[Valid Atom 1.0]

domingo, 9 de maio de 2010

Frente fria coloca o Rio em alerta para chuvas fortes


Logo  Terra


Rio - O avanço de uma frente fria sobre o Rio de Janeiro neste domingo coloca áreas do Estado em alerta para o risco de chuva volumosa, segundo informações da agência meteorológica Climatempo. A previsão é de chuva moderada a forte na região metropolitana, Serra, Costa Verde e região de Resende.

A precipitação nestes locais pode causar transtornos. De acordo com dados do Instituto de Geotécnica do Município do Rio de Janeiro - Georio, entre a madrugada e às 7h30 de hoje foram acumulados entre 20 e 30 mm de chuva na maioria dos bairros da cidade do Rio.

Entre os dias 5 e 6 de abril, temporais no Rio de Janeiro deixaram pelo menos 256 mortos, centenas de feridos, alagou ruas, causou deslizamentos e destruição no Estado. O Serviço de Meteorologia do Rio registrou no período o maior índice pluviométrico da cidade desde que começou a medição, há mais de 40 anos: 288 mm.



๑۩۞۩๑๑۩۞۩๑๑۩۞۩๑๑۩۞۩๑๑۩۞۩๑


LAST

Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

Candidatos pedem suspensão de votação eletrônica nas Filipinas


05 de maio de 2010

Os candidatos à Presidência das Filipinas nas eleições da próxima segunda-feira Benigno Aquino e Joseph Estrada pediram hoje a substituição de urnas eletrônicas por cédulas de papel após a detecção de falhas nas máquinas.

O senador Benigno Aquino, mais conhecido como "Ninoy", favorito ao cargo presidencial de acordo com as pesquisas, pediu à Comissão Eleitoral que se prepare para uma apuração manual diante do risco de que os problemas técnicos continuem.

"Exigimos à Comissão Eleitoral que apresente seu plano de contingência porque cada adiamento aumenta o risco de produzir uma crise desastrosa por um vazio de poder", advertiu Aquino, segundo a emissora GMA.

O candidato do Partido Liberal minimizou a importância da demora em se divulgar o resultado caso se use a apuração manual porque "o importante é a integridade do processo e do resultado final".

Por sua vez, o ex-presidente Estrada, que está em terceiro lugar em quase todas as pesquisas, defendeu a apuração manual "antes de confiar em máquinas que leem os votos de forma inexata", Estrada, deposto em 2001, não se mostrou contrário a um adiamento de dez ou 15 dias do pleito caso fosse necessário para garantir a segurança do sistema.

Outros candidatos também se opuseram à apuração eletrônica depois de um porta-voz do Governo advertir ontem sobre a possibilidade de se adiar as eleições caso seja necessário retirar e configurar novamente as memórias de mais de 82,2 mil urnas eletrônicas.

Apesar dos pedidos dos candidatos, a Comissão Eleitoral anunciou hoje que continuará com o plano de realizar as eleições com urnas eletrônicas, as primeiras da história das Filipinas.


Em entrevista, Lula critica ONU e prevê vitória do PT


๑۩۞۩๑๑۩۞۩๑๑۩۞۩๑๑۩۞۩๑๑۩۞۩๑


LAST

Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

OAB diz que sistema de votação eletrônico precisa ser transparente


Quinta-feira, 15/04/2010 - 10:44
Brasília - O presidente do Conselho Nacional da Ordem dos Advogados do Brasil – OAB, Ophir Cavalcante, afirmou hoje, 14, que “a informática deve adaptar-se ao direito e não o contrário” para dizer que é preciso ser repensada a “ditadura da informática”. Ele afirmou que sempre teve “uma pulga atrás da orelha” com relação à transparência no sistema de votação eletrônico sem auditoria independente.

“Estamos votando na confiança na Justiça. Por que o sistema eleitoral não pode ser fiscalizado? O que se quer é transparência suficiente para que o eleitor tenha segurança do seu voto”. A afirmação foi feita pelo presidente da OAB ao receber o Comitê Multidisciplinar Independente que lhe entregou o “Relatório sobre o Sistema Brasileiro de Votação Eletrônica”. O mesmo documento foi entregue ao presidente da Câmara dos Deputados Michel Temer.
Cavalcante disse que pedirá parecer à comissão de direito eleitoral e de reforma política e a de informática e estatística da entidade. “Se o parecer disser que a Ordem não deve legitimar, não vamos legitimar [o atual modelo de votação eletrônica]”, ressaltou, antes de reconhecer que “hoje, a OAB faz de conta [que fiscaliza]”.

Materialização do voto – O relatório foi desenvolvido por um grupo de 10 autores composto por advogados e especialistas em tecnologia da informação com o objetivo de subsidiar os deputados da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara dos Deputados e analisa o estudo publicado em 2009 pelo Tribunal Superior Eleitoral.
A materialização do voto eletrônico é a principal sugestão do Comitê para que as votações eletrônicas possam ser auditadas de forma independente. A impressão do voto eletrônico, de autoria da deputada federal Janete Capiberibe (PSB/AP), está prevista no artigo 5º da Lei 12.034/2009, chamada de minirreforma eleitoral, e ocorrerá a partir de 2014, mas a Justiça Eleitoral é contrária a esta regulamentação.

Fiscalização – A advogada Maria Aparecida da Rocha Cortiz, do Comitê, disse que o sistema eletrônico de votação é sujeito à violações e que “o comportamento da OAB de legitimar o processo não contribui para o trabalho de fiscalização”. Ela lembrou que a OAB foi chamada pelo TSE para dar credibilidade ao sistema, “mas desde 2004 não consegue fiscalizar o modelo imposto conforme as regras ditadas pela Justiça Eleitoral”.

“A OAB está fazendo um trabalho pela metade, até por que não tem como fazer análise em 6 meses. Não tem estrutura e não dá tempo. Isso está prejudicando o trabalho dos advogados”, afirmou, antes de pedir que a “a OAB repense a posição de legitimar o sistema eletrônico e faça isso em público”, desabafou

Poder – O Comitê questiona o acúmulo de poder da Justiça Eleitoral (ela própria cria as regras, estabelece como será fiscalizada e julga os questionamentos que sofre) e a possibilidade de violação da urna sem que haja um controle independente do software com que são carregadas as urnas. Segundo o Comitê, a assinatura eletrônica com a qual entidades da sociedade civil e partidos políticos legitimam os programas instalados nas urnas do processo eleitoral não é suficiente para garantir a integridade dos softwares. A vulnerabilidade da assinatura eletrônica é apontada pelo próprio criador, que a considera dependente do software que ela legitima, assim como o boletim chamado 'zerésima', expedido antes de ser iniciada a votação. O mecanismo que permitirá esta auditoria independente é a materialização do voto eletrônico, previsto na Lei 12.034/2009, mas repudiado pela Justiça Eleitoral.

Má fé – Ortiz apresentou outra preocupação que considera uma restrição grave ao trabalho dos advogados. Segundo ela, com leitura em julgamento da Justiça Eleitoral dia 08 passado, a tendência do TSE é recusar qualquer questionamento ao sistema eletrônico de votação e condenar por litigância de má fé os advogados que o fizerem. A afirmação de que o candidato derrotado ao governo de Alagoas João Lyra e seu advogado Fernando Neves da Silva foram condenados a multa por litigância de má fé ao questionarem a inviolabilidade do processo eletrônico de votação e ao pagamento das custas processuais surpreendeu o presidente da OAB.

A deputada Janete Capiberibe e o deputado Magela (PT/DF), que presidiu a subcomissão do voto eletrônico na CCJC da Câmara dos Deputados, estiveram na audiência junto com a advogada Maria Aparecida Cortiz, o professor da UNB Pedro Antônio Rezende, o engenheiro Amilcar Brunazzo, o programador Vandré Brunazzo e o jornalista Osvaldo Maneschy.

Em entrevista, Lula critica ONU e prevê vitória do PT


๑۩۞۩๑๑۩۞۩๑๑۩۞۩๑๑۩۞۩๑๑۩۞۩๑


LAST

Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

eleições: maior problema é a concentração de poderes

10.09.08

smeira.blog.terra.com.br

às 07:55

este é o último texto da série em que publicamos uma entrevista com amilcar brunazo filho, engenheiro e programador que acompanha desde 2000 o desenvolvimento do sistema eleitoral brasileiro. a primeira parte, com o currículo de brunazo e o contexto de nossa conversa, está neste link. na pergunta inicial da entrevista, tratamos de uma consultoria contratada pelo TSE para avaliar a segurança das urnas e que já concluiu que o sistema de votação do país mais parece uma peneira. na segunda, tratamos de segurança e fraude na votação, e onde e como gente que entende do sistema poderia atacar o processo eleitoral.

a seguir, a última das perguntas que fizemos [por emeio] a brunazo filho e sua resposta, como nos foi enviada.

blog: você tem sido uma das pessoas a criticar, contínua e consistemente, o processo eleitoral eletrônico. o que sua experiência de anos a fio em contato com os processos, pessoas e instituições envolvidas nos ensina? será que é possivel ter uma eleição eficiente e, ao mesmo tempo, eficaz, segura e a custos razoáveis?

Em 1996, quando comecei a me interessar pela segurança do voto eletrônico, eu achava que bastaria corrigir alguns erros de projeto das urnas eletrônicas, como a falta do voto materializado para auditoria e a irresponsável identificação do eleitor na mesma máquina de votar, que o problema estaria resolvido.

Mas acabei descobrindo que, aqui no Brasil, o problema da confiança e transparência do processo eleitoral nasce em outro nível, o do acúmulo de poderes nas eleições. No Brasil não há a tri-partição de poderes eleitorais. Uma mesma entidade (o TSE) tem os poderes de 1) escrever as regras, 2) administrar as eleições, 3) definir o que pode ser fiscalizado, 4) controlar e distribuir toda a verba oficial e, o que é uma aberração, 5) julgar até os casos em que é ré como executora e administradora do processo eleitoral. Tamanha concentração de poderes não ocorre no resto do mundo, como mostra o estudo do Senado que pode ser baixado deste link (em formato aberto que pode ser lido com o OpenOffice).

Agora, mais experiente, eu acredito que somente separando as pessoas do administrador eleitoral, do regulamentador, do fiscal e do juiz é que poderemos construir sistemas eleitorais controlados e com resultados passíveis de conferência. Feita esta separação, logo a sociedade encontraria como tornar as urnas eletrônicas mais confiáveis dentro de custos aceitáveis.

Mas como "poder não se pede, se toma", uma boa parte da sociedade haveria que se engajar numa cruzada pela "Partição dos Poderes Eleitorais", senão nada acontecerá. Quem tem poder em excesso não vai abrir mão dele espontaneamente e, como sempre acontece, os puxa-sacos e os lambe-botas continuarão os defendendo.

♦ ♦♦ ♦♦♦♦ ♦♦♦♦♦♦♦♦ ♦♦♦♦ ♦♦ ♦

o assunto, obviamente, não se esgota aqui e tampouco nesta eleição. o autor deste blog sempre defendeu a tese de que a votação eletrônica tem sido melhor do que as velhas urnas e mapas de totalização [veja aqui um texto nosso, de 2004]. há evidências de que a bagunça eleitoral diminuiu muito com a adoção do sistema eletrônico de votação e, por isso, está de parabéns o TSE e o brasil.

mas, ao mesmo tempo, e à medida que o conhecimento sobre o sistema eletrônico e suas falhas se espalha pela sociedade, cada vez mais gente vai entendendo como fraudar o processo [veja aqui outro texto nosso, de 2006], e desta vez sem deixar rastro algum. não é possível falar em eleições limpas e listas de candidatos sujos sem que, ao mesmo tempo, se discuta a segurança e transparência do processo eleitoral. na berlinda, por isso, estão o TSE e o brasil.

parece evidente que o mecanismo de segurança por obscuridade, escondendo o software e os mecanismos de segurança, e ausência de sistemas e instituições independentes de conferência e auditoria do processo eleitoral, conjugados com a concentração de todos os poderes eleitorais em um único corpo, o TSE, não contribui para uma eleição de melhor qualidade e sobre a qual pairem menos suspeitas. estruturar o processo de tal forma que os planejadores planejem, os administradores administrem, os executores executem e os julgadores julguem parece óbvio. mas não é, tanto que não está sendo feito, apesar das investidas da sociedade, até agora desorganizada, nesta direção.

muito se disse, nos comentários aos textos anteriores do blog, sobre a eleição no resto do mundo. é bom que se saiba que eleição é fraudada em todo lugar, de condomínio e diretório acadêmico até presidência das mais educadas e pacatas repúblicas. e ninguém, do lado de cá do blog, é ingênuo a ponto de estar propondo a importação do sistema dali ou de outrem e muito menos a volta ao papel e mapas antigos, para substituir o nosso.

estamos propondo, e parece que muito mais gente está, inclusive no legislativo nacional e na comunidade de segurança de informação, que melhoremos nosso próprio processo, a ponto de torná-lo tão bom quanto possível, referência mundial de verdade e capaz de ser exportado para outros, muitos outros países. se o sistema é tão bom assim, por que a gente não faz o bem e, ainda por cima, ganha dinheiro com as urnas e o sistema eleitoral, realizando eleições no mundo inteiro? ou será que não podemos ter uma "embraer" do voto?…

talvez não. porque primeiro é preciso não fugir ao debate, ao escrutínio público, ao questionamento aberto e amplo da sociedade. seguindo o exemplo de sociedades democráticas e abertas como irã, arábia saudita e china, o TSE -pelo que um passarinho me contou- está filtrando, internamente, o acesso a este blog. quem entrar em nosso endereço encontra o texto “Página Bloqueada de Acordo com a Resolução Nº-20882/2001 do TSE” e mais nada. todos os outros blogs do terra magazine podem ser acessados normalmente, como era o caso deste blog até a série de perguntas e respostas sobre o voto eletrônico. por que será? [@11:30... o blog está vetado em toda a rede do TSE, incluindo todos os prédios dos TREs brasil afora...]

na ditadura militar, muitos dos textos -bons e ruins- que nos faziam questionar o estado de coisas eram proibidos. andar de metrô ou ônibus com um deles na mão… nem pensar. nem no bar ou restaurante, tampouco na escola. só se você quisesse perder -no mínimo- umas unhas no DOI-CODI. cantar sua canção predileta? uuui… e esta não é uma parte "legal" da história do brasil. e nem precisava da ação da polícia política da época, pois os puxa-sacos e os lambe-botas a que brunazo se refere estavam lá, prontos pra apontar "o mal" que estava tentando destruir a sociedade da época. e nada disso é novidade: o brasil tem uma looonga história de censura.

mas… enquanto os colaboradores do TSE estiverem lendo [e eu também leio!] iuri rubim e o blog das ruas, odara carvalho e paula guedes no blog do repique [pixadores barbarizam galeria!] e altino machado no blog da amazônia [e os índios do peru!] vai estar rolando, menos de um mês antes das eleições de 2008, uma ampla discussão, na rede e fora dela, talvez sem ninguém do TSE, sobre o processo eleitoral. tomara que o TSE não seja vítima da síndrome da ilha fiscal. tomara.

p1010002-urna-fim.JPG


Em entrevista, Lula critica ONU e prevê vitória do PT


๑۩۞۩๑๑۩۞۩๑๑۩۞۩๑๑۩۞۩๑๑۩۞۩๑


LAST

Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

eleições: sem conferência, urna é alvo fácil

09.09.08

smeira.blog.terra.com.br

srlm às 07:55

este texto é uma continuação da entrevista de amilcar brunazo filho, engenheiro e programador que acompanha desde 2000 o desenvolvimento e utilização do sistema eleitoral eletrônico no brasil. a primeira parte, com o currículo de brunazo e o contexto de nossa conversa, está neste link. nela, tratamos de uma consultoria contratada pelo TSE para avaliar a segurança das urnas e que, segundo brunazo, já concluiu que o sistema mais parece uma peneira.

a seguir, a segunda das perguntas que fizemos [por emeio] a brunazo filho e sua resposta, como nos foi enviada.

blog: a urna, em particular, é segura? se você, que conhece -como muita gente- seus princípios, fosse fraudá-la, faria o que e em qual estágio do processo? que cuidados a mais o TSE deveria tomar para, mesmo com a urna insegura, diminuir tal risco?

O processo eleitoral se inicia com o cadastramento de eleitores, passa pela votação, apuração e termina na totalização. Qualquer um destes pontos pode ser atacado para se deturpar o resultado. E isto quer dizer que o melhor ponto para atacar é aquele ao qual se obtém acesso mais fácil.

Assim, quem tem acesso ao cadastro pode inserir eleitores fantasmas; os mesários podem inserir, nas urnas, votos de eleitores ausentes; quem tem acesso aos programas-fonte (versão em texto legível dos programas de computador da urna), pode adulterá-los para desviar votos em todo um estado. E, se o acesso for a apenas algumas urnas, pode-se tentar modificar seus programas e burlar suas defesas.

No caso das urnas, eu vejo nos flash-cards de carga (que são os cartões de memória que transportam os programas oficiais para as urnas eletrônicas) um ponto vulnerável, que se explorado pode contaminar 100 urnas eletrônicas de cada vez com programas desonestos, capazes de mudar o resultado da votação nas urnas em que forem inseridos com sucesso.

Este tipo de ataque foi usado -e deu resultado- por técnicos da Universidade de Princeton, em urnas eletrônicas muito similares às brasileiras em termos de projeto de segurança. Um vídeo (em inglês) sobre este ataque está neste link . Mas é claro que é muito difícil prever todas as formas de ataque e projetar defesas contra cada uma delas é ainda mais complicado.

Por exemplo, o TSE anunciou para outubro deste ano testes em urnas com biometria para impedir a "compra de votos", ou seja, quando se paga a eleitores para fornecerem seus títulos a outras pessoas que votarão em seu lugar. O custo destas urnas biométricas será enorme. Mas o teste ainda nem foi feito e o TSE já sabe de modificações na forma de fraudar que burla as urnas biométricas, como a "compra do voto com celular", onde o eleitor usa o telefone celular para filmar a tela da urna com seu voto e a "compra da abstenção", quando se paga eleitores do adversário para fornecerem seus títulos e identidades, impedindo-os de votar. Há mais informação sobre estes problemas neste link .

Do meu ponto de vista, a única forma de dar mais confiabilidade a qualquer processo eleitoral é dotá-lo de formas automáticas e eficazes de conferência da apuraçâo. No caso das urnas eletrônicas, seria necessário materializar o voto para usá-los em auditorias, obrigatórias, por amostragem. Este é o tipo de sistema que tem sido adotado em todo o mundo. Só aqui no Brasil continuamos usando urnas eletrônicas cujo resultado não tem como ser conferido. E esta, claramente, é a principal fraqueza da nossa urna eletrônica.


Em entrevista, Lula critica ONU e prevê vitória do PT


๑۩۞۩๑๑۩۞۩๑๑۩۞۩๑๑۩۞۩๑๑۩۞۩๑


LAST

Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

eleições: TSE esconde a verdade sobre as urnas

smeira.blog.terra.com.bR

08.09.08

nas últimas semanas, este blog publicou dois textos sobre a segurança das urnas eletrônicas e, conseqüentemente, sobre a segurança de todo o processo eleitoral brasileiro. no primeiro [urna eletrônica NÃO é inviolável], um especialista anônimo [cognominado frodo] desmontou a afirmação do presidente do TSE, que havia dito ao país exatamente o contrário do título do nosso texto. no segundo [câmara dos deputados duvida da segurança das urnas eletrônicas] mostramos os dois opostos da política nacional, pt e psdb, concordando que o processo eleitoral precisa de mais segurança e transparência.

neste episódio, começamos a publicar uma entrevista com o engenheiro amílcar brunazo filho, que estuda o problema de segurança de voto eletrônico desde 1996 e que muita gente pensou [o blog recebeu vários emeios sobre isso...] que fosse a verdadeira identidade de frodo. mas não é. brunazo é um técnico que conhece o processo eleitoral eletrônico por dentro por dentro e afirma, há tempos, que sua segurança absoluta é mais propaganda do que realidade. comparativamente, as urnas e o sistema usados na venezuela, em 2006, já eram muito mais seguros do que o atual sistema brasileiro.

amilcar brunazo filho, engenheiro e programador, acompanha desde 2000 o desenvolvimento do sistema eleitoral eletrônico como representante do PDT junto ao TSE. colaborou com o TSE com sugestões que foram incorporadas ao processo eleitoral por lei ou resolução, como a obrigação do teste de votação paralela, a abertura dos programas feitos pela ABIN, a adoção de sistema operacional aberto nas urnas eletrônicas, a permissão para conferência das assinaturas digitais dos sistemas pelos partidos políticos e a publicação dos resultados por seção eleitoral na internet. também acompanhou processos e perícias oficiais sobre urnas eletrônicas, tendo detectado as quebras de integridade dos logs nas urnas de alagoas em 2006. o texto completo de seu livro "fraude e defesas no voto eletrônico" [que está esgotado] pode ser baixado neste link. brunazo filho é um dos especialistas por trás do site www.votoseguro.org.

a seguir, a primeira das perguntas que fizemos [por emeio] a brunazo filho e sua resposta.

blog: o TSE contratou uma consultoria para avaliar a urna eletrônica ou o sistema eleitoral como um todo? a quem e quando? no que resultou tal esforço, até agora? há resultados a divulgar? se sim, porque o TSE ainda não os apresentou à população?

Sim, em maio de 2008 firmou-se o Contrato TSE 032/2008 com a Fundação de Apoio à Capacitação de Tecnologia da Informação - FACTI - e o Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer - CenPRA - com o objeto formal de elaboração e análise de testes de vulnerabilidade quanto à segurança do sistema eletrônico de votação. O CenPRA e a FACTI são entidades ligadas ao Ministério de Ciência e Tecnologia e foram chamadas para estudar e testar a segurança e confiabilidade das nossas urnas eletrônicas.

O motivo inicial que levou a esta contratação foi uma petição de 2006, do PT e do PDT e com adesão do PR, que solicitava permissão para efetuar testes de resistência a ataques, chamados Testes de Penetração, nas urnas eletrônicas. O segundo motivo foi a vontade do TSE manter restrito o conhecimento do resultado do teste, pois se permitisse o teste pelos partidos, os resultados ganhariam conhecimento público.

O contrato tem data final para dezembro de 2008 e prevê a apresentação de relatórios de análises e testes dos procedimentos de: a) Geração de Mídias (preparação dos cartões de memória que transportam os programas oficiais até as urnas eletrônicas); b) Carga e Lacração das urnas; c) Votação e Apuração, até a emissão dos disquetes com os resultados de cada urna.

Até o momento (setembro de 2008) fui informado de que existem dois relatórios parciais, a partir dos quais modificações nos procedimentos e nos programas das urnas já estão sendo implantados. Por força de lei, o TSE mantem desde abril um ambiente controlado para apresentação obrigatória dos sistemas às entidades autorizadas, no qual só se pode entrar sob compromisso assinado de sigilo.

Neste local, como representante de um partido político, solicitei a apresentação dos relatórios da FACTI, que a rigor foram produzidos por causa de nossa petição inicial. O pedido já foi negado pelo Diretor Geral e pelo Ministro-relator, com alegações banais sobre a formalidade, sem enfrentarem seu mérito, o da transparência do processo eleitoral.

Mas o fato é que os relatórios parciais do FACTI apontam tantas vulnerabilidades insanáveis, desde a Geração de Mídias até a gravação do disquete, que o TSE decidiu: 1) manter os relatórios totalmente secretos para impedir que o eleitor brasileiro saiba que o sistema possui vulnerabilidades; 2) impedir os testes de penetração solicitados em 2006 pelos partidos políticos; 3) abandonar, após as eleições de 2008, o projeto atual das urnas eletrônicas; 4) aditar o contrato FACTI/CenPRA para tentar desenvolver um novo projeto, de urnas eletrônicas mais confiáveis, para as eleições de 2010 e 5) desinformar o eleitor, negando em público a existência de falhas de segurança e afirmando que testes de penetração serão permitidos em 2008. Para saber mais, clique neste link .

Enfim, o TSE já obteve, da FACTI/CenPRA, a confirmação de que uma parte muito importante de seu sistema eleitoral, a urna eletrônica, possui brechas de segurança que podem ser exploradas de forma maliciosa e capaz de alterar o resultado da eleição, mas continua, oficialmente, negando a dura realidade dos fatos e repetindo que o sistema eleitoral que oferece à sociedade é seguro e inviolável, quando sabe muito bem que este não é o caso.

amanhã, neste mesmo horário e canal, daremos seqüência à conversa com brunazo filho. até lá.


Em entrevista, Lula critica ONU e prevê vitória do PT


๑۩۞۩๑๑۩۞۩๑๑۩۞۩๑๑۩۞۩๑๑۩۞۩๑


LAST

Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

Câmara dos deputados duvida da segurança das urnas eletrônicas

05.09.08

smeira.blog.terra.com.b

srlm

semana passada, este blog publicou uma entrevista onde um especialista em segurança de informação questionava a segurança do sistema eleitoral brasileiro. o entrevistado preferiu permanecer anônimo, o blog concordou e o texto resultante teve a maior audiência [o blog chegou a cair] e comentários [150+] da curta história deste espaço. a entrevista desmentia, pura e simplesmente, a declaração do presidente do TSE de que o sistema eleitoral brasileiro seria "inviolável".

uma boa parte dos comentários [contra e a favor] é conseqüente e resulta da reflexão de quem leu o texto com atenção e deu, honestamente, sua opinião. esta parte da discussão ajuda, e muito, a esclarecer as dúvidas que todos nós temos -ou deveríamos ter- sobre o sistema eleitoral brasileiro.

outra parte das contribuições veio da histeria dos que defendem cegamente algo que não entendem, combinado com gente que acredita em papai noel e não tem nenhum outro espaço para se manifestar a não ser comentários em blogs. como a galera que quer desclassificar alguma opinião, sem pensar, só porque vinda de fonte anônima. será que esta gente não sabe o tipo e a intensidade das forças que operam em ambientes tão críticos como o processo eleitoral? será que ainda há quem ache que se pode dizer tudo, em qualquer espaço, em qualquer época, de peito aberto, sem temer pelo seu emprego, relações e, em certos casos, vida? será que há quem acredite que a liberdade de informar [incluindo o sigilo das fontes] e os direitos individuais, impressos nas constituições, estão lá apenas porque o texto é esteticamente belo?…

mas vamos deixar tais considerações prá lá, por enquanto, pois sempre haverá espaço para discuti-las aqui e em todo lugar, por muito tempo. e vamos ver duas notícias desta semana, sem nenhuma relação direta com o texto deste blog semana passada, mas com tudo -e mais- a ver com o assunto que tratamos.

fraude-urna.jpgo primeiro, neste link, vem direto da subcomissão especial de segurança do voto eletrônico da câmara dos deputados, através de seu presidente, deputado geraldo magela [do pt/df, representante do governo, portanto]. o deputado afirmou, dia 1º, que "as urnas eletrônicas fabricadas pela norte-americana Diebold, utilizadas nas eleições do país, não são seguras e não dão garantia de que a vontade do eleitor será respeitada". e disse mais [o que de resto é sabido há tempos por todo mundo que esteve perto do assunto]: "o voto eletrônico significa um avanço democrático e pode ser aperfeiçoado". uia!… foi a mesma coisa que dissemos alguns dias atrás, e vem com o carimbo da comissão da câmara que estuda o problema de segurança do voto eletrônico [e a gente não estava lá pra ajudá-los a chegar em tal conclusão].

do outro lado, na bancada da oposição, o vice-líder do psdb, deputado Gustavo Fruet, diz que "diante de tantas denúncias de grampos e suspeitas de participação da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no vazamento de escutas telefônicas, o partido vai propor à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) a realização de uma auditoria externa sobre um novo sistema de criptografia que a Abin apresentará à Justiça Eleitoral para utilização nas urnas eletrônicas, durante as eleições deste ano".

e faz todo sentido do mundo: você deixaria, no contexto atual, a abin tomar conta da criptografia de sua conta bancária? não é que a agência não seja competente ou confiável… é que evidências de sua atuação recente a deixam numa situação muito difícil como provedor de criptografia e assinaturas para o processo eleitoral, ou seja, como principal responsável pela segurança e sigilo das eleições. não é "culpa" da agência, mas de ações esporádicas e recentes [como grampear o mundo ao seu redor] que fizeram a sociedade concluir que ela, a abin, não é confiável ou isenta. o que é uma pena, pois instituições como abin têm, claramente, um papel muito importante no arranjo institucional de qualquer país complexo como o brasil.

este blog sustenta a tese de que o sistema "eletrônico" é muito melhor do que o "de papel", por razões óbvias: as urnas de lona, os votos em papel, as apurações do passado e seus "mapas" sempre foram uma fábrica de eleitos. muito mais que a metade do processo eleitoral rolava, sempre, na confusão pós urnas. mas este blog também entende que o sistema atual pode ser melhorado, e muito, pelo aumento de transparência ao redor da urna eletrônica e dos sistemas de informação que, depois do voto, pronunciam os eleitos.

depois de nosso texto sobre o assunto, o TSE convidou o terra magazine para testemunhar o lacre das urnas eletrônicas. nós agradecemos a deferência, mas entendemos que "testemunhar" a carga do software e o lacre das urnas não adiciona nenhum valor à qualidade do processo eleitoral. preferiríamos que o TSE, em nome transparência das eleições, contratasse grupos independentes de especialistas, dissociados de governo e partidos, para testar, verificar, validar e certificar o sistema eleitoral ou, eventualmente, encontrar as falhas que, corrigidas, tornariam o processo ainda melhor do que acreditamos que ele já seja. o custo de abrir o sistema inteiro para uma auditoria externa, independente, seria muito menor do que a permanente suspeita, velada aqui, explicita ali, de que há algo errado com o sistema informatizado de votação que usamos no brasil.

na prática, dá pra fazer alguma coisa para as próximas eleições? provavelmente não. mas há eleições, por aqui, de dois em dois anos. é um verdadeiro festival, quase contínuo, de votos. será que o TSE não deveria inovar e chamar um monte de gente pra perto do processo, ao invés de se fechar em torno de suas próprias crenças e tentar, colaborativamente, melhorar a qualidade do processo eleitoral como um todo, olhando para as eleições por vir? a sociedade agradeceria e o tribunal, ao fazer isso, ganharia aliados e alianças. e quase de graça, mesmo que caro fosse, considerando o benefício.


Em entrevista, Lula critica ONU e prevê vitória do PT


๑۩۞۩๑๑۩۞۩๑๑۩۞۩๑๑۩۞۩๑๑۩۞۩๑


LAST

Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

Urna eletrônica NÃO é inviolável

28.08.08


smeira.blog.terra.com.b

a infra-estrutura brasileira de eleições, informatizada e universal, é um feito da engenharia e políticas nacionais. não resta a menor dúvida de que a urna eletrônica e o sistema de apuração por trás dela funcionaram -e funcionam- muito melhor do que o sistema baseado em cédulas, mapas e tinta que tínhamos antes. prova disso é que famílias e coronéis, brasil a dentro, perderam o controle quase secular que tinham de algumas cidades [em certos casos, regiões] porque não aprenderam a fraudar o sistema eleitoral informatizado na velocidade de sua evolução.

mas, desde sua chegada, a urna eletrônica é cercada de polêmica. uns, mais radicais [e usando argumentos, digamos, convincentes] dizem que o sistema é furado, pura e simplesmente. outros, mais condescendentes, apontam as melhoras que poderiam ser introduzidas para tornar o sistema bem mais confiável do que é.

acontece que o crime organizado está querendo organizar muita coisa e as eleições são parte importante do que [parece] que pode ser "organizado". de um lado, tem gente cobrando eleitor tirando foto de voto na urna pra mostrar pra cabo [?] eleitoral, sob pena de danos muito significativos à sua existência terrena. estes são, poderíamos dizer, os brucutus, a turma da força bruta. de outro, está a galera da inteligência do crime, vendendo eleições, por milhões. ou pelo menos dizendo que vende -e entrega- resultados.

ministro ayres britto, presidente do TSEe acontece que estamos no brasil, e a oferta de "eleger quem fosse, por um preço" acabou vazando… por todo canto, como anúncio viral em rede social. e o ministro ayres britto [na foto], presidente do tribunal superior eleitoral, teve que reagir, na sua moeda. segundo declaração do ministro, "o sistema é absolutamente inviolável". acontece que este blog, além de cético, escreve software há 35 anos e não acredita em sistemas "absolutamente invioláveis"… até porque há resultados fundamentais [da teoria da computação...] que nos levam à conclusão exatamente oposta. tudo indica que, num sistema linguístico qualquer, temos que escolher entre consistência e completude. se o sistema for consistente [ou seja, não dá pra pra provar que 0=1], há verdades, no sistema, que não podem ser provadas. por outro lado, se pudermos demonstrar tudo o que é verdade, o sistema é inconsistente, ou seja, também podemos provar um 0=1 aqui, outro ali, enfim, em todo lugar. ou eleger qualquer um, mesmo sem voto…

mas uma discussão do sistema eleitoral nestes termos [teóricos] não é razoável, porque prática é a vida e as eleições. mesmo sabendo que o ministro está teoricamente [pois não existem sistemas -do tipo do sistema eleitoral- invioláveis] errado, resolvemos consultar um dos maiores especialistas brasileiros em segurança de informação sobre o assunto e a sua resposta a nosso emeio está abaixo. sabendo das implicações de suas declarações, nosso personagem se escondeu por trás do codinome frodo [baggins, o filho adotivo de bilbo, do senhor dos anéis], o hobbit que tomou pra si a responsabilidade de detonar orodruin, a montanha do mal da terra do meio, da trilogia fantástica de j. r. r. tolkien. coisas de gente de segurança.

sim: mas o que disse frodo? a conversa é longa. leia e entenda porque o ministro ayres britto está errado mas, mesmo assim, nosso sistema eleitoral informatizado pode continuar sendo melhor do que qualquer outro, de papel, desde que tomemos os devidos [muitos] cuidados…

blog: as urnas brasileiras sao invioláveis? até que ponto? por que? se alguém quiser violar uma urna, quais são as opções?

Um dos maiores erros cometidos por quem não trabalha diretamente na área de segurança de sistemas é afirmar que existe sistema inviolável. Não existe 100% de segurança. Sistemas mais críticos devem possuir mecanismos que permitam identificar que houve uma falha ou violação de segurança e, a partir disso, tornar possível a tomada de decisões sobre a falha. Não se pode afirmar que tal sistema seja inviolável, ou que qualquer sistema seja inviolável.

Até onde se sabe, as urnas eletrônicas brasileiras possuem suporte a tais mecanismos de auditoria, permitindo, em caso de violação, a possibilidade de se detectar uma quebra de segurança.

Um ponto de falho da segurança das nossas urnas é que elas são construídas sobre de sistemas operacionais tidos como inseguras como DOS, que é utilizado nas primeiras urnas e, mais recentemente, Windows CE. Estes dois sistemas permitem técnicas de debugging que facilitam a realização de engenharia reversa sobre a plataforma da urna. Quem tem mais de 30 anos lembra do DEBUG do DOS e o utilizou no seu dia a dia para depurar problemas de execução. Este mesmo procedimento pode ser utilizado nas nossas urnas e não é nada muito complicado de ser feito. Há rumores, não confirmados, de que grupos de especialistas em segurança tiveram acesso a urnas e utilizaram desta técnica para realizar alterações no funcionamento normal dos programas do sistema.

Ainda sobre esta pergunta, vale salientar e refletir sobre as palavras de Josef Stalin: “Quem vota e como vota não conta nada; quem conta os votos é que realmente importa.” O que nos leva a sair da urna e tentar entender o que acontece com os "votos" depois que eles "saem" das urnas. Quem garante que não há falhas nos sistemas de recepção e processamento dos dados? Outro ponto importante, nesta análise, é que alguns dos softwares utilizados no sistema eleitoral possuem falhas de segurança não divulgadas. O artigo The Vulnerability Economy ilustra o tamanho do mercado de segurança de falhas não divulgadas. Este problema não afeta apenas as urnas eleitorais mas qualquer sub-sistema que faz parte do sistema eleitoral. E é sabido que partes do sistema eleitoral possuem falhas não divulgadas.urna de treinamento, com grande otelo

blog: se alguém quisesse violar o sistema eleitoral, a fragilidade estaria só na urna?

Como dito anteriormente, existe um sistema de retaguarda que realiza a contagem dos votos e, no meu entender, os componentes deste sistema seriam o ponto ideal para fraudar o processo eleitoral. Stalin, entre outros, já via tal alternativa. Outro ponto importante e bastante negligenciado é que todos os envolvidos no processo eleitoral, do lado dos tribunais regionais e do TSE,afirmam que a urna é inviolável e que, em caso de violação (!), há mecanismos para identificar tais atos. Particularmente, eu posso acreditar nisso. No entanto, a pergunta que fica no ar é: o que se faz quando tais violações ocorrem?

Vamos a um exemplo: ligar uma urna eletrônica antes do horário previsto não é permitido, e a urna acusa tal ação. Neste caso, a pergunta complicada é “porque, mesmo com o sistema acusando a falha no processo definido, a urna com problema não é considerada inapta?” Não houve violação (tecnológica) de segurança, mas de processo. E não parece haver um controle ou auditoria para vetar ou validar tais falhas. Assim, como dar credibilidade a um processo eleitoral que não consegue tratar nem casos simples como este?

blog: existe algum indício de que o sistema já foi violado em eleições anteriores?

O site www.votoseguro.org descreve várias situações, em eleições anteriores, que podem ser consideradas violações do sistema eleitoral. Há, também, relatórios de análises feitas por pesquisadores brasileiros e estrangeiros que têm conclusões bastante diferentes das do Ministro sobre a inviolabilidade do sistema eleitoral.

Como consultor, recebi uma análise feita em algumas urnas de um certo estado, que acusavam que os HASHs [nota do blog: um tipo de assinatura digital] dos programas utilizados nas urnas diferiam daqueles que o TSE indicava para muitas das urnas. Teria sido um erro no TSE ou, neste caso, houve mesmo violação? Nunca ficamos sabendo, porque o TRE do estado e o TSE não investigaram o problema. Utilizando um debugger, como dito anteriormente, se identificaria desvios no fluxo de execução do programa. Mas, até onde eu sei, o TSE preferiu não investigar a fundo o ocorrido, daclarando que houve um erro lá mesmo no TSE. Bom… esta opção é a mais fácil e minimiza o problema. Só que, em segurança de sistemas, esta postura é ótima para qualquer hacker. Como se diz, no meu tipo de negócio, neste caso “La seguridad soy jo”.

blog: das últimas [supostas] evidências de violação até o momento, o que foi feito para que o sistema não seja violado [novamente]? se isso não é suficiente, o que deveria ser feito?

Não há evidência de evolução significativa na segurança do sistema eleitoral, por parte do TSE, pelo menos não com respostas concretas e comprováveis a problemas apontados em diversos relatórios sobre eleições passadas.

Para um processo considerado critico ter credibilidade, é necessário que seja regulado de forma clara e por uma entidade que não seja parte interessada nele. Um erro clássico, que ocorre neste caso do sistema eleitoral, é que o TSE desenvolve o sistema, define os procedimentos, regula sua aplicação e audita os resultados. Em tal tipo de contexto, qual o interesse do TSE em assumir que houve alguma falha grave no processo eleitoral, capaz de invalidar uma eleição? Quem garante que não se sabe de falhas (graves, talvez) mas elas não são divulgadas?

Acredito que um primeiro passo para melhorar a confiabilidade e transparência do processo eleitoral seria a criação de um sistema regulatório, a cargo de uma entidade isenta e que, em caso de falha no processo, tenha condições de analisar o problema do ponto de vista de uma regulação previamente acordada. Não há um CNJ para a Justiça? Talvez fosse o caso de um CNE para as eleições, para supervisionar o sistema eleitoral.

Este seria o primeiro passo. Outra abordagem, que eu confesso não saber se foi feita, mas que algumas entidades reclamam não ter tido a possibilidade de chegar a tal ponto, é fazer com que especialistas em segurança auditem a urna e tentem descobrir se ela é ou não violável. Eu, particularmente, me interessaria muito por tal trabalho. Esforços semelhantes sobre urnas semelhantes à nossa apontam muitas falhas na urna. Por fim, e neste caso eu não consegui verificar a autenticidade dos vídeos, há registros de violação da segurança de urnas emprestadas para votações no Paraguai. Se estas imagens (1, 2, 3, 4, veja nesta ordem) forem verdadeiras, acho que temos que ficar muito preocupados.

resumo da ópera? especialistas em segurança de informação, como frodo, não têm tanta confiança no nosso sistema de eleições eletrônicas quanto o presidente do TSE. não que o sistema seja furado e esteja sendo manipulado em todas as eleições. mas há indícios de que pode ter sido o caso e parece que, mantido o estado de coisas, pode acontecer de novo [ou de vera]. o sistema bem que poderia estar sujeito a uma auditoria pública, aberta, transparente, para aumentar a confiança do processo. por que não? não resta dúvidas de que nosso sistema eleitoral é um dos melhores do mundo. se pudermos fazê-lo ainda melhor e tão inviolável quanto possível, a um custo aceitável para a democracia brasileira, que razão nos levaria a não tentar?…


Em entrevista, Lula critica ONU e prevê vitória do PT

Em entrevista, Lula critica ONU e prevê vitória do PT


๑۩۞۩๑๑۩۞۩๑๑۩۞۩๑๑۩۞۩๑๑۩۞۩๑


LAST

Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

Concentração de poderes no sistema eleitoral brasileiro não permite auditoria independente

smeira.blog.terra.com.b

srlm

lá vêm as eleições e, com elas, o sistema eleitoral brasileiro. este blog fez uma longa série de considerações sobre o problema de segurança das urnas e do sistema, como um todo, antes das últimas eleições. em agosto e setembro de 2008, publicamos um bom número de textos que você pode ver

logo a seguir, o TSE deu uma entrevista-resposta sobre o assunto da segurança das urnas, garantindo que as urnas eram seguras. só que, a seguir, um dos fabricantes das urnas declarou que sim, sem dúvida, as urnas eram inseguras.

o assunto acaba de voltar à tona com a publicação de um relatório do comitê multidisciplinar independente [CMIND] que acompanha o processo eleitoral. pra você ter uma idéia da importância que o relatório pode vir a ter, veja quais são as três principais conclusões, expressas no resumo executivo de duas páginas:

Tendo-se analisado com profundidade o relatório do comitê do TSE e juntando o conhecimento especializado e experiência dos autores no acompanhamento dos sistemas eleitorais do TSE desde 2000, concluiu-se o seguinte:

1. Há exagerada concentração de poderes no processo eleitoral brasileiro, resultando em comprometimento do Princípio da Publicidade e da soberania do eleitor em poder conhecer e avaliar, motu próprio, o destino do seu voto;

2. Desde 1996, no sistema eleitoral eletrônico brasileiro É IMPOSSÍVEL PARA OS REPRESENTANTES DA SOCIEDADE AUDITAR O RESULTADO DA APURAÇÃO DOS VOTOS. Em outras palavras, caso ocorra uma infiltração criminosa determinada a fraudar as eleições, restou evidente que a fiscalização externa dos Partidos, da OAB e do MP, do modo como é permitida, será incapaz de detectá-la.

3. Esta impossibilidade de auditoria independente do resultado eleitoral é que levou à rejeição de nossas urnas eletrônicas em todos os mais de 50 países que a estudaram.

o CMIND não é um grupo de hackers que se reuniu em uma mesa de bar ou porão pra maldizer o sistema eleitoral brasileiro, mas um grupo de pessoas independentes que avalia o processo eleitoral há anos e que resolveu dizer em público, e de uma vez por todas, que o sistema precisa mudar.

não se trata de mudar a só a urna, por exemplo. o problema é muito maior; segundo o CMIND, há que se mudar o processo, inclusive o papel do TSE, para aumentar a segurança e transparência do processo eleitoral. as três recomendações do CMIND são:

1. Propiciar separação mais clara de responsabilidades nas tarefas de normatizar, administrar e auditar o processo eleitoral brasileiro, deixando à Justiça Eleitoral apenas a tarefa de julgar o contencioso.

2. Possibilitar uma auditoria dos resultados eleitorais de forma totalmente independente das pessoas envolvidas na sua administração.

3. Regulamentar mais detalhadamente o Princípio de Independência do Software em Sistemas Eleitorais, expresso no Art. 5 da Lei 12.034/09, definindo claramente as regras de auditoria com o Voto Impresso Conferível pelo Eleitor.

image

se você leu até aqui, vale a pena saber quem escreveu o que este blog está citando. o CMIND é…

Sérgio Sérvulo da Cunha, 74, jurista, membro da Comissão Permanente de Direito Constitucional do Instituto dos Advogados Brasileiros.

Augusto Tavares Rosa Marcacini, 45, membro da Comissão de Tecnologia da Informação do Conselho Federal da OAB no triênio 2004/2006, acompanhou o desenvolvimento dos sistemas eleitorais do TSE em 2004.

Maria Aparecida da Rocha Cortiz, 49, advogada eleitoral, acompanha o desenvolvimento dos sistemas eleitorais junto ao TSE desde 2002.

Jorge Stolfi, 59, Ph.D pela Stanford University em 1988 é Professor Titular do Instituto de Computação da Unicamp.

Clovis Torres Fernandes, 56, Doutor em Informática pela PUC-Rio em 1992, é Professor Associado da Divisão de Ciência da Computação do ITA.

Pedro Antônio Dourado Rezende, 57, matemático e criptógrafo, Professor de Criptografia e Ciência da Computação da Universidade de Brasília.

Márcio Coelho Teixeira, 46, engenheiro, projetou do protótipo de urna eletrônica em 1995 aprovado pela Comissão de Informatização do Voto do TSE e acompanhou a apresentação dos sistemas eleitorais do TSE em 2000.

Amilcar Brunazo Filho, 60, engenheiro, assistente técnico em perícias em urnas eletrônicas, acompanha o desenvolvimento dos sistemas do TSE desde 2000.

Frank Varela de Moura, 38, analista de sistemas, acompanha o desenvolvimento dos sistemas eleitorais do TSE desde 2004.

Marco Antônio Machado de Carvalho, 44, analista de sistemas e programador, acompanhou o desenvolvimento dos sistemas eleitorais do TSE em 2008.

o relatório completo, de 105 páginas, pode ser encontrado neste link. boa leitura. o debate só está começando e o blog vai voltar ao tema muito em breve.


Em entrevista, Lula critica ONU e prevê vitória do PT


๑۩۞۩๑๑۩۞۩๑๑۩۞۩๑๑۩۞۩๑๑۩۞۩๑


LAST

Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

Pesquisadores dizem que urnas eletrônicas indianas são inseguras


Diversos pesquisadores da Holanda, da Índia e dos Estados Unidos trabalharam juntos em um projeto de pesquisa cuja conclusão foi a de que as urnas eletrônicas usadas na Índia são vulneráveis a adulterações. Segundo os especialistas, alguém com a intenção de mudar os resultados das eleições só precisaria de pouco tempo para instalar um componente na urna que seria difícil de detectar e poderia mudar os votos dos eleitores.

O estudo foi organizado e liderado por Hari Prasad, um indiano que foi desafiado a mostrar que as urnas poderiam ser alteradas. Mas a comissão eleitoral indiana decidiu não permitir o teste e não cedeu a Prasad uma urna para que pudesse conduzir sua pesquisa. Os pesquisadores afirmaram que obtiveram a urna por meio de uma fonte anônima, já que o governo indiano não cede o equipamento para testes independentes.

O componente criado pelos pesquisadores permite que um criminoso controle como a urna contará os votos remotamente usando um telefone celular. Prasad contou com o auxílio de Alex Halderman, professor da Universidade de Michigan com experiência em urnas eletrônicas e de Rop Gonggrijp, um ativista que foi responsável por urnas eletrônicas serem banidas nos Países Baixos.

Os pesquisadores alegam que sistemas de armazenamento eletrônico direto, sem um papel para verificação do eleitor e para viabilizar uma recontagem dos votos. Essa é a solução proposta pelos especialistas, cuja pesquisa incluiu diversas medidas de proteção possíveis que são “ineficazes”.

No Brasil, o TSE também não cede urnas para testes independentes. O máximo que se fez até agora foi permitir que especialistas analisassem o equipamento por apenas quatro dias. Já a impressão do voto será obrigatória no Brasil a partir das eleições de 2014.


India's EVMs are Vulnerable to Fraud

http://indiaevm.org/

This site presents an independent scientific study about the security of the electronic voting machines (EVMs) used in India.

Contrary to claims by Indian election authorities, these paperless electronic voting systems suffer from significant vulnerabilities. Even brief access to the machines could allow dishonest election insiders or other criminals to alter election results.

In the video above, we demonstrate two kinds of attacks against a real Indian EVM. One attack involves replacing a small part of the machine with a look-alike component that can be silently instructed to steal a percentage of the votes in favour of a chosen candidate. These instructions can be sent wirelessly from a mobile phone. Another attack uses a pocket-sized device to change the votes stored in the EVM between the election and the public counting session, which in India can be weeks later.

These attacks are neither complicated nor difficult to perform, but they would be hard to detect or defend against. The best way to prevent them is to count votes using paper ballots that voters can see.


Em entrevista, Lula critica ONU e prevê vitória do PT

๑۩۞۩๑๑۩۞۩๑๑۩۞۩๑๑۩۞۩๑๑۩۞۩๑


LAST

Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

India's EVMs are Vulnerable to Fraud

http://indiaevm.org/

This site presents an independent scientific study about the security of the electronic voting machines (EVMs) used in India.

Contrary to claims by Indian election authorities, these paperless electronic voting systems suffer from significant vulnerabilities. Even brief access to the machines could allow dishonest election insiders or other criminals to alter election results.

In the video above, we demonstrate two kinds of attacks against a real Indian EVM. One attack involves replacing a small part of the machine with a look-alike component that can be silently instructed to steal a percentage of the votes in favour of a chosen candidate. These instructions can be sent wirelessly from a mobile phone. Another attack uses a pocket-sized device to change the votes stored in the EVM between the election and the public counting session, which in India can be weeks later.

These attacks are neither complicated nor difficult to perform, but they would be hard to detect or defend against. The best way to prevent them is to count votes using paper ballots that voters can see.


Em entrevista, Lula critica ONU e prevê vitória do PT

๑۩۞۩๑๑۩۞۩๑๑۩۞۩๑๑۩۞۩๑๑۩۞۩๑


LAST

Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

Princes Drizzle dead at match



DEVASTATED Prince Harry has shed a tear for his favourite polo horse after it suffered heart problems and died.

The Prince was riding pony Drizzle during a match when he noticed she was struggling to run at her normal pace.

Harry retired her from the game but she soon died after suffering a heart attack leaving William and his brother "very upset".

Harry had been riding the ten-year-old during the second half of a charity match at Ascot, Berks, when she became ill.

A royal aide said: "Harry instinctively realised that something was wrong with Drizzle.

"He decided to ride her to the side of the pitch and she was then walked off. Sadly, within minutes she suffered a heart attack and died.

"William and Harry are very, very upset. Harry was in tears."

Guests at the match included former Friends star Matt LeBlanc and singer Natalie Imbruglia.

A bystander added: "It was very lucky that Harry rode her off, because we were spared the gruesome spectacle of watching the pony die."

Distressed Harry had to have a cigarette after the game and said he did not want to stay for lunch because he couldn't believe what had happened.

Prince Charles used to ride Drizzle until he gave up competitive polo in 2005.



๑۩۞۩๑๑۩۞۩๑๑۩۞۩๑๑۩۞۩๑๑۩۞۩๑


LAST

Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

Mass anti Glazer protest at Man U





MANCHESTER United fans vented their anger at the Glazer family with a huge protest ahead of today's final-day clash with Stoke.

Hundreds of supporters gathered outside the Old Trafford directors' box and chanted venomous songs against the club's owners.

They were soon moved on by police and there were also unconfirmed reports of a smoke bomb being let off inside the megastore.

Manchester United supporters demonstrate against their American  owners before their English Premier League soccer match against Stoke  City at Old Trafford in Manchester, northern England May 9, 2010.
Venomous ... supporters want Avram Glazer out


At least one injury was reported as a result of the incident.

United co-chairman Avram Glazer had been due to attend the game but never made the journey due to flying restrictions.

The demonstration is part of the anti-Glazer campaign, aimed at driving the Americans out of Old Trafford.

Smoke
Unrest ... smoke bomb set off outside stadium

The green and gold scarves of the protest movement now dominate the terraces.

And a bid from the Red Knights group of wealthy United fans is also expected in the next few weeks.

However, the Glazers have constantly claimed they are not interested in doing a deal.

The Americans were never welcomed by a minority of fans but those feelings have grown markedly this season.

The full scale of the club's debts incurred in their controversial takeover became clear recently.

A successful bond issue highlighted the potential for the sale of both Old Trafford and their training complex should the Glazers hit repayment problems.

Although he has backed the Glazer family, United boss Alex Ferguson has previously defended the supporters' right to protest.


๑۩۞۩๑๑۩۞۩๑๑۩۞۩๑๑۩۞۩๑๑۩۞۩๑


LAST

Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

Cam they work it out?




SENIOR Conservative and Lib Dem figures have spent hours locked in negotiations today in a bid to reach a historic power-sharing deal — but Britain's future government may still not be decided until at least tomorrow.

Delegations from both sides were attempting to hammer out an agreement which could see the two parties come together to form a coalition government and finally boot Gordon Brown out of No10.

But the caretaker PM continued to desperately cling to power today as he told supporters in an email that he is refusing to admit defeat despite being beaten into second place by David Cameron at the polls.



A Conservative spokesman said yesterday the party is keen to conclude discussions quickly but it was now "likely that it won't come before Monday".

All sides are accutely aware of the instability delays could bring to the stock market when it opens tomorrow.

The top level talks followed a 70-minute face-to-face discussion between Mr Cameron and Lib Dem leader Nick Clegg yesterday which took place on neutral ground in Whitehall.

Both sides described the meeting as "constructive and amicable".

Mr Brown, however, is refusing to admit defeat and in an email to activists today vowed to cling to power.

Britain's Prime Minister and leader of the Labour party Gordon  Brown, right, Liberal Democrat party leader Nick Clegg, left, and  Conservative party leader David Cameron hold wreaths during a  remembrance service to mark VE Day in London.
United ... leaders together at VE Day event in London

He wrote: "My resolve has not, and will not, change. I pledged to do everything in my power to fight for the people of this country - to secure the recovery, to protect their livelihoods and to continue to fight for a future fair for all."

A YouGov survey for the Sunday Times found that 62 per cent of voters think he should concede defeat and clear the way for a new Prime Minister.

It comes after Mr Clegg spoke to Mr Brown on the phone for a second time yesterday at the PM's request.

Sources revealed the conversation had been tense after Mr Brown threw a tantrum and ranted at Mr Clegg for suggesting he should no longer be PM.

Today, he returned from his home in Scotland for a meeting with cabinet colleagues.

He faced further pressure to go this morning after former Labour energy minister Malcolm Wicks said he should face facts and accept defeat.

He said: "The Labour party has to be grown up about this. We've suffered a major electoral setback and we've just got to take it on the chin."

Labour's Graham Stringer, MP for Manchester Blackley, also joined two other Labour MPs — Bassetlaw MP John Mann and Vauxhall MP Kate Hoey — in calling for Mr Brown to stand down.

Mr Stringer said he had spoken to 15 Labour MPs who agreed he should go.

Lib Dem MPs have already endorsed Mr Clegg's decision to enter talks with the Tories, who came first in Thursday's election, over possible co-operation in forming a new government.

Gordon and Sarah Brown
Leaving No 10? ... Gordon Brown and wife Sarah head to VE Day anniversary

Mr Clegg addressed his senior frontbench team and a meeting of the party's 57 MPs in Westminster yesterday and received the "full and complete" support of both groups for his strategy, said Lib Dem negotiator David Laws.

Mr Clegg predicted that talks on forming a government could take days and said he would make the case for four priorities.

These included fairer taxes, changes to the education system to boost the chances of poorer pupils, a new approach to the economy and "fundamental" political reform.

The Lib Dems and the Conservatives began their meeting at 11am today and Clegg returned to Lib Dem HQ around 3pm.

News that talks are set to drag on will further unsettle the financial markets which plunged on Friday when it became apparent that Britain was stuck with a hung parliament.

The pound and the London stock market took a battering because of the political turmoil, with Mr Brown — who polled just 29 per cent of the vote — refusing to shift from Downing Street.

A Conservative source said that Tory MPs were being kept in touch with developments by the chief whip and that the leadership was not aware of any dissent from among their ranks.

And in a message to Tory supporters Mr Cameron assured them he would "stand firm" on Conservative policy on immigration, defence, and the handover of further powers to the EU.

Lib Dem sources said there had been no discussion during negotiations with the Tories of what ministerial posts might be on offer for the party in a coalition administration.

A spokesman said: "We have made clear that we would have to agree a policy programme before there would be any discussion of jobs, if that was appropriate."

Yesterday Mr Clegg joined Mr Cameron and Mr Brown to mark the 65th anniversary of VE Day at the Cenotaph in Whitehall.

Later as the Lib Dem leader met with party members in Westminster, a group of protesters, accompanied by a police escort, marched into Smith Square chanting "Fair votes now".

The demonstrators, mostly wearing purple, also waved placards and flags as the meeting of the Lib Dem parliamentary party continued inside Local Government House.

Police estimated there were around 1,000 protesters making their way from Parliament Square.

They began chanting "we want to speak to Nick".

Pam Giddy, from campaign group Power 2010, said the campaigners were from a range of organisations seeking a "purple revolution".

Urging the Lib Dems to "stay strong" on their commitment to voting reform, she added: "People want electoral reform.

"They have said they do not want any one party in Downing Street.

"Mr Clegg has the opportunity of a generation."


๑۩۞۩๑๑۩۞۩๑๑۩۞۩๑๑۩۞۩๑๑۩۞۩๑


LAST

Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters