojos y suelta frases contundentes como el sonido de sus tambores? "Lo que ocurre cuando trabajas con una persona como Brian Eno es paradójico. Él no está interesado en una banda de rock, él es más estático. De hecho, no creo que le guste mucho la música de U2, no creo que nuestra propuesta sea el tipo de música que a él más le gusta. Pero eso es lo que hace que resulte mágico. Hace que nos olvidemos de la formación típica de guitarra, bajo y batería, y busquemos más allá. En mi caso, funciona de tal modo que sabes que la batería está ahí, pero a veces suena como percusión africana, india, americana? Lo mejor de Brian es que nos quita los vicios de banda de garaje, y eso nos hace crecer".

Crecer. Perfecto. Pero un líder con el carisma de Bono, con esa agenda que para sí quisiera cualquier primer ministro, con ese empuje por las causas justas, dos veces propuesto para el Nobel de la Paz, ha de enfrentarse también a sus contradicciones. Fue educado por una madre protestante y un padre católico. La Iglesia, la Biblia y Dios son una constante en sus declaraciones. ¿Qué opina Bono, entregado a la lucha contra el sida, de las declaraciones del papa Benedicto XVI condenando en suelo africano el uso del preservativo? "Si busco una respuesta religiosa, buscaré a Dios y escucharé al Papa; pero si necesito un consejo médico, acudiré al doctor. Las personas que están dejándose la piel sobre el terreno, las que viven día a día el drama, las que están en África asistiendo a la muerte por sistema, nos dicen que los preservativos son esenciales. Cualquier persona con un mínimo de sensibilidad sabe que eso es así, especialmente los misioneros católicos que luchan sobre el terreno. Pero en el abc de la lucha contra el sida se nos olvida una letra: A de abstinencia, B de fidelidad (be faithfull en inglés), C de condones; pero en esta ecuación ha de integraser la L de liderazgo. Y no comprendo que la Iglesia católica haya perdido ese liderazgo. La Iglesia no puede quedarse solamente en ofrecer consuelo; los activistas hemos conseguido que millones de niños tengan una escuela en África y la Iglesia católica de veras que se merece tener un liderazgo en estas cuestiones. Mi fe me lleva a pensar que es algo maravilloso pensar en Dios. Todos los músicos somos conscientes de que se nos ha otorgado un don magnífico y emocionante. Tus dedos se colocan en el traste de una guitarra, tocan una nota y, por algo superior, aparece de la nada la siguiente nota. Yo vivo mi fe. Tal vez es fácil decirlo, sobre todo formando parte de un grupo como U2, porque hemos conseguido convertirnos en una gran mierda [Risas]. En serio: hacemos canciones, tenemos un mensaje y para mí es un milagro que me hayan otorgado esta vida tan alucinante: por eso creo que es de ley pararse un momento cada día para decir: gracias, Dios".

'No line on the horizon' es un disco vibrante, pero al mismo tiempo muy triste: en sus líneas se cuenta la historia de un yonqui que al fin encuentra su momento de rendición; un policía motorizado que escupe palabras de renuncia y regreso; un periodista que, en la habitación de un hotel en Líbano, confiesa que prefiere la ausencia del hogar como una elección dolorosa... La partitura es poderosa; las guitarras de The Edge, una presencia innegociable. Él ha creado un lenguaje propio con las seis cuerdas, los secuenciadores, los pedales y los amplificadores. Un idioma infinitamente copiado por otras bandas que les quieren arrebatar el trono. The Killers, Coldplay, Interpol, hasta los teclados de Keane han llegado a tener ecos de la piedra angular de U2. Pero el grupo está de promoción y no es bueno definir No line? como un disco triste. Lo es y no lo es.

Los almuédanos de las mezquitas de Fez llaman a la oración y la voz de Bono se superpone a sus cánticos: ?Es increíble su parecido con la canción tradicional irlandesa. Pero a lo que vamos: no creo que esté triste en este momento. Es cierto que lo estuve y mucho, sobre todo cuando murió mi padre. Pero he dejado que esa sensación se disipe. Me pongo de rodillas y doy gracias a Dios por haber tenido el padre que tuve, por lo que me dio, pero también por lo que no me dio. Porque la pérdida te crea un vacío, pero la forma en que vives ese vacío define el tipo de persona que eres. Eso sí, el dolor, y ésta es la mala noticia, jamás te abandona, nunca se marcha. Pero cambia de forma, de temperatura, pasa del estado de congelación a una extraña forma de tibieza. Muchos músicos hemos partido del abandono; no hay más que pensar en John Lennon, por ejemplo. Creo que la solución es llegar a un pensamiento que también es rock: nada importa, la enfermedad o que se haya matado en un accidente de coche, ¿qué más da?, el resumen es que la vida jodió a tu padre. Sin más. Lo que quiero decir es que uno encuentra cierto descanso cuando logra transformar lo negativo en positivo. Y, mira, lo que hemos tratado de hacer con este disco es coger toda esa melancolía, toda esa tristeza, y transformarla en alegría, pero alegría en vena?.

Sentimientos hechos verdad de una estrella del rock. Pero ahí está Larry Mullen para bajar a la tierra: "Creo que la gente piensa que los cuatro compartimos absolutamente todo, y eso es un problema. No hay duda de que Bono es un activista, es la persona que es y resulta muy brillante en lo que hace; pero él no representa a la banda en todo lo que se propone, él representa a una parte del grupo. Esto no hay que traducirlo en un desaire para él. Nuestra banda no funciona como la mayoría. Nosotros somos una democracia. Somos un grupo que comparte todas sus ideas. Bono es Bono y no quiero que al resto se nos vea como si fuéramos obreros. Tenemos nuestros problemas y nuestras peleas, pero son fundamentalmente sobre la música, y en esas trifulcas llegamos a maravillosos acuerdos. Sobre otras cosas, no tanto, y eso es lo que nos hace seguir juntos. Pero tampoco nos engañemos, U2, visto desde fuera, parece un grupo de cuatro amigos irlandeses que se dedican a hacer música, eso es así, pero no solemos irnos de vacaciones juntos. No".

Fez se vuelve oscura y entonces es cuando Adam Clayton cuenta que abandonar sus adicciones le costó la friolera de 10 años. "Sin dudarlo, los mejores de mi vida", remacha. Bono no puede quedar al margen de esta cuestión: "¿Diversión sin conocimiento o sufrimiento? Es una elección terrible. Pero para mí eso es el rock & roll: la superación, echarle arrestos para tirar de tu propio carro y de lo que haga falta. Eso gritamos en la canción Breathe: todos los días hay que nacer y reinventarse. Continuamente. Encontrar el coraje para abrir la puerta de tu casa y entrar en la vida".

La industria musical está como está: atacada por las palabras "U2 discografía completa" tecleadas en un buscador de Internet. No queda otra opción que los conciertos en directo; la comunión con canciones emocionantes por las que hay que pagar sí o sí. Así que los cuatro irlandeses se van a embarcar en un proyecto a la altura de su fama y su tirón. "Será algo nunca visto antes", afirma The Edge con la sonrisa de un crío al que le ofrecen un caramelo. El comienzo de esa aventura: Barcelona. El Camp Nou. Un aforo total de 90.000 espectadores. Todas las entradas se vendieron, el pasado 25 de marzo, en 54 minutos. Y al día siguiente se añadió una segunda fecha en la misma ciudad. La nueva apuesta de U2 tiene forma de araña de cuatro patas. Una estructura mastodóntica, con altavoces en todas las direcciones, que cobijará al grupo de tal forma que desde los 360 grados de una circunferencia cuyo centro sea el mismísimo Bono se podrá disfrutar de la mejor banda del momento con total visibilidad. Encima, predican con el ejemplo: la entrada más barata, 30 euros.

Acaba ese momento único en Fez. Cómo no preguntar por el amor: "¿Qué es el amor? El amor es el momento en el que te das cuenta de tus potenciales, de lo que puedes ofrecer; en ese momento puedes ofrecer sin ego, sin egoísmo". Así es Bono.

'No line on the horizon' está editado en Universal. U2 actuará en Barcelona el 30 de junio y el 2 de julio.

Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

Cobain, la traición del destino


El éxito cavó una tumba prematura para Kurt Cobain. | El Mundo

El éxito cavó una tumba prematura para Kurt Cobain. | El Mundo

  • La fama y el éxito de discos como 'Nevermind' precipitaron su caída al abismo
  • Las conjeturas en torno a su muerte no han cesado 15 años después

La fama de Kurt Cobain era un desafío a las leyes del cosmos. Sus canciones furiosas y desbordantes de amargura le convirtieron en un espejo al que se asomaban los miedos y los sueños de la manada 'grunge'. Pero si la Generación X anhelaba un estandarte, el líder de Nirvana prefería huir. Su suicidio, 15 años se cumplen este domingo, clavó una daga en el corazón de los 90.

"Prefiero que me odien por ser quien soy a que me amen por ser quien no soy", musitaba un Cobain atormentado por su propia aura de elegido. Desaliñado y ataviado con camisas de leñador y vaqueros rotos, era un joven frágil, enfermo de vértigo emocional. Su mitificación era una cruel venganza del destino.

Vivió una infancia complicada. | AFP

Vivió una infancia complicada. | AFP

El éxito precipitó su caída al abismo, aunque previamente ya se atisban laberintos que le abocan al desastre. Kurt se había criado en Aberdeen, una localidad cercana a Seattle donde la autocompasión era una alternativa de ocio nada desdeñable. Era el hijo de una pareja demasiado joven (19 ella, 21 él), que sólo resistió siete años antes de pudrirse. El divorcio trazó una herida eterna en las entrañas de Kurt, que ni siquiera halló un hogar estable. Sus parientes se pasaban al pequeño de unos a otros, reforzando el odio que se profesaba a sí mismo.

La música fue el refugio idóneo para Cobain, que fundó Nirvana con su amigo Krist Novoselic. El sello independiente Sub Pop invirtió 606 dólares en la grabación de su primer disco, 'Bleach', un álbum minoritario pero que atrajo el interés de las grandes discográficas. Firmaron finalmente por Geffen e incorporaron a Dave Grohl (actual líder de Foo Fighters) como nuevo batería. Lo que vino luego huele a espíritu de leyenda.

Ascenso y caída de Kurt Donald Cobain

En 1991 lanzaron 'Nevermind', quizás el disco de rock alternativo más influyente desde que el 'homo sapiens' abandonó la caverna. Revestido de una poética despiadada, era un álbum descomunal, titánico, iracundo. Un clásico instantáneo. La voz áspera y agonizante de Cobain, dibujada sobre guitarras sucias, se convirtió en el sonido de una época.

Novoselic, Grohl y Cobain.

Novoselic, Grohl y Cobain.

Pero Kurt no estaba preparado para la fama. Su genoma suplicaba anonimato, y para equilibrar la balanza sucumbió a la penitencia de las drogas. Comenzó inyectándose heroína para calmar sus dolores crónicos de estómago, pero la finalidad terapéutica apenas disimulaba su adicción.

En Courtney Love encontró a una amante y socia de jeringuilla. Engalanado con un pijama de cuadros azules, se casó con ella en 1992 y juntos vivieron un romance marcado por la controversia. Los servicios sociales les retiraron la custodia de su hija tras insinuar Love que había seguido chutándose durante el embarazo.

Poco tiempo después recuperaron a la pequeña, que tiene actualmente 16 años y es idéntica a Cobain. Se llama Frances Bean, en honor a Frances Farmer, estrella de cine de los años 30 internada por su familia en un manicomio para lobotomizarla. Kurt, que siempre se había identificado con el drama de Farmer, terminaría protagonizando otra tragedia sobrecogedora.

La 'conspiranoia' que no cesa

Como el Travis Henderson de 'París, Texas', su película favorita, Cobain poseía un alma rota y quería dar un giro a su vida. Ingresó en rehabilitación y planeaba destruir Nirvana y abandonar a Courtney. Pero se escapó del centro de desintoxicación y redujo todas sus decisiones pendientes a una sola determinación: el suicidio. Un electricista encontró el cadáver del cantante en su casa de Seattle, tres días después de la fecha de defunción estimada. Sobre su pecho reposaba la escopeta con la que se había disparado un tiro a la cabeza.

Su muerte fue oficialmente clasificada como suicidio. Sin embargo, nunca han faltado teorías que rebaten esa impresión. Courtney Love, viuda negra del 'grunge', enseguida se convirtió en sospechosa. Su matrimonio con Cobain operaba bajo el régimen de separación de bienes, con lo que un divorcio la habría privado de la fortuna del cantante.

Love, viuda negra del 'grunge'. | Reuters

Love, viuda negra del 'grunge'. | Reuters

Sobran pistas para elucubrar sobre la implicación de Love en un asesinato. La escasez de sangre en el lugar del fallecimiento, la ausencia de huellas dactilares en la escopeta, la utilización de una tarjeta de crédito de Cobain después de su muerte, la demora de tres días en encontrar al cantante ¡en su propio domicilio!...

Para lo que no hay explicación plausible es para la ambigüedad de su supuesta nota de suicidio. Sus últimas palabras, escritas a mano, pueden ser más fácilmente interpretadas como una despedida de la música: "[...]It’s better to fade out tan to fade away[...]".

Sólo las últimas cuatro líneas, incluidas a modo de posdata bajo su firma, encajan en el concepto de nota de suicidio, dirigiéndose explícitamente a su mujer e hija. Por supuesto, hay grafólogos que aseguran que la letra de esas líneas difiere del resto de la carta. La 'conspiranoia' en torno a la muerte de Cobain ha vertido manantiales de tinta, denunciando la falta de evidencias que respalden la hipótesis del suicidio. Olvidan que las evidencias suelen ser engañosas.

Los traumas del pasado, un éxito que le superaba y su turbulento matrimonio habían hecho mella en Cobain. Por un capricho del destino, era el hombre equivocado en el lugar incorrecto. A Kurt Cobain lo asesinaron entre todos. Probablemente, él sólo apretó el gatillo.

Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

El Consejo de Seguridad medita una respuesta a las pruebas de Corea del Norte


El embajador de Francia ante la ONU acude a la reunión del Consejo. | Efe

El embajador de Francia ante la ONU acude a la reunión del Consejo. | Efe

El Consejo de Seguridad de la ONU, reunido de urgencia en su sede de Nueva York, comenzó este domingo a tratar la situación de crisis creada por Corea del Norte al lanzar un cohete de largo alcance con la petición de Francia y Estados Unidos de dar una "respuesta unánime" a Pyongyang.

El régimen comunista de Kim Jong-il asegura que el cohete porta un satélite y no un misil de largo alcance, como temían Japón, Corea del Sur y Estados Unidos. Estos países aseguraron que el lanzamiento se trataba de una prueba disfrazada del misil Taepodong-2, diseñado para llevar una ojiva nuclear hasta territorio estadounidense.

"El lanzamiento de Corea del Norte es una amenaza a la estabilidad de la región. El Consejo de Seguridad debe actuar de forma unánime y condenar la provocación a la ley internacional que ha realizado Corea del Norte", dijo a la prensa poco antes del inicio, el embajador de Francia, Jean Maurice Ripert.

De manera similar se pronunció la embajadora de Estados Unidos, ante el organismo internacional, Susan Rice, quien aseguró que Washington está a favor "de que se llegue a un acuerdo para tomar una firme acción colectiva" respecto a la actuación norcoreana.

El Consejo de Seguridad, máximo organismo de decisiones de las Naciones Unidas, se reunió con carácter de urgencia a petición de Japón, que lo requirió a su presidencia de turno, que en abril ejerce México.

El Gobierno de Pyongyang lanzó en la madrugada del domingo un cohete de largo alcance, que sobrevoló Japón sin causar daños y que se habría precipitado al mar, según fuentes militares japonesas y estadounidenses.

"Se han hecho serios esfuerzos diplomáticos para que Corea del Norte no realizara ese lanzamiento que afecta a la seguridad de Japón y a los japoneses", afirmó el embajador nipón ante la ONU, Yukio Takasu.

Takasu subrayó que aunque el lanzamiento no ha causado daño a su país, "la situación no cambia. Su intención era la de ser una amenaza a la paz y la seguridad internacional, no solamente la de Japón".

Corea del Norte ha negado que ese lanzamiento fuera de un misil de largo alcance, que podría llegar hasta la costa oeste estadounidense, en concreto hasta Alaska, y mantiene que ha sido un satélite de comunicaciones que está ya orbitando.

El Consejo de Seguridad delibera al respecto con posiciones no coincidentes en su totalidad, pues sí bien sus cinco miembros permanentes (EEUU, Francia, Reino Unido, Rusia y China) coinciden en la necesidad de avanzar en la desnuclearización de la península coreana, Pekín —principal aliado de Pyongyang— no es favorable a imponer o reforzar las sanciones de su vecino asiático.

EEUU y Japón, que sí buscan sanciones contra Pyongyang, consideran que el lanzamiento de ese cohete por parte norcoreana viola la resolución 1.718, que impide al régimen comunista cualquier tipo de prueba con misiles balísticos.

Esa resolución, que fue aprobada tras la prueba nuclear que Corea del Norte hizo en octubre de 2006, insta a ese país a suspender las actividades relacionadas con su programa de misiles balísticos.

La embajadora estadounidense, en declaraciones este domingo a la cadena de televisión ABC, indicó que su país intentará obtener del Consejo "la más firme y apropiada de las respuestas que se pueda lograr".

A los países les preocupa la capacidad de Corea del Norte, un régimen comunista aislado del mundo, para distribuir armamento nuclear en el mundo, pues con este lanzamiento y otros previos ya ha demostrado que tiene capacidad para desarrollar armas nucleares.

Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

Obama a Zapatero: 'Me alegra poder llamarle amigo'


Vídeo: Atlas | Foto: Efe

Obama y Zapatero, juntos en Praga. | Reuters

Obama y Zapatero, juntos en Praga. | Reuters

  • 'He disfrutado mucho trabajando con Zapatero estos días'
  • 'Entiende claramente la extraordinaria influencia de España'
  • Zapatero le explica cómo afecto la retirada de Irak a la relación con EEUU
  • Obama firmó un autógrafo en un libro para una de las hijas de Zapatero

José Luis Rodríguez Zapatero y Barack Obama se han reunido este domingo en Praga durante unos 45 minutos. Se trata del primer encuentro formal del jefe del Gobierno español con un presidente de EEUU desde que llegó al poder en 2004 y retiró las tropas de Irak.

En una breve comparecencia antes de su reunión, Obama aseguró que a lo largo de esta semana, en las cumbres del G-20, la OTAN y la celebrada este domingo entre EEUU y la UE, ha "disfrutado mucho trabajando" con Zapatero.

Según Obama, Zapatero "es alguien que no sólo entiende claramente la extraordinaria influencia de España en el mundo, sino que también se toma muy en serio esas responsabilidades".

Además, el ocupante del Despacho Oval explicó que espera que la "sólida relación" entre ambos países sea a partir de ahora "aún más fuerte". "Me alegra poder llamarle amigo", agregó.

Por su parte, Zapatero afirmó que este encuentro supone una oportunidad para comenzar "un nuevo tiempo" en las relaciones. "El propósito de mi Gobierno y mi país es colaborar con el presidente Obama por un orden mundial de paz, por un orden mundial más justo, en la lucha contra la pobreza y por dar a las futuras generaciones un tiempo mejor", explicó.

Con motivo de la cumbre informal que celebran EEUU y la UE, Zapatero fue el encargado de exponer a Obama las prioridades de los Veintisiete en política exterior, informa Europa Press.

El presidente español hizo un llamamiento para aprovechar el "nuevo impulso" de la Administración estadounidense y la unidad de la UE con el fin de avanzar hacia la paz en Oriente Próximo. En su opinión, las condiciones imprescindibles para la solución del conflicto son el cese de la construcción de asentamientos judíos y la elección de un interlocutor "claro" palestino.

Agradecimiento por el apoyo en Afganistán

Obama expresó a Zapatero su deseo de visitar España en el futuro, según indicó el portavoz del Consejo de Seguridad Nacional, Mike Hammer. Durante el encuentro, que se prolongó más allá de la media hora prevista inicialmente, ambos mandatarios abordaron asuntos como Oriente Medio o Irán, así como América Latina, informa Efe.

Obama expresó al presidente del Gobierno español su agradecimiento por la aportación de 450 soldados para reforzar la seguridad durante las elecciones del 20 de agosto en la misión de la OTAN en Afganistán.

A su vez, fuentes presentes en la reunión aseguran que el presidente del Gobierno español indicó a Obama que su decisión de retirar a las tropas españolas de Irak en 2004, tras las elecciones que le dieron la victoria, había empañado las relaciones con el Gobierno del presidente George W. Bush y expresó su esperanza de que ambos países pudieran recuperarlas.

En este sentido, Zapatero remarcó que España puede jugar un papel útil en las negociaciones con Irán, donde Obama ha ofrecido un "nuevo comienzo a sus líderes" pero considera que el programa nuclear que desarrolla ese país representa una "amenaza real".

Ambos líderes compartieron un momento personal en la entrevista al hablar sobre sus hijas. Así, Obama firmó un autógrafo en un libro para una de las hijas de Zapatero, quien le dijo que ella siente una gran admiración por el mandatario estadounidense.

Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

Entrevista: saiba como funciona a banda larga pela rede elétrica

IDG Now! » Telecom e Redes » Serviços
telecom
Serviços

Por Redação do IDG Now!
Publicada em 02 de setembro de 2008 às 07h15




São Paulo - Paulo Pimentel, diretor do Fórum PLC na Aptel, fala sobre a tecnologia, que está sendo regulamentada para estrear no Brasil.

podcast_internet_rede_88O uso da rede elétrica para a oferta de banda larga está mais próximo de se tornar realidade no Brasil, já que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) colocou em consulta pública as regras para a implementação do serviço.

Saiba tudo sobre esta tecnologia no podcast IDG Now! com Paulo Pimentel, diretor do Fórum PLC na Associação de Empresas Proprietárias de Infra-Estrutura e de Sistemas Privados de Telecomunicações (Aptel).

Ouça o podcast:



> Baixe este podcast

> Ouça outros podcasts do IDG Now!

Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

Anatel aprova regulamento que permite internet pela rede elétrica

São Paulo - Agência aprova regulamento que permitirá que empresas solicitem autorização para oferecerem acesso à internet usando rede elétrica.

O conselho diretor da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aprovou nesta quinta-feira (02/04) o acesso à internet banda larga pela rede elétrica.

Com a publicação do regulamento, que deverá acontecer na próxima semana, empresas já podem solicitar à Anatel autorização para atuar com o sistema, afirma a conselheira Emília Ribeiro.

Segundo Ribeiro, as operadoras já em atividade terão um prazo para se ajustarem ao novo regulamento. Após a aprovação da Anatel, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) fará uma consulta pública sobre o uso da tecnologia.

Em São Paulo, a AES Telecom, ligada à AES Eletropaulo, pretende oferecer banda larga pelo sistema, conhecido como Power Line Communications (PLC) a partir deste ano. Ainda não há estimativa de preços.

Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

Excesso de ingenuidade de Silvia e Raul, de Caminho das Índias, me irrita profundamente




Foto: Montagem


Tenho assistido a Caminho das Índias com bastante interesse. Gosto do núcleo indiano, mas é o drama de Silvia (Débora Bloch) que mais vinha me agradando, principalmente, por causa do trabalho de Débora. Ela sempre foi uma grande atriz, mas está na plenitude de seu talento, vivendo uma personagem difícil, naturalista e sem grandes nuances, o que torna mais complicado na hora de compô-la. Mas Débora a desempenha com muito brilhantismo. Mas a excessiva ingenuidade da personagem dela e de Alexandre Borges começou a me irritar. Yvone (Letícia Sabatella) faz o que bem quer dos dois e com uma facilidade que nem mesmo na mais folhetinesca das novelas cairia bem. Yvone vem sendo comparada à Flora (Patrícia Pillar), de A Favorita. Ambas têm rosto de anjo, fala doce, são lindas e terrivelmente venenosas. Mas a maneira como Flora envolveu os personagens da história de João Emanuel Carneiro e praticou suas maldades era muito coerente. Já Yvone não. Ela propõe os maiores absurdos a Raul, que, totalmente débil, acata silenciosamente.

Sei que Raul passou por uma crise nervosa séria, tirou dinheiro da empresa para chamar a atenção da família, porque estava cansado de carregar o irmão, Ramiro (Humberto Martins), nas costas. Mas nunca foi seu real objetivo prejudicar ninguém. Queria apenas ser lembrado. Mas, então, surge Yvone e transforma esse homem atormentado num babacão. Fala sério! Por mais calhorda que Raul fosse, ele iria simular a própria morte, deixar a filha e a mulher na miséria, acabar com a empresa do pai e fugir com Yvone para Dubai, nos Emirados Árabes? Acho que não. Qualquer homem, no mínimo, estranharia quando uma desconhecida, por mais linda e sedutora que fosse, fizesse essa proposta indecente. Mas Raul achou tudo muito plausível...







E a situação ainda é pior com Silvia. A melhor amiga, Aída (Totia Meirelles), já avisou que Yvone não presta. O sogro, Cadore (Elias Gleizer), alertou que a morena é perigosa. E até a empregada, Ondina (Luci Pereira), mandou a patroa abrir os olhos. Mas nada tira as vendas de Silvia. Ela confia cegamente em Yvone, uma amiga de faculdade, que não vê há 18 anos e não sabe ao certo o que fez da vida.
Coincidentemente, Silvia passou a desconfiar que o marido tivesse uma amante depois que Yvone chegou a sua casa. Além disso, ela já achou uma camisa de Raul na cama da amiga e flagrou os dois juntos num motel. E nada disso fez com que ela deixasse de ser tão idiota. E a galera ainda reclamava que Irene (Glória Menezes), de A Favorita, era uma trouxa. Silvia sim é a personagem mais pateta de todos os tempos. Ai que irritação. Detesto que subestimem minha inteligência. E nem é necessário.
O núcleo da família Cadore tem atores excelentes, Glória Perez é uma autora habilidosa, ou seja, não há justificativa para que essa trama seja tratada com tanta preguiça. Abre logo o olho da Silvia, Glória. Antes que seja tarde demais. Não para ela, mas para sua trama.

Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

O melhor de uma novela é não saber como será o amanhã




Foto: Montagem


Uma das características mais legais de uma telenovela é sua capacidade de transformar. É legal saber que o produto a que você assiste é totalmente aberto e passível de mudança. O que é verdade absoluta no capítulo de hoje, na semana que vem pode ser virado ao avesso. Alguns autores se deixam influenciar pela opinião pública e outros juram que, quando botam sua obra no ar, ela ganha vida própria e seu trabalho é apenas tentar acompanhar seu ritmo. É verdade que isso tem um lado ruim. Já vi muita novela boa sofrer interferências desastrosas por causa da baixa audiência e o resultado final ter sido ainda pior.




Um exemplo disso foi Bang Bang (2005). Situar um folhetim no velho oeste americano foi um achado, algo totalmente novo. Mas não caiu nas graças do público. Moral da história: uma trama bem elaborada e com ótimos personagens virou um samba do caubói doido. O último capítulo, então, foi melancólico... Com As Filhas da Mãe (2001), então, aconteceu algo pior. O telespectador não assimilou bem a linguagem moderníssima, tanto do texto de Silvio de Abreu quanto da direção de Jorge Fernando, e a novela foi retirada do ar muito antes do tempo. Uma pena! Até hoje fico pensando no que Lulu de Luxemburgo (Fernanda Montenegro) e Ramona (Cláudia Raia) poderiam ter rendido.

Agora em Caminho das Índias Glória Perez está fazendo uma mudança muito forte em sua história. Se na sinopse que entregou para a Globo, o amor de Maya (Juliana Paes) e Bahuan (Márcio Garcia) "era mais forte que a própria vida", não será isso que veremos no ar. Como a química entre Juliana e Márcio não funcionou e Rodrigo Lombardi arrebatou o país com seu sedutor Raj, a saída de Glória será fazer Maya se apaixonar de verdade pelo marido. E ser correspondida. O que será de Bahuan ainda é uma incógnita. Vai virar um vilão? Seria ótimo. Mas como disse lá em cima, em novela tudo pode acontecer. Até mesmo Márcio demonstrar no ar que corre sangue em suas veias, transformar Bahuan num indiano viril como Raj e voltar ao páreo para brigar pelo coração de Maya.




Isso vai dar trabalho para Glória? Ah, com certeza! Mais alterações ela teria que fazer em seu texto... Mas cá pra nós: posso estar enganado, mas acho que deve ser exatamente esse eterno confronto com o imponderável que faz as dores e as delícias de se escrever uma novela. Como na vida real, numa obra aberta a gente nunca sabe como será o amanhã. Responda quem puder... Ou melhor ainda: não desgrude os olhos da telinha.

Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

Polícia identifica brasileiro entre vítimas de massacre nos EUA

da Folha Online

Atualizado às 17h51.

Um brasileiro está entre as 13 pessoas que foram mortas no ataque a um prédio de uma instituição de atendimento a imigrantes que aconteceu nesta sexta-feira (3), na cidade de Binghamton, no Estado americano de Nova York. A informação foi confirmada pela polícia local, neste domingo.

Reprodução
Foto de Almir Olimpio Alves publicada no site do CNPQ, onde tem o currículo do professor
Foto de Almir Olimpio Alves publicada no site do CNPQ, onde tem o currículo do professor

O diplomata Gustavo Chadid, do Consulado-Geral do Brasil em Nova York, informou à Folha Online que não foi oficialmente notificado pela polícia de Binghamton, mas que uma amiga do brasileiro ligou para a instituição notificando a morte e informando que o nome dele era Almir Olimpio Alves, que ele tinha 43 anos e que era nascido em Moreno (PE).

Por telefone, a reportagem não conseguiu contato com o Itamaraty.

Segundo Chadid, a mesma amiga disse ainda que o brasileiro era professor da Universidade de Pernambuco (UPE) e estava nos EUA desde setembro de 2008 para fazer um curso de inglês de um ano e que, depois, voltaria ao Brasil.

O massacre foi o pior registrado nos Estados Unidos desde que um jovem matou 32 pessoas na Universidade Virginia Tech, em 16 de abril de 2007.

Reuters
Jiverly Voong, 42, teria matado por causa de desemprego e dificuldade de aprender inglês
Jiverly Voong, 42, teria matado por causa de desemprego e dificuldade de aprender inglês

O crime aconteceu no final da manhã de sexta-feira. O vietnamita Jiverly Voong, 42, que é apontado pela polícia como autor do crime, bloqueou a porta dos fundos do prédio com um carro, para evitar que as vítimas fugissem, e depois invadiu o saguão principal e atirou nas duas recepcionistas. Uma morreu na hora, mas a segunda fingiu estar morta e, logo depois, conseguiu se arrastar até a própria mesa e, por telefone, avisar a polícia.

Em dois minutos, os primeiros policiais chegaram ao local. O cerco levou aproximadamente cinco horas. Foi o tempo necessário para que todas as pessoas --escondidas-- deixassem o prédio. "Podemos dizer com certeza que ninguém foi baleado depois que a polícia chegou", afirmou o promotor Gerald F. Mollen. "Nenhuma vida teria sido salva caso a polícia tivesse entrado no prédio no primeiro minuto."

Mike Groll/AP
Policiais e peritos examinam prédio que foi palco de massacre na cidade de Binghamton (EUA) nesta sexta-feira; veja mais imagens
Policiais e peritos examinam prédio que foi palco de massacre na cidade de Binghamton (EUA) nesta sexta-feira; veja mais imagens

Conforme o prefeito de Binghamton, Matthew Ryan, a principal suspeita é a de que Voong tenha cometido o massacre porque estava deprimido por ter perdido o emprego na IBM e frustrado por não conseguir aprender inglês.

Em seu site, a organização atacada, chamada Associação Cívica Americana, afirma ajudar imigrantes e refugiados com aconselhamento, reorganização, cidadania e união familiar com uma equipe de intérpretes e tradutores. A instituição também atende casos de emergência, inclusive brigas, fome ou falta de moradia.

Binghamton está localizada na junção entre os rios Susquehanna e Chenango, sul do Estado de Nova York, e tem cerca de 47 mil habitantes.

Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

Os novos passos de Delúbio



No próximo mês, o PT decide o futuro de seu ex-tesoureiro, que negocia uma candidatura de deputado com outros partidos

Mário Simas Filho

SEM PARTIDO E SEM SALÁRIO "Ninguém explica como o Delúbio consegue manter o padrão de vida", diz o promotor Fernando Krebs, de Goiás

Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT, quer caminhar rápido. Na quinta-feira 2, quem o procurasse em Brasília ouvia de um funcionário da sede nacional do partido a seguinte resposta: "Ele está sem tempo. Tem várias conversas marcadas e pouco mais de 40 dias para decidir os próximos 20 anos de sua vida." Era uma referência ao dia 23 de maio, quando o Diretório Nacional do PT deverá responder se aceita o pedido de refi - liação de Delúbio, expulso do partido em 2005, após ser apontado como um dos líderes do Mensalão.

No fi nal do ano passado, ele colocou em prática um plano que batizou de Resgate da Cidadania Petis ta, com o objetivo de se candidatar a deputado federal em 2010. Passou a visitar parlamentares de diversos Estados e em 18 de março ofi cializou o pedido de refi liação por intermédio de uma carta encaminhada ao deputado Ricardo Berzoini (PT-SP), presidente do partido. Guardou o velho Ômega blindado e semanalmente deixa Goiânia rumo a Brasília a bordo de um Toyota Corolla 2009. Na quinta-feira 2, entre as 9h e as 15h30, Delúbio conversou com oito líderes do PT, quatro deles membros do Diretório Nacional.

A EMPRESA DE PROPAGANDA
Registros na Junta Comercial de Goiás mostram que Delúbio tem 95% das ações da Geral. Com - Serviços de Divulgação Ltda. O foco da empresa é a distribuição de propaganda em Goiânia e na internet. Os outros 5% pertencem a Delma Soares, irmã de Delúbio

EMPRÉSTIMO DO BNDES
Em dezembro, Delúbio ajudou o governador de Goiás a aprovar na assembleia autorização para que 41% das ações da Companhia Energética de Goiás (Celg) fossem dadas como garantia a um empréstimo de R$ 1,2 bilhão junto ao BNDES. No mês passado, Delúbio trabalhou para arquivar uma CPI que iria investigar a dívida da estatal

A CANDIDATURA
Delúbio quer ser candidato a deputado federal em 2010. Ele já apresentou pedido de refiliação ao PT, tem mantido frequentes encontros com lideranças de vários Estados, mas encontra fortes resistências no Diretório Nacional, que deverá se manifestar em 23 de maio

INFLUÊNCIA FORA DO PT
Delúbio teve participação decisiva na reeleição do prefeito peemedebista de Goiânia, Íris Rezende, e recebeu acenos do PMDB de Goiás. Ele tem bom trânsito com o PP do governador Alcides Rodrigues e tem diálogo com o PRB e o PHS

A todos os interlocutores, Delúbio repete o que escreveu na carta a Berzoini e faz menção indireta ao silêncio mantido nos últimos quatro anos. "Sempre contribuí com o partido, comprometido com a causa coletiva. Não sou acusado de um único ato que visasse meu benefício, seja político, seja fi nanceiro ou pessoal", redigiu Delúbio.

"Sinto-me cumprindo uma pena capital." Apesar de expulso, o PT não abandonou Delúbio, ainda prestigiado na Esplanada dos Ministérios.

JOGANDO EM TODAS Delúbio Soares com o secretário de Segurança de Goiás, Ernesto Roller (à esq.), e com a secretária de Desenvolvimento de Goiânia, Neide Aparecida, sua afilhada política

Em 2007, acelerou a liberação de recursos no Ministério da Saúde para equipar o hospital de Buriti Alegre (GO), sua cidade natal. Coube a ele a indicação de diretores dos Correios no Estado e para a Delegacia Regional do Trabalho de Goiás. Delúbio é um dos padrinhos de Sandra Cabral na chefi a de Gabinete do Ministério da Igualdade Racial. No ano passado, bancou a candidatura do petista Paulo Garcia para vice na chapa do prefeito reeleito de Goiânia, Íris Rezende (PMDB), e emplacou a ex-deputada Neide Aparecida na secretaria municipal de Desenvolvimento. No governo de Goiás, o secretário de Comunicação do governador Alcides Rodrigues (PP), Marcos Vinícius, também foi apadrinhado pelo ex-tesoureiro petista. "Em Goiás, quem fala em nome do PT ainda é o Délubio", diz o senador Demóstenes Torres (DEM-GO). "É ele quem faz reuniões com prefeitos e avaliza os acordos políticos."

"Sou contra ele voltar", disse o presidente Lula, em reunião com deputados e senadores do PT

Na Justiça, o ex-tesoureiro está encrencado com o caso do Mensalão, no STF, e tem outro processo criminal em Goiás, para devolver os salários que teria recebido como professor sem nunca ter ido à sala de aula.

"O Delúbio é um mistério", diz o promotor Fernando Krebs, que atua no processo dos salários. "Ninguém explica como ele consegue manter o padrão de vida que tem. Ele montou uma empresa de propaganda, mas não conheço nenhum cliente dele."

Delúbio é sócio majoritário da Geral. Com - Serviços de Divulgação Ltda., com 95% das ações. Os outros 5% pertencem a sua irmã, Delma Soares. Segundo registro na Junta Comercial, a empresa vende publicidade para sites na internet e propaganda de rua em Goiânia. E ocupa duas salas no terceiro andar da Galeria Ipê, numa das avenidas mais movimentadas da capital. Delúbio paga aluguel de R$ 400 e condomínio de R$ 120.









Os voos de Tasso
O senador Tasso Jereissati (PSDBCE) é empresário próspero e tem à sua disposição um jato Citation. Mesmo assim, usou sua cota de passagens aéreas para fretar jatinhos, o que não está previsto no Ato Número 62, da Mesa Diretora do Senado, de 1988. Dados do Siafi mostram que Tasso gastou R$ 469 mil com aluguel de aviões ao longo do mandato, segundo a Folha de S. Paulo. O senador explicou que gastou R$ 358 mil e fez apenas sete viagens em jatos alugados em seis anos. "Se alguém descobrir que extrapolei a cota a que eu tinha direito, me comprometo a recompor os gastos em dobro", afirma. "Nenhuma denúncia de picaretagem ou malandragem me atingirá." Na quinta-feira 2, ele subiu à tribuna para dar explicações. Mas foi confortado por colegas que também fretaram jatinhos.

O senador Heráclito Fortes (DEM-PI) estava preocupado apenas com o vernáculo: "Jatinho é uma palavra burguesa"

"Não há o que ser investigado. Tratase de uma empresa legalmente constituída e que está dando os primeiros passos. Ninguém coloca um site no ar em 24 horas e nas próximas semanas estaremos com nossos produtos na internet", diz Delúbio. De fato, é difícil colocar um site no ar em 24 horas, mas a empresa foi fundada em julho de 2007.

Para resgatar a cidadania petista, o desafi o de Delúbio é deixar o vestiário e entrar em campo. "O partido me respeita, mas prefere que eu não vista a camisa oficial", disse Delúbio a um deputado na quinta-feira 2. Há duas semanas, por exemplo, ele esteve com o líder do PT na Câmara, Cândido Vacarezza (SP). A conversa não foi como Delúbio esperava:

- Tive uma pena maior do que os eventuais erros que cometi. Sou petista de coração e já cumpro um exílio há mais de três anos, disse Delúbio.

- Seus argumentos são fortes e de fato você tem uma militância histórica, respondeu Vacarezza.

- Deputado, o senhor votará a favor ou contra mim? - Seus argumentos são consistentes, mas não sei dizer qual é a tendência do Diretório e meu voto será manifestado apenas na reunião de 23 de maio.

Delúbio não gostou do que ouviu. "Não disse a ele que estou contra sua volta. Apenas deixei claro que considerava que ele poderia ter razão e que no momento oportuno manifestaria minha opinião", afirmou Vacarezza à ISTOÉ. Em recente conversa com quatro deputados e dois senadores do PT, o presidente Lula foi consultado sobre o projeto do ex-tesoureiro. "Esse é um assunto já resolvido no PT", disse Lula. "O Delúbio tomou muitas posições por conta própria. Sou contra ele voltar." Como o PT só faz o que Lula quer, a frase do presidente ecoou. "A agenda do Delúbio é inconveniente neste momento", afirmou o deputado Rubens Otoni (PT-GO). "Só a discussão sobre sua eventual volta já é inconveniente. Vou votar contra", antecipa.

Delúbio continua fumando charutos cubanos, veste camisas Lacoste e, ao lado da caneta Montblanc, leva no bolso um iPod carregado com músicas sertanejas, resultado da digitalização de antigos discos de vinil. Mas nem mesmo entre os companheiros de todas as agruras, há entusiasmo a sua acolhida. "Fui contra a expulsão do Delúbio", diz o ex-ministro José Dirceu. "Acho que, assim como eu, ele tem sido préjulgado e cumpre uma pena medieval.

Sou coerente e vou colocar minha posição no Diretório, mas isso não significa que eu esteja articulando sua volta ao partido."

Por isso, Delúbio trabalha com outros dois planos para viabilizar sua candidatura. O primeiro deles é assinar a ficha de filiação no PT no Diretório Municipal de Buriti Alegre, controlado totalmente por seus aliados, dias antes da reunião do Diretório Nacional.

Por isso, Delúbio trabalha com outros dois planos para viabilizar sua candidatura. O primeiro deles é assinar a ficha de filiação no PT no Diretório Municipal de Buriti Alegre, controlado totalmente por seus aliados, dias antes da reunião do Diretório Nacional.

Dessa forma, ficaria livre para se engajar na segunda trama. Delúbio foi personagem fundamental na reeleição do prefeito peemedebista Íris Rezende, que já encomendou um passaporte para o ex-tesoureiro. "Não temos restrições ao nome dele e, se houver um pedido de filiação oficial, vamos analisar", diz Adib Elias Júnior, presidente do diretório do PMDB em Goiás. O ex-tesoureiro também está em tratativas com o PRB e o PHS. "Na hora que ele quiser estamos de portas abertas", afirma o presidente regional do PHS, Walter Souto.

Além disso, Delúbio mantém frequentes encontros com o secretário de Segurança do Estado, Ernesto Roller, e tem prestígio e créditos junto ao PP do governador Alcides Ribeiro. Em dezembro, ele ajudou o governo a aprovar na assembleia a autorização para dispor de 41% das ações da Companhia Energética de Goiás (Celg), em troca de empréstimo de R$ 1,2 bilhão junto ao BNDES. O acordo ainda não foi fechado, mas o governo estadual precisa do empréstimo para ajudar a saldar uma dívida que supera os R$ 5 bilhões. Dívida essa que seria objeto de uma CPI no Estado. A oposição já tinha as assinaturas necessárias para iniciar a investigação, mas no dia 13 de março quatro deputados recuaram. "O Delúbio convenceu muita gente de que a CPI atrapalharia as negociações com o BNDES e levaria a Celg à falência", disse um deputado estadual do PSDB.

O objetivo final da movimentação do ex-tesoureiro do PT, dentro e fora do partido, visa a garantir um mandato de deputado federal. Como fundador do PT, Delúbio levou o mesmo tempo que Lula na caminhada rumo ao poder. Mas despencou dele em apenas dois anos. Agora, os novos passos indicam que um eventual mandato de deputado federal poderá servir não só para assegurar seu futuro como para proteger seu passado.

Colaboraram: Alan Rodrigues (São Paulo), Hugo Marques e Sérgio Pardellas (Brasília)

Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters