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terça-feira, 9 de agosto de 2011

Roberto Jefferson: "Todos os partidos têm telhado de vidro"




Peça-chave do escândalo do mensalão, o presidente do PTB diz que os políticos já perderam a cautela na busca por financiadores de campanha

por Claudio Dantas Sequeira e Octávio Costa

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DOAÇÕES
"Não pode é o deputado despachar de dentro
do ministério. É um equívoco absoluto"

Desde que surgiu como um personagem central do escândalo do mensalão, em 2005, o ex-deputado federal Roberto Jefferson tornou-se uma espécie de especialista em esquemas de corrupção em Brasília. Agora, mesmo sem mandato parlamentar, o presidente nacional do PTB está acompanhando de perto as denúncias sobre partidos da base aliada no governo Dilma Rousseff. Com o know-how e a desenvoltura de quem já pontificou num escândalo histórico, ele diz não ver semelhança entre esses casos recentes e o mensalão. Em entrevista à ISTOÉ, Jefferson afirma que o PT “rompeu limites éticos”, sendo o primeiro partido a usar a máquina pública para captar recursos. “Hoje todos os partidos têm telhado de vidro”, acredita. Para ele, que considera normal o “loteamento político”, está fazendo falta uma certa etiqueta: “Não pode é pôr o partido dentro do ministério para captar.” O ex-deputado faz elogios à ação de limpeza da presidente Dilma, mas garante que o PTB não quer nada em troca. “Vamos aju­dá-la a atravessar essa tempestade, sem pedir contrapartida.” Se demonstra boa vontade com a presidente, Jefferson fica exaltado ao falar sobre o ministro Joaquim Barbosa, relator do processo do mensalão no STF. Tem certeza de que Barbosa pedirá sua condenação. E desde já sai atirando: “O Joaquim Barbosa não é um homem do Tribunal, ele quer aplauso em botequim.” Apesar do ataque ao relator, o ex-deputado reconhece que cometeu delito eleitoral de caixa 2. Mas não aceita a acusação de corrupção e lavagem de dinheiro.

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"A Dilma já deixou claro que não compactua com esse tipo de
ação política. Ela não suja a sacristia. Já o Lula era mais tolerante"

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"O Joaquim Barbosa não é um homem do Tribunal. Ele
quer aplauso em botequim. Foi para o STF na cota racial"

Istoé -

O sr. acredita que essas denúncias que derrubaram a cúpula do Ministério dos Transportes são sinais de um novo mensalão?

Roberto Jefferson -

Não. Aquele esquema que o PT montou para comprar apoio parlamentar morreu. Como o PT não queria dividir o poder com ninguém, preferia pagar para ter apoio nas votações. Com o PTB e os outros partidos a conversa era de aluguel mesmo. Já outra coisa era o João Paulo Cunha, que, sendo do PT, não precisava receber dinheiro para votar com o governo. Ele sacou do esquema do Marcos Valério para quitar dívidas de campanha. Hoje em dia a sociedade está mais atenta. No caso do PR, o mais provável é que o partido estava fazendo caixa.

Istoé -

Para quê?

Roberto Jefferson -

Pagando dívidas de campanha ou fazendo caixa para as eleições, pois não se ganha eleição neste país sem estrutura.

Istoé -

E isso não é corrupção?

Roberto Jefferson -

Não quero usar uma expressão tão violenta. É uma atitude mais pragmática. A Dilma já deixou claro que não compactua com esse tipo de ação política. Já o Lula era mais tolerante e o PT, mais condescendente. Dilma é diferente. Ela não suja a sacristia.

Istoé -

Todo partido que ocupa um ministério faz o mesmo?

Roberto Jefferson -

Bem, não posso dizer que todos fazem, mas a maioria faz. E sem cautela. É preciso entender que a relação de partidos com empreiteiras e outros agentes que compõem interesses do governo é algo natural. É assim que funciona o mundo. A questão é ter equilíbrio. Não pode é o deputado despachar de dentro do ministério. Isso é um equívoco absoluto.

Istoé -

Se há loteamento político dos ministérios e estatais, qual é o limite dos partidos?

Roberto Jefferson -

Se o empresário quer ajudar o partido, tudo bem, vai lá e faz a doação. Não pode é botar o partido dentro do ministério para captar. Há um limite ético que foi rompido lá atrás pelo PT. Hoje todos os partidos têm telhado de vidro. O PR errou porque perdeu a cautela. A presença do presidente de honra do partido, o deputado Valdemar Costa Neto, dentro do ministério presidindo licitação é uma burrice sem tamanho.

Istoé -

A presidente Dilma Rousseff tem optado pela nomeação de técnicos para evitar o uso da máquina por partidos e políticos. O sr. concorda?

Roberto Jefferson -

Vejo que a presidente Dilma quer acertar. Ela repete um pouco o que fazia o Fernando Henrique Cardoso: “Eu nomeio o ministro de vocês, mas se surgir qualquer problema ele será demitido!” Despolitizar os ministérios não é a melhor solução, pois o político é muito mais sensível à crítica da imprensa do que o burocrata. O político, quando encaminha uma emenda para alguma obra, faz isso de forma pública. O técnico, não.

Istoé -

Profissionalizar a gestão não é o ideal?

Roberto Jefferson -

Claro que sim, mas sem tirar a política disso. Eu temo o discurso que a mídia está fazendo de só colocar técnico. Já foi assim na ditadura. Acontece que os burocratas também se corrompem e, às vezes, denunciam os políticos porque têm interesse no conflito.

Istoé -

O financiamento público de campanha ajudaria a evitar esses esquemas de corrupção?

Roberto Jefferson -

Financiamento público é um escândalo. Sou contra. Defendo é que se pare de bater no financiador privado, que hoje é visto como bandido. O doador privado tem presunção de culpa. É preciso entender que não existe almoço grátis, nem na relação entre marido e mulher. Manda a mulher negar amor ao marido durante um mês para ver se ele paga as contas dela!

Istoé -

O sr. impôs uma quarentena ao PTB?

Roberto Jefferson -

Tivemos um desentendimento grande com o PT. Tem que passar um tempo para as coisas se restabelecerem. Está muito cedo ainda. Mesmo de fora, acredito que podemos ajudar Dilma, que tem tido uma conduta irrepreensível. Ela tem moral e dignidade, merece nosso apoio. Vamos ajudá-la a atravessar essa tempestade, sem pedir contrapartida.

Istoé -

A tempestade a que o sr. se refere é o risco de retaliação e um eventual racha na base aliada?

Roberto Jefferson -

Ela pode receber esse troco. Lógico que ninguém vai passar recibo público, bater boca por causa da perda de cargo. Mas ela pode sofrer um revés em alguma questão delicada que vá a plenário.

Istoé -

O PTB apoiaria uma CPI dos Transportes?

Roberto Jefferson -

Nunca! Tenho horror a CPI. Só serve para politizar o fato. A CPI vai paralisar o governo da Dilma, vai fraturar a base de apoio, gerar ressentimentos e torná-la refém do PT. Ela precisa de apoio para governar, ou vai ficar nas mãos do PT.

Istoé -

Mas, se a Polícia Federal não abre um inquérito, a CPI não seria uma saída para esclarecer as denúncias?

Roberto Jefferson -

A PF não abre inquérito porque não tem elementos para isso. A própria Dilma já reconheceu que nem todos os demitidos são culpados. É preciso um fato jurídico relevante para que a PF investigue. Além disso, a Dilma não vai a lugar nenhum com um governo policial. O que ela precisa é de um novo articulador. Ela perdeu o Antônio Palocci, e nem a Gleisi Hoffmann ou a Ideli Salvatti são habilitadas para essa função. Falta um algodão entre cristais.

Istoé -

Recentemente, a Procuradoria-Geral da República apresentou seu parecer final sobre o mensalão, pedindo a condenação de 26 réus. O sr. acredita no julgamento?

Roberto Jefferson -

Penso que o processo está indo bem, apesar de o ministro-relator Joaquim Barbosa ter faltado muito e atrasado os trabalhos. Ele era o presidente do inquérito, mas faltava, faltava e faltava. Tanto que o STF se reuniu e falou para ele: “Volta a trabalhar ou fica no botequim.” Ele faltava com dor de coluna, mas aparecia no botequim. E depois botava a culpa no processo democrático da defesa. Mas acho que agora está chegando a bom termo. O procurador-geral Roberto Gurgel apresentou suas alegações finais e as defesas estão agora fazendo as suas. Vai ter muita gente condenada.

Istoé -

O sr. teme ser condenado?

Roberto Jefferson -

Me preocupo por causa do Zé Dirceu, pois fui cassado para satisfazer um acordo entre o PSDB e o PT. Eles precisavam dar uma cabeça de cada lado. Cometi um delito eleitoral ao fazer caixa 2? Sim, e nunca neguei isso. Mas me acusar de corrupção e lavagem de dinheiro não tem fundamento. O problema é que a condenação criminal é moral, e isso não aceito. Até porque eu avisei os ministros do Lula um ano antes. Falei com o Miro Teixeira, o Ciro Gomes, o Aldo Rebelo...

Istoé -

O sr. não deveria ter levado o caso ao Ministério Público, antes de levar ao governo?

Roberto Jefferson -

Tenho aversão ao Ministério Público. São uns burocratas que se acham mais do que os outros. É a turma do decoreba que quer botar o dedo no nariz do povo do Brasil. Há um sentimento hoje no MP de denunciar qualquer notícia, de destruir reputações. Todo promotor quer pendurar a cabeça de um político na sua coleção de troféus. Ajudei muito a construir esse modelo de Ministério Público que está aí, e me arrependo profundamente. Fizemos uma casa de fascistas.

Istoé -

Voltando ao caso do mensalão. O sr. espera um julgamento técnico no Supremo?

Roberto Jefferson -

Ah, espero sim. O problema é que tenho uma visão muito particular sobre o relator. Penso que ele não sentencia para o direito, mas joga para a galera. O Joaquim Barbosa não é um homem do Tribunal, ele quer aplauso em botequim. Ele se coloca acima dos demais ministros, como se fosse corregedor. Mas não acho que seja um grande jurista. Tenho para mim que foi para o STF na cota racial e não por notório saber jurídico. Quer ser político, atravesse a rua, inscreva-se num partido e vá disputar uma eleição. Fazer demagogia com sentença é golpe baixo.

Istoé -

O sr. acha que o Lula sai candidato em 2014?

Roberto Jefferson -

Penso que sim. E acho que a Dilma devia assumir isso. Dizer que não é candidata à reeleição e que seu compromisso é com a reforma eleitoral e a reforma tributária. Era uma maneira de ela se liberar dessas pressões pequenas, sem se render ao toma lá da cá da política.







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26/10/2008 free counters

Polícia Federal estaria investigando Andrés Sanchez, diz revista


Wendell Ferreira
FUTNET

O presidente do Corinthians Andrés Sanchez estaria sendo investigado pela Polícia Federal, de acordo com informações da revista 'Isto É'. Segundo a publicação, o presidente do clube paulista seria acusado de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro. Além disso, Sanchez teria benefícios pessoais na compra e venda de jogadores pelo Corinthians.

A revista lembra que Andrés Sanchez não tem ocupação fixa desde que assumiu o Corinthians e questiona o alto padrão de vida levado por Sanchez, ainda que ele não tenha renda fixa declarada. Segundo a matéria, o sigilo telefônico de Andrés teria sido quebrado. O presidente corintiano nega veementemente todas as acusações.

Empresários de futebol e conselheiros do clube teriam sido ouvidos em off e confirmado a existência da investigação policial, que corre em sigilo, de acordo com a revista, que lembra o relacionamento próximo entre Sanchez e Kia Joorabchian, investidor iraniano que teve participação no Corinthians entre 2004 e 2007.

Na marca do pênalti
Octávio Costa

As relações da presidente Dilma Rousseff com o poderoso chefão da CBF, Ricardo Teixeira, vão de mal a pior. Ao contrário do que acontecia no tempo de Lula, as personalidades e os perfis são bastante diferentes e não há nenhuma empatia entre os dois. Para piorar, Dilma não vê sentido no pequeno espaço que cabe à União nas decisões sobre a organização da Copa 2014, altamente concentradas nas mãos da CBF e da Fifa. A presidente costuma dizer que a participação do setor público deve ser compatível com os desembolsos do BNDES. A nomeação de Pelé, desafeto de Teixeira, como embaixador da Copa foi o primeiro recado do Planalto.




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26/10/2008 free counters

Andrés Sanchez desabafa contra "perseguição ao estádio"



Presidente do Corinthians diz que Brasil é país hipócrita e repete que projeto original não falava em Copa

Marcel Rizzo, iG São Paulo | 09/08/2011 21:44



Foto: Bruno Winckler Ampliar

Andrés Sanchez afirma que estádio pode sair mais barato

O presidente do Corinthians, Andés Sanchez, se mostrou bastante irritado com as críticas ao custo final do estádio do clube, em Itaquera (Zona Leste de São Paulo), a ser utilizado na Copa de 2014. Na noite desta terça-feira, durante a gravação do programa "Encontro de Craques", do canal Bandsports, André desabafou.

Entre para a Torcida Virtual do Corinthians e convide seus amigos

"A perseguição ao estádio do Corinthians está insuportável. Tudo agora é o estádio do Corinthians", bradou, irritado.

Orçada em R$ 820 milhões, a obra do "Fielzão" tem incentivo fiscal da Prefeitura de São Paulo, financiamento do BNDES e investimento de R$ 70 milhões do governo estadual para a construção de arquibancada móvel. "Nosso projeto original não falava em Copa. É natural que, como estádio da Copa, a obra receba mais investimentos", disse Andrés.


O dirigente corintiano deixou claro que considera os críticos do estádio hipócritas, causando embaraço em um dos convidados. "O Brasil é um país hipócrita. Aqui é proibido cassino, mas tem um monte de cassino clandestino e todo mundo sabe", disse, logo após entrevista de outro convidado do programa, um empresário ligado ao setor hoteleiro de Las Vegas (cidade americana famosa por seus cassinos).



Andrés sustenta que o "Fielzão" pode sair mais barato. "A imprensa está divulgando o valor errado. O correto é dizer que pode custar até R$ 820 milhões. Eu acho que não vai passar de R$ 750 milhões", afirmou, citando que os incentivos fiscais concedidos pela Prefeitura de São Paulo também podem variar entre R$ 320 milhões e R$ 450 milhões.







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26/10/2008 free counters

Estádio do Corinthians pode perder empréstimo do BNDES






Obra precisa de certificação de sustentabilidade e responsabilidade ambiental



O Itaquerão, estádio que o Corinthians está construindo na zona Leste de São Paulo para ser uma das sedes da Copa do Mundo, ainda não entrou com o pedido de certificação de sustentabilidade e responsabilidade ambiental da obra. A obtenção de um "selo verde" é obrigatória para se pleitear o empréstimo de R$ 400 milhões que o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social) tem disponível para financiar a obra.

Dos dez estádios que planejam contar com a linha de financiamento do banco estatal, apenas o do time paulista ainda não deu entrada com este pedido. Para Felipe Faria, gerente de relações institucionais do Green Building Council Brasil (GBC), grupo procurado pelas outras nove arenas para gerir o processo de certificação, a demora do Corinthians em dar início ao processo é preocupante. "O problema é que uma das condições para se obter o selo é a criação de um sistema de controle de proteção contra sedimentação e erosão do terreno, que deve ser implantado na fase de terraplenagem da obra", alerta.

Apesar de ainda faltar quatro meses para terminar o prazo dado pelo BNDES para que se dê entrada com o pedido, na avaliação de Faria, é o andamento da obra, e não o limite estabelecido por um banco, que deve ser levado em consideração para se avaliar que o Corinthians corre o risco de não obter a certificação.

Para a Copa de 2014, a Fifa incluiu metas de sustentabilidade em seu manual técnico para as obras. Neste documento, uma das recomendações feitas pela entidade máxima do futebol é a de que as arenas da Copa obtenham um certificado de sustentabilidade. A Fifa vai além, sugerindo até uma certificadora específica do mercado. Trata-se do USGBC (U.S. Green Building Council), representado no país pelo GBC. Este é um dos grupos que goza de maior prestígio no mercado de certificação ambiental. Entre as empresas brasileiras que já buscaram seu selo, estão Grupo Pão de Açúcar, Brasken e Unilever.

Seguindo a mesma lógica da Fifa, o BNDES colocou entre as condicionantes para liberar os créditos disponíveis em sua linha ProCopa Arenas (que tem um como teto de empréstimo para cada estádio da Copa 75% do orçamento da obra) a obtenção de um selo verde de certificação, sem recomendação específica de uma certificadora ou outra, porém. Ainda assim, até agora, as nove das 12 arenas da Copa que já entraram com um pedido de certificação o fizeram junto ao GBC Brasil. São elas: Brasília, Cuiabá, Belo Horizonte, Manaus, Natal, Fortaleza, Salvador, Rio de Janeiro e Recife. Além delas, a arena do Grêmio-RS, que vem sendo construída sobre o estádio Olímpico, também já entrou com o pedido de certificação.

Itaquerão, Arena da Baixada (PR) e Beira-Rio (RS) não entraram com o pedido. Os dois últimos são estádios particulares que pertencem ao Atlético-PR e ao Internacional, respectivamente. Os dois clubes anunciaram não ter certeza se pleitearão os recursos disponíveis no BNDES.

Já o Corinthians, que colocou na engenharia financeira do Itaquerão o dinheiro do banco estatal, afirma que ainda tem tempo para entrar com o pedido pelo selo verde, e que espera as obras avançarem um pouco mais para fazê-lo. Até agora, 5% da obra do Itaquerão está concluída.

De acordo com a GBC, o certificado somente é concedido após o término da obra e início da operação da edificação. O BNDES, porém, já libera 20% do empréstimo se a obra simplesmente estiver inscrita no processo de certificação. Para obter o selo, o empreendedor deve ater-se a práticas de construção sustentável nas áreas de eficiência energética, localização, uso racional da água, materiais com baixo impacto ambiental e qualidade ambiental interna.

Há o custo de US$ 1.200 para registrar o projeto. Depois, há o pagamento de duas taxas relacionadas com a análise e a revisão dos projetos e, posteriormente, a análise e revisão da construção. Essas taxas variam conforme a área do empreendimento. Empreendimentos com menos de 5 mil m² pagam uma taxa total de US$ 3 mil. A taxa total é aumentada de US$ 0,6459 a cada metro quadrado até o máximo de 50 mil m², onde a taxa total é de US$ 30 mil. Acima de 50 mil m² a taxa continua no valor total de US$ 30 mil.


LAST

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26/10/2008 free counters

75 milhões em contratos : Sabesp paga firma de marido de assessora


  • 9 de agosto de 2011 |
  • 23h00 |

FABIO LEITE
FABIO SERAPIÃO
Uma consultoria de engenharia do marido de uma assessora de diretoria da Sabesp assinou ao menos R$ 75 milhões em contratos – diretos ou por meio de consórcios – com a estatal nos últimos quatro anos. Especializada em recursos hídricos, a Companhia Brasileira de Projetos e Empreendimentos (Cobrape) tem como sócio o engenheiro Alceu Bittencourt, que é casado com Marisa de Oliveira Guimarães.

Funcionária da Sabesp desde 1985, Marisa assessora hoje o diretor de Tecnologia, Empreendimentos e Meio Ambiente da Sabesp, Marcelo Salles. Antes de ocupar o cargo na estatal, ela foi coordenadora da Secretaria Estadual de Saneamento no governo José Serra/Alberto Goldman (PSDB). A passagem pela pasta foi na gestão de Dilma Pena, atual presidente da Sabesp. Marisa retornou à empresa do governo no mês passado.

Tanto a Cobrape como a estatal negam qualquer conflito de interesse na relação entre a assessora e seu marido empresário. Para a Sabesp, os contratos firmados não sofreram qualquer ingerência de Marisa. Já a Cobrape afirma que, quando iniciou seus trabalhos no setor de saneamento, em 1988, a esposa de Bittencourt já era funcionária de carreira da companhia (leia abaixo).

Além dos negócios com a Sabesp, a Cobrape também mantém parcerias com a ex-empresa do atual chefe de Marisa, Marcelo Salles. Entre 2004 e 2007, Salles foi sócio da Estudos Técnicos e Projetos Etep Ltda. Desde 2008, Cobrape e Etep já se uniram em quatro consórcios que ganharam R$ 13 milhões em contratos da Sabesp.
Aumento dos contratos

Especializada em estudos e consultoria em saneamento, a Etep é mais uma empresa que viu seus contratos prosperarem após um de seus ex-diretores assumir um cargo na Sabesp. Enquanto Salles foi sócio da consultoria, ela firmou R$8,1 milhões em contratos – de forma direta ou por meio de consórcios – com a Sabesp. Já entre 2007 e 2010, quando ele já estava nomeado diretor da companhia, a Etep viu esse montante saltar para R$185,4 milhões, um aumento superior a 2.000%.

O maior dos contratos da Etep, no valor de R$ 97 milhões, é em um consórcio com outras três empresas (Concremat, JNS e Logos) para gerenciamento da 3ª etapa do programa de despoluição do Rio Tietê, assinado em 2010.

Outros casos
Conforme o Jornal da Tarde revelou nas últimas semanas, o caso de Salles não é único. Outros dois ex-dirigentes da Sabesp, Umberto Semeghini e Nilton Seuaciuc, viram os contratos de suas empresas – Gerentec e Vitalux, respectivamente – com a estatal aumentarem no período em que eles trabalharam na companhia. A única diferença é que, ao contrário de Semeghini e Seuaciuc, que deixaram a Sabesp este ano e retornaram a suas empresas, Salles permanece na estatal.

Outro lado

Questionada sobre as relações de sua funcionária Marisa de Oliveira Guimarães com a empresa de seu marido – Cobrape –, a Sabesp informou que “não há qualquer conflito de interesse” nas funções exercidas por ela.

Por meio de uma nota enviada por sua assessoria de imprensa, a Sabesp afirmou que a inexistência de tais conflitos é garantida pelo fato de Marisa ter assinado uma “declaração nos termos da lei societária” e, como funcionária pública de carreira, entregar, anualmente, a declaração de imposto de renda à empresa.

Ainda na nota, a Sabesp afirma repudiar qualquer tentativa “de associar funcionários da companhia com atos irregulares”. Sobre os contratos com a Cobrape, a estatal informa que todos “foram celebrados obedecendo estritamente a lei de licitação ”.

Sobre a relação de seu diretor, Marcelo Salles, com a Etep, a Sabesp ressaltou que “antes de ser contratado, em 2007, ele assinou uma declaração de desimpedimento nos termos previstos na legislação societária”.

Empresas
Também por meio de uma nota, a Cobrape negou qualquer tipo de irregularidade ao afirmar que em “nenhum momento participou de licitações sob responsabilidade da Sra. Marisa de Oliveira Guimarães”.

O Jornal da Tarde entrou em contato com a Etep por telefone e, conforme solicitado pela empresa, enviou e-mail. Mas, até o fechamento desta edição, às 21h30, a consultoria não havia enviado as respostas.







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26/10/2008 free counters

Itaquerão terá entre os operários ex-prisioneiros




  • 9 de agosto de 2011 |
  • 20h08 |

Entre os operários que trabalharão na construção do novo estádio do Corinthians estarão egressos do sistema prisional, que podem chegar a 240 nomes. A notícia foi divulgada nesta terça-feira, 9, após reunião entre o presidente do Corinthians, Andrés Sanches, representantes do Tribunal de Justiça de São Paulo e da Administração Penitenciária (SAP).

A iniciativa partiu da Cooregedoria Geral da Justiça, e está de acordo com as diretrizes traçadas pelo programas “Pró-egresso”, da Secretaria da Administração Penitenciaria e “Começar de Novo”, do Conselho Nacional de Justiça. Hoje foi realizada a segunda reunião sobre o assunto.

A primeira aconteceu há pouco menos de um mês, quando o presidente corintiano mostrou-se entusiasmado com a ideia e recebeu a lista com os 240 nomes indicados, segundo o TJ. Os indicados estão sendo entrevistados pela Odebrecht, construtora responsável pela obra.

Andrés Sanches teria sinalizado na reunião desta terça-feira a possibilidade de contratação de mais 30 sentenciados que estejam cumprindo pena no regime semi-aberto para trabalhar na construção do estádio.

Marcela Bourroul Gonsalves






LAST

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26/10/2008 free counters

Sean Goldman : Empresas brasileiras estão perdendo negócios nos EUA


Atraso de seis meses na renovação do Sistema Geral de Preferências (SGP) provoca queda de até 97% nas exportações para os americanos
As empresas brasileiras já começam a perder negócios por causa do atraso na renovação do Sistema Geral de Preferências (SGP) dos Estados Unidos. Com a agenda do Congresso americano cada vez mais complicada, o SGP – que reduz tarifas de importação para alguns produtos dos países em desenvolvimento – expirou no final de 2010 e até agora não foi renovado.
Levantamento feito pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e pela Coalizão da Indústria Brasileira (BIC, da sigla em inglês) em Washington aponta queda expressiva nas exportações de pelo menos sete categorias de produtos que utilizam o SGP. Os porcentuais variam entre 18% e 97%.
No primeiro semestre comparado com janeiro a junho de 2010, as exportações de máquinas elétricas para os americanos caíram 27%, passando de US$ 127 milhões para US$ 93 milhões. Os embarques de madeira e artigos de madeira cederam 43%, de US$ 54 milhões para US$ 30 milhões. Em autopeças e equipamentos de transporte, a perda chegou a 97%, de US$ 15 milhões para apenas US$ 500 mil.
“Apesar de ter perdido importância relativa, o SGP é um instrumento importante para ajudar a equilibrar a balança com os Estados Unidos que hoje é fortemente deficitária”, disse Welber Barral, presidente do BIC e ex-secretário de Comércio Exterior. De janeiro a junho, o Brasil acumula déficit de US$ 4 bilhões com os EUA. Em 2010, o saldo negativo foi de US$ 7,7 bilhões.
“Com o câmbio atual, qualquer benefício é importante”, diz Mário Marconini, diretor de relações internacionais da Fiesp. Ele explica que, sem o SGP, as multinacionais deixam de atender os EUA pelo Brasil e passam a exportar da China ou México. “Boa parte dos benefícios do SGP é usufruido por empresas americanas no Brasil”.
O SGP existe desde 1974, mas se trata de um benefício unilateral que os EUA podem revogar a qualquer momento. Em 1997, quase 25% das exportações brasileiras para o mercado americano eram feitas via SGP. Em 2010, foram apenas 9,1%.
Nos últimos anos, os americanos tem discutido a exclusão do Brasil do SGP, argumentando que o País não pode mais ser considerado “em desenvolvimento”. A União Europeia já informou que vai retirar o Brasil do seu SGP por esse motivo.
O benefício, no entanto, também se transforma em instrumento de barganha. Os EUA já ameaçaram excluir o Brasil por causa de sua briga contra os subsídios agrícolas e até por causa do caso do garoto Sean Goldman (o pai americano disputou a guarda com a família da mãe brasileira, que faleceu). Os europeus usam o SGP para pressionar o Brasil a aceitar um acordo de livre comércio UE-Mercosul.
Batalha. Segundo Barral, o setor privado se prepara para uma batalha de convencimento dos congressitas americanos no segundo semestre, já que a agenda hoje está travada pela discussão do limite de endividamento dos EUA. Existe um pré-acordo no Congresso para renovar o SGP até 2013, mas a proposta está em análise pela Casa Branca.
O temor é que a renovação do SGP fique atrelada a outras discussões , como compensar as empresas americanas por eventuais aberturas comerciais. “Todo ano é a mais ladainha. Mas esperamos que a renovação do SGP ocorra em breve e seja retroativa”, disse Mário Branco, gerente de comércio exterior da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee).
exportnews.

 Sean Goldman: Brazilian companies are losing business in the U.S.

 

Six-month delay in the renewal of the Generalized System of Preferences (GSP) causes up to 97% drop in exports to the U.S.

Brazilian companies are starting to lose business because of delay in renewal of the Generalized System of Preferences (GSP) of the United States. With the agenda of Congress increasingly complicated, the SGP - which reduces import tariffs for some products in developing countries - expired in 2010 and so far has not been renewed.A survey conducted by the Federation of Industries of São Paulo (Fiesp) and the Brazilian Industry Coalition (BIC, the acronym in English) in Washington shows a significant drop in exports of at least seven categories of products that use the GSP. The percentages vary between 18% and 97%.In the first half compared with January-June 2010, exports of electrical machinery to the U.S. fell 27%, from U.S. $ 127 million to $ 93 million. Shipments of wood and wood articles yielded 43%, from U.S. $ 54 million to $ 30 million. In auto parts and transport equipment, the loss reached 97%, from U.S. $ 15 million to just $ 500,000."Despite losing relative importance, the GSP is an important tool to help balance the scales with the United States today is in deep deficit," said Barral, president of BIC and former Secretary of Foreign Trade. From January to June, Brazil accumulated a deficit of U.S. $ 4 billion with the U.S.. In 2010, the deficit was $ 7.7 billion."With the current exchange rate, any benefit is important," says Mario Marconini, director of international relations Fiesp. He explains that without the GSP, multinationals fail to meet the U.S. from Brazil and began exporting from China or Mexico. "Many of the benefits of the GSP is enjoyed by U.S. companies in Brazil."The SGP has existed since 1974, but it is a benefit that the U.S. can unilaterally withdraw at any time. In 1997, almost 25% of Brazilian exports to the U.S. market were made via the GSP. In 2010, there were only 9.1%.In recent years, Americans have discussed the exclusion of Brazil from the GSP, arguing that the country can no longer be considered "in development". The European Union has said it will remove Brazil from its GSP for that reason.The benefit, however, also becomes a bargaining tool. The U.S. has threatened to exclude Brazil because of his fight against farm subsidies, even if because of the boy Sean Goldman (the American father played guard with the family of a Brazilian mother, who died). Europeans use the GSP to press Brazil to accept a free trade agreement EU-Mercosur.Battle. According to Barral, the private sector is preparing for a battle to convince the American Congressman in the second half, as the agenda today is locked by the discussion of the U.S. debt limit. There is a pre-agreement in Congress to renew the GSP by 2013, but the proposal is under review by the White House.The fear is that the renewal of the GSP be linked to other discussions, how to compensate U.S. companies for any commercial openings. "Every year is the litany. But we hope that the renewal of the GSP to occur soon and be back ", said Mario White, manager of foreign trade of the Brazilian Association of Electrical and Electronics Industry (Abinee).exportnews.

Caso de Sean Goldman será levado ao Plenário do STF

29 de novembro de 2011 | 21h 19


AE - Agência Estado
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu hoje levar ao Plenário da Corte o julgamento dos processos do caso do menino Sean Goldman. Ainda não há data prevista para o julgamento.
Silvana Bianchi, avó do menino, solicita nos pedidos de habeas corpus que seja suspensa decisão do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), que determinou a entrega de Sean ao seu pai biológico, David Goldman, que mora dos Estados Unidos. Ela quer que o menino seja ouvido sobre sua vontade de ficar no Brasil, com sua família brasileira.
Em dezembro de 2009, o relator do habeas corpus, ministro Marco Aurélio, concedeu liminar para suspender a decisão do TRF-2. A decisão, contudo, foi reformada pelo então presidente do STF, ministro Gilmar Mendes, que, ao analisar dois Mandados de Segurança, dias depois, suspendeu a decisão do ministro Marco Aurélio.








LEMBRANÇAS
Da esq. para a direita: Sean com a mãe e o padrasto em uma festa de capoeira, em 2008; na Bahia, em 2007; e ao ganhar um skate no Natal

Fotos: Álbum de família
ÁLBUM
Da esq. para a direita: Sean com a mãe em Bariloche, em 2007; pequeno ainda em Nova Jersey, com o pai biológico, em 2002; e com a irmã, Chiara, de 6 meses, no Réveillon de Búzios, no ano passado
A partir de então, David Goldman sumiu, conta a família brasileira de Sean, os Bianchis. E só reapareceu cerca de dez dias depois da morte de Bruna, na entrada do condomínio do Rio, com uma equipe da rede de televisão americana NBC, agentes da Polícia Federal brasileira e funcionários do consulado americano. Os policiais mandaram a portaria não avisar nada e subiram ao apartamento da avó de Sean, que os recebeu de robe às 8 horas da manhã. Os agentes da PF revistaram embaixo da cama, atrás das cortinas, por toda parte, em busca do garoto. Mas era feriado, e ele estava em Angra dos Reis, no litoral fluminense, com o padrasto e amigos. A família ainda vivia o luto recente pela morte de Bruna.
“Eu não existi durante cinco anos e, de repente, virei o vilão da história”, diz João Paulo. Por ser advogado especializado em Direito de Família, João Paulo acha que o pai biológico de Sean deveria ser grato a ele por ter tratado tão bem do menino – por ter se comportado como pai, e não como o padrasto das histórias de carochinha. “Para mim, o importante é o bem-estar de Sean, acima de tudo. Se algo parecido tivesse acontecido comigo, se minha mulher viajasse para outro Estado, outro país, levasse nossa Chiara e não quisesse voltar, eu pensaria em primeiro lugar no bem-estar, na felicidade da minha filha. Não deixaria de vê-la durante quatro, cinco, dez anos, apenas para obedecer às recomendações de meus advogados. Não conseguiria. Nessas horas, o amor verdadeiro pesa mais que tudo.” Acha inacreditável que ele hoje leve a culpa pela omissão de David.
João Paulo ganhou a guarda de Sean no ano passado, após a morte da mulher, com base no argumento da “paternidade socioafetiva”. Diz-se que a obteve em tempo recorde porque sua família, Lins e Silva, é influente no meio. João Paulo responde que a Justiça brasileira entende quando o caso tem urgência – e, após a morte da mãe, Sean não poderia ficar “com guarda desassistida”. O padrasto acredita que, caso David tivesse ao longo de todos estes anos mantido o vínculo com Sean, talvez o menino agora quisesse ir morar nos Estados Unidos. Mas David trocou, diz ele, a possibilidade de uma relação parcial com o filho por uma queda de braço judicial: ou tudo ou nada.
No início de fevereiro, João Paulo – agora ele próprio acusado de sequestro pela União, ou seja, pelo Brasil, em processo que cita novamente a Convenção de Haia – cancelou os dois primeiros dias de aula de Sean para que pudesse ver e se encontrar com seu pai biológico. Foram dois dias inteiros de conversas, com intérprete, em companhia de um deputado americano, funcionários do consulado dos Estados Unidos e equipes de jornalistas de TV americanos. Todos na piscina do condomínio.
“Não olho para Sean e digo que ele é ‘meu’. Propriedades são casas, carros, não crianças”, diz João Paulo. “Somos pai e filho porque paternidade se conquista, se faz por merecer. Eu conheci a mãe dele seis meses depois da separação, e sempre disse ao Sean que, se quisesse me chamar de pai, eu sentiria orgulho, mas que ele se lembrasse sempre de que havia o pai biológico, David. Por isso ele era uma criança diferente. Mas era melhor ter dois pais do que nenhum. Se Sean quiser voltar para os Estados Unidos, o desejo dele será respeitado. Se, adolescente, quiser viajar para lá e ficar, assim será feito. O mais importante para mim é o bem-estar do Sean. É a felicidade dele, seu equilíbrio”.
É consenso, entre a família, que Sean só tem conseguido superar a perda da mãe porque se apoia na avó, que o trata como o filho caçula e o cerca de carinhos e cuidados, sempre por perto. Segundo os parentes brasileiros, a psicóloga teme um corte abrupto na vida de Sean, que ainda não se recuperou de sua própria tragédia. Ele se veria órfão não apenas de mãe, mas de todas as referências que construiu, e poderia “sair quebrando tudo”, teria dito a psicóloga de Sean. É impressionante a dimensão que o caso Sean adquiriu nos Estados Unidos, em meio a mais de mil casos semelhantes de disputas entre cônjuges de várias nacionalidades e americanos. ÉPOCA escutou, na casa da família, na quinta-feira passada, a gravação de um telefonema ameaçador para a casa de Helvécio Ribeiro, tio de Bruna Bianchi, logo depois de ele ser entrevistado no canal americano de notícias CNN por Larry King, um dos programas de TV de maior audiência nos EUA. O pai biológico americano tinha sido a estrela do show. A voz era ameaçadora. A gravação diz, em inglês: “You think that we Americans are stupid. You think you can come here and steal our kids. We know who you are. We know where you live. And you will pay for it, your family will pay for it wherever you are” (“Você pensa que nós, americanos, somos estúpidos. Você pensa que pode vir aqui e roubar nossas crianças. Nós sabemos quem você é e onde mora. E você vai pagar por isso, sua família vai pagar por isso, onde quer que estejam.”)
Parentes de Sean contam que receberam e-mails agressivos. O tio Luca, ídolo do menino, é atacado por comunidades de americanos na internet, que o chamam de “ator pornô e gay”,e dizem: “Viu o carma que atingiu sua irmã? Cuidado”. Isso acontece quase todos os dias. A família Lins e Silva também se sente objeto de uma campanha de desmoralizacão. João Paulo é acusado de ter sido amante de Bruna quando ela ainda estava casada com David e de ter atuado como seu advogado. Essa histeria não ajuda em nada o pleito do pai biológico de Sean: o menino já começa a achar os americanos loucos, porque odeiam e atacam as pessoas que cuidam dele, as pessoas que mais o amam.
Para a maioria das crianças e jovens, ter dupla cidadania é uma vantagem competitiva num mundo globalizado. Para Sean, por enquanto, não passa de um pesadelo. É um lembrete de que, numa hora qualquer, ele precisará escolher com quem e onde deseja viver. Adultos que ele nunca viu na vida podem acabar escolhendo por ele seu destino. É uma criança, mas o transformaram numa bandeira.





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26/10/2008 free counters

FBI Searches for Missing 3-Year-Old $45,000 Reward Offered

$45,000 Reward Offered in Search for Missing Missouri Girl

Published August 09, 2011

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A total of $45,000 in reward money is being offered in the search for a 3-year-old southeast Missouri girl missing since Saturday.

The FBI is offering $25,000, and the Senath Marshal's office is offering $20,000 in the effort to find BreeAnn Rodriguez. She was riding a small bicycle with training wheels in front of her Senath home on Saturday when she disappeared. Police say neighbors did not see anyone suspicious.

The 30-pound girl was wearing a pink top, and pink and purple pants. At least 200 people searched for her over the weekend, joining police from several agencies, the Missouri State Highway Patrol and the FBI.

An Amber Alert was not issued for the girl and police do not know whether she wandered off or was kidnapped.

Police Chief Omar Karnes said the girl lives on a dead-end street and that none of her neighbors saw any suspicious vehicles.

"She was there (then) she was gone," Karnes said. "There is nothing. No trace. We don't have any trail."

Police questioned a person of interest Saturday, but that person has been ruled out as a suspect, Karnes said.

"We're working 24 hours a day until we find her," FBI agent Matt Brummund told KFVS-TV. FBI spokeswoman Rebecca Wu said the agency immediately gets involved when children of a "tender age" go missing for no apparent reason.

"The first hours are very critical," Wu said.

The child's father, Edgar Rodriguez, described her as very friendly but said she would never ride her bike away from the street where the family lives.

Senath is a town of about 1,600 residents in Dunklin County, about 150 miles south of St. Louis.


Click here for more on the disappearance of BreeAnn Rodriguez from Fox2Now.com






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26/10/2008 free counters

Ideli diz a PMDB que Cardozo não tem de antecipar operação da PF


Ministra das Relações Institucionais é cobrada durante reunião com bancada do Senado e sai em defesa de colega da Justiça

Adriano Ceolin, iG Brasília | 09/08/2011 19:34


Foto: Agência Brasil Ampliar

A ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, foi cobrada em reunião no Senado

Cobrada pelo PMDB sobre a operação da Polícia Federal que prendeu integrantes do Ministério do Turismo indicados pelo partido, a ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) disse que a entidade tem de agir de forma "republicana e independente". Ressaltou também que o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, não é obrigado a antecipar informações sobre ações da polícia, segundo o iG apurou.

Ideli foi questionada sobre o assunto durante reunião com a bancada do PMDB no Senado na tarde desta terça-feira. Setores do partido ficaram irritados com a ação que prendeu o secretário-executivo da pasta, Frederico Costa, e o secretário nacional de Programas de Desenvolvimento do Turismo, Colbert Martins. Os dois foram indicados pela sigla. Colbert já exerceu três mandatos pelo PMDB da Bahia.


Segundo a reportagem apurou, a cobrança sobre a operação da PF foi o momento mais tenso da reunião. O senador Roberto Requião (PMDB-PR) foi quem abordou o assunto, tentando contradizer a informação inicial de que o governo também havia sido surpreendido pelas prisões. Mais cedo a própria Ideli havia sido que a Presidência da República não havia sido informada previamente.
O senador paranaense afirmou que “seria impossível” o ministro da Justiça não saber da operação da PF. A ministra das Relações Institucionais saiu em defesa de Cardozo. Disse que o ministro tem obrigação de preservar informações estratégicas, sobretudo quando se referem a cumprimento de medidas judiciais. Cerca de 13 peemedebistas estavam presentes na sala quando o diálogo ocorreu.

O secretário-executivo do Ministério do Turismo, Frederico Costa, foi indicado pelo líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN). Mais cedo ele também classificou como exagero as ações da PF no Turismo. Ele também saiu em defesa do secretário Colbert Martins, lembrando que ele está há apenas dois meses no cargo. Extraoficialmente, as reclamações da base foram ainda maiores.








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26/10/2008 free counters

Dilma soube das prisões no Turismo um dia antes





Clima de tensão se instalou no Planalto com a informação de que um petista seria preso na terça-feira. Aliados do PMDB não foram avisados


Luciana Marques, de

Antonio Cruz/ABr

Dilma fala sobre crise econômica

Dilma: "É a segunda vez que a crise afeta o mundo e pela segunda vez o Brasil não treme

São Paulo - Causou estranheza a declaração do diretor da Polícia Federal, Paulo de Tarso Teixeira, de que a presidente Dilma Rousseff só ficou sabendo da devassa no Ministério dos Turismo quando os policiais já cumpriam os mandados de prisão, na manhã desta terça-feira. É praxe que operações da PF que envolvem integrantes do alto escalão entre os investigados sejam de conhecimento da alta chefia da corporação, a cargo do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Este, por sua vez, costuma avisar o presidente do que vem pela frente. A Operação Voucher parece ter fugido à regra. Só parece.


O fato é que Dilma soube na segunda-feira da operação que seria deflagrada hoje. Uma fonte próxima à presidente afirma que ela teve conhecimento sobre as prisões de petistas e peemedebistas. Dilma demonstrou, aliás, preocupação com a prisão do ex-presidente da Embratur, Mário Moyses, que é do PT. A presidente questionou se não haveria possibilidade de reverter da situação. Recebeu um “não” como resposta, já que a ordem judicial já havia sido expedida. Criou-se então um clima de tensão no Palácio do Planalto. Não há notícias de que ela tenha tentado salvar a pele de nenhum peemedebista.

Na manhã desta terça-feira, por volta de 8 horas, Dilma recebeu uma ligação da ministra da Secretaria de Comunicação, Helena Chagas. A ministra tinha a intenção de comunicar a presidente sobre a ação da PF naquela manhã. Dilma, no entanto, já sabia de tudo. Oficialmente, nem o Planalto, nem o Ministério da Justiça confirmam que a presidente recebeu a informação antecipada. O ministro da pasta, José Eduardo Cardozo, confirma apenas, por meio de sua assessoria, que fez ligações de manhã cedo para avisar aos mais próximos sobre a operação.

Ninguém da cúpula do PMDB, maior aliado do governo federal, foi avisado sobre a ação da PF com antecedência. Em reunião com a bancada do partido no Senado, a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, tentou acalmar os ânimos: negou que Dilma e Cardozo tenham sabido das prisões com antecedência. “Eles ficaram perplexos”, contemporizou Ideli aos aliados.

Os desdobramentos do caso não atingiriam apenas o PMDB, mas também PT. Muitos dos presos, aliás, ocupavam os postos antes da gestão do ministro Pedro Novais. É o caso do secretário-executivo da pasta, Frederico Silva da Costa. Ele foi subordinado da senadora Marta Suplicy (PT), quando ela comandou o Ministério do Turismo no governo anterior. O petista Moyses é ligado à senadora.


09/08/2011 21:51

Posição de ministros durante a comissão geral repercute na Câmara

As declarações do ministro da Fazenda, Guido Mantega, e da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, durante a comissão geral realizada nesta terça-feira, repercutiram na Câmara. O presidente da Casa, Marco Maia, disse ter entendido o recado de que há uma preocupação do governo quanto ao aumento de gastos, em função da crise econômica internacional.

"O momento é muito delicado e temos que tratar este momento com a responsabilidade que nos é colocada pelo próprio momento”, disse o presidente. “De fato, nós temos que discutir com muita cautela todas as medidas que possam resultar em algum tipo de aumento de gastos ou algum tipo de dificuldades para se manter o controle da inflação, o controle dos gastos públicos."

Segundo o líder do governo, deputado Candido Vaccarezza (PT-SP), a contenção de gastos proposta pelo ministro Guido Mantega não atinge o crescimento do País, mas o líder não descartou medidas como cortes nos reajustes de servidores.

"Estamos cuidadosos em não promover nenhum gasto desnecessário. Mas não vamos comprometer investimentos e a convicção que nós temos é que o Brasil tem força e pode enfrentar essa crise internacional. A crise é deles, não é do Brasil. Então, nós não vamos pisar no freio da economia”, disse Vaccarezza. “ Eu acho que tem uma dificuldade em relação ao pedido do Judiciário. Já existe um repasse do governo federal para o Judiciário. Na realidade, um reajuste significaria um aumento desse repasse."

Medidas insuficientes
Já a oposição considerou insuficientes as medidas anunciadas pelo governo para enfrentar a crise econômica. É o que pensa o líder do DEM, deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (BA). "Não atingem os pontos principais de dinamização industrial, de aumento do poder competitivo da indústria nacional e, sobretudo, investir em capital humano. O Brasil tem que se tornar a sociedade do conhecimento, a sociedade do saber e isso tudo só se faz com investimento em capital humano."

O líder do PSDB, deputado Duarte Nogueira (SP), aponta a atual crise política no governo como um dos entraves ao crescimento do País. "A crise política que o governo atravessa paralisa os investimentos. Os investimentos têm sido menores que no ano passado, com dois fatores muito ruins: inflação mais alta, uma economia indexada, uma memória inflacionária ainda presente e altas taxas de juros, o que inviabiliza, a médio prazo, o custo financeiro de novos investimentos."

Nogueira cobrou mais fiscalização permanente para que haja uma investigação profunda quanto às recentes denúncias sobre irregularidades em vários ministérios.















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26/10/2008 free counters

MP-SP não quer que leitos sejam destinados aos planos de saúde



Promotoria entrou na justiça para impedir que 25% dos leitos dos hospitais públicos sejam usados por convênios particulares


Marcela Bourroul Gonsalves, da

VEJA SP

Atendimento em Hospital Público de São Paulo

Atendimento em Hospital Público de São Paulo: MP teme queda de leitos

São Paulo - A Promotoria de Justiça de Direitos Humanos de São Paulo ajuizou hoje ação civil pública para impedir a entrega de 25% dos leitos de hospitais públicos estaduais, gerenciados por organizações sociais, para particulares e planos de saúde. A possibilidade de que estabelecimentos públicos de saúde reservem até 25% de sua capacidade operacional para atender pacientes usuários do sistema privado e conveniado foi instituída por uma lei de 27 de dezembro de 2010, regulamentada no último dia 6 de julho.


Para os promotores, porém, "se a medida for implementada haverá uma situação aflitiva na saúde pública do Estado, uma vez que os dependentes do SUS (Sistema Único de Saúde) perderão 25% dos leitos públicos dos hospitais estaduais de alta complexidade, que já são, notoriamente, insuficientes para o atendimento da demanda de nossa população".

A Promotoria também argumenta que o Conselho Nacional de Saúde, órgão encarregado de traçar as políticas públicas na área de saúde, se manifestou contra a entrega de leitos públicos para particulares e planos de saúde.







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26/10/2008 free counters

Veja onde achar médico de graça fora do SUS



DIÁRIO traz lista de universidades que oferecem exames, consultas e tratamentos clínicos gratuitos e sem filas

Fabio Pagotto e Regiane Soares von Altzingen
DIÁRIO SP


Que as filas do SUS (Sistema Único de Saúde) estão lotadas, todo usuário sabe. Segundo estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) de 2009, as filas são o principal problema para 66,94% dos entrevistados, enquanto que 41,38% reclamam também da demora nas consultas, 14,43% nos exames, 7,52% nas internações e 3,61% se queixam de demora em outros procedimentos.

Além das filas, o doente que busca o SUS se depara com a baixa qualidade. O promotor titular da Vara de Defesa da Saúde , Jairo Bisol, afirmou que há excesso de ações na Justiça provenientes da área. "A produtividade no SUS é alta, o que não se pode dizer da qualidade, que precisa melhorar", afirmou o promotor, durante debate sobre saúde e a situação do sistema público de saúde, na Rádio Nacional.

foto: Reinaldo Canato / Diário SP
O comerciante Márcio Yokio há 7 anos luta contra a distrofia muscular. Ele faz fisioterapia gratuitamente na Universidade São Judas Tadeu. ?Meus médicos elogiam o tratamento dado aqui?, disse Yokio.


Alternativa /Para fugir do SUS e mesmo assim ter acesso a serviços médicos gratuitos, há uma opção. São os atendimentos realizados por universitários, sob orientação de seus professores. O DIÁRIO pesquisou seis universidades que oferecem ambulatórios, consultórios e laboratórios de especialidades diversas. São serviços gratuitos de odontologia, psicologia, pediatria, fonoaudiologia, nutrição, farmácia e fisioterapia, entre outros.

Porém, para ter acesso à maioria dos serviços, é preciso entrar em contato com as instituições, marcar horário e passar por triagem. Quem usa os serviços gosta e garante que são melhores do que os do SUS.

O diretor do Departamento de Ciências da Saúde da Uninove (Universidade Nove de Julho), o farmacêutico Willian Silvestre, afirma que o serviço gratuito é ótimo para os alunos e para quem se utiliza dele. "Do ponto de vista didático é excelente. E o aluno tem contato com quem mais precisa e muitas vezes não têm recursos para um tratamento médico", afirmou Willian, que também é professor da universidade.

"O aluno que esteja no momento de passar por estágio, nos últimos anos, é sempre supervisionado de perto por um de seus professores", explicou Silvestre. De acordo com o diretor, outra marca do atendimento gratuito na instituição é a atenção individual aos pacientes. "Apesar da grande demanda por vagas, fazemos questão de atender com cuidado redobrado. Temos uma tradição de tratamento humanizado", falou Willian.

Clique e veja lista de universidades abaixo:


Médicos divulgam hoje lista de planos vetados

A Associação Paulista de Medicina informa nesta quarta-feira a nova lista de planos de saúde que sofrerão boicote de atendimento por parte dos profissionais de medicina a partir do dia 1 de setembro. Segundo a associação, a suspensão ocorrerá por três dias. Os médicos reclamam do baixo valor pago pelas operadoras dos planos.






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26/10/2008 free counters

incompetência absoluta : Médicos brasileiros levam dois anos para identificar câncer


No Brasil, apenas 5% dos casos são diagnosticados no início da doença. Foto: Getty Images

No Brasil, apenas 5% dos casos são diagnosticados no início da doença
Foto: Getty Images


Thaís Sabino

O mieloma - câncer na medula óssea - leva cerca de dois anos para ser diagnosticado no Brasil. De acordo com a professora de hematologia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, Vânia Hungria, um dos sintomas da doença é a dor lombar, com isso os pacientes procuram ortopedistas que acabam receitando anti-inflamatórios e outros tratamentos, sem investigar a real causa das dores. "Nos Estados Unidos, cerca de 30% dos diagnóticos são feitos no início da doença. No Brasil, este número soma menos de 5%", compara Vânia.

De acordo com a médica espanhola especialista em câncer hematólógico, Maria-Victoria Mateos, o mieloma não é uma doença de alta incidência, atinge cerca de cinco a cada um milhão de europeus, no entanto, se não é tratado no início, mata rapidamente. "A produção das células plasmáticas tumorais dentro da medula óssea causa anemia - que aparece em 80% dos pacientes, - lesões ósseas - sintoma de 90% dos doentes -, insuficiência renal e imunodeficiência", enumerou Maria-Victoria.

A doença atinge, principalmente, pessoas com mais de 60 anos, o que, de acordo com a especialista espanhola, dificulta ainda mais o diagnóstico, pois o médico pode ligar a dor lombar à idade avançada. "A chave para identificar a doença no início é o médico de atendimento primário, no caso o ortopedista, pensar na possibilidade do mieloma, se existe uma dor lombar não controlável e sem causa concreta", explicou a médica.

Apesar da demora dos médicos brasileiros para descobrir a doença, o mieloma pode ser detectado em um simples exame de sangue, a eletroforese de proteína. "Nas radiografias também é possível ver as lesões e fissuras ósseas no crânio e coluna", explicou Maria-Victoria. Uma vez que existem sintomas, é feito o exame na medula óssea para comprovar o câncer. Para a espanhola, falta os profissionais que recebem o paciente com dores nos ossos, não só os do Brasil, mas no mundo todo, serem instruídos sobre os sintomas, causas e o que é o mieloma.

Tratamento e sobrevida
"Ainda que detectada precocemente, o mieloma não tem cura", afirmou Maria-Victoria. O tratamento se consiste em garantir qualidade de vida ao paciente. Segundo a médica Vânia Hungria, quando o câncer é descoberto após dois anos, como acontece com frequência no Brasil, a pessoa pode morrer em semanas. No entanto, os medicamentos usados no combate à doença garantem cerca de cinco anos de sobrevida, se o câncer for diagnosticado no início. "Apenas 20% dos pacientes sobrevivem mais que dez anos", afirmou Vânia.

O tratamento tem o foco em ajudar o paciente a suportar as dores por conta das lesões ósseas. Maria-Victoria explica que existem métodos variáveis de acordo com a idade e condições do doente. "Os com menos de 65 anos recebem fármacos, para reduzir a carga tumoral. Depois, às vezes ainda são submetidos a um transplante de medula". Já os pacientes com mais de 70 anos são medicados com uma combinação de substâncias, com o objetivo de retardar o avanço do câncer, segundo a especialista Maria-Victória.







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Ideli isenta ministro do PMDB de denúncia: foco é crise mundial




09 de agosto de 2011


Laryssa Borges
Direto de Brasília

Coordenadora política do governo, a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti (PT), buscou nesta terça-feira isentar o colega de Esplanada, o ministro peemedebista do Turismo, Pedro Novais, de qualquer participação em um suposto esquema de desvio de recursos de convênios na pasta e destacou que o foco agora é a crise financeira mundial. Na Operação Voucher, deflagrada pela Polícia Federal hoje, foram detidos, entre outros, o secretário-executivo do Ministério do Turismo, Frederico Silva da Costa, o secretário nacional de Programas de Desenvolvimento do Turismo, Colbert Martins da Silva Filho, e um ex-presidente do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur).

Ideli avaliou que, em uma análise preliminar, Novais não pode ser colocado no rol de suspeitos, uma vez que os convênios alvo da investigação datam de 2009, quando o peemedebista não era o titular do ministério. Em seguida, ela chegou a insinuar que a operação policial possa estar sob suspeição.

"O convênio base da investigação é de 2009. Portanto, o ministro Pedro Novais não teria tido participação nesse convênio que teve início em 2009. Espero efetivamente que as investigações que estão em curso pela Polícia Federal apontem única e exclusivamente quem tem a responsabilidade ou culpa. Quem cometeu qualquer ato ilegal deverá ser punido. Por isso a gente acompanha a investigação", disse a ministra antes de se reunir com a bancada do PMDB no Senado.

"Tivemos nesta manhã uma operação da Polícia Federal com a prisão de inúmeras pessoas, pessoas que têm ligações partidárias, no plural. Estamos aguardando o desenrolar dos acontecimentos. Operação da Polícia Federal se acompanha. É igual decisão judicial, você acompanha e cumpre. Se houver algum abuso, obviamente não haverá complacência na operação. Teve uma operação, tiveram inúmeras prisões. Estamos acompanhando e esperamos que tudo tenha sido feito de forma correta, dentro da mais absoluta legalidade", afirmou.

A chefe de Relações Institucionais afirmou não ter condição de responder sobre o destino dos servidores presos na manhã de hoje e indicou que até a presidente Dilma Rousseff não sabia do cumprimento dos mandados de prisão e busca e apreensão consolidados nesta terça. "Nós todos fomos surpreendidos hoje pela amanhã quando na reunião que teríamos com ela para preparar o ato e o fechamento do acordo sobre o Supersimples no Palácio. Não tive informação anterior e não tenho nenhuma notícia de que alguém tenha tido informação anterior", disse.

Para Ideli Salvatti, independentemente da operação da Polícia Federal, o foco de atenções do governo é a crise financeira internacional e os possíveis reflexos no mercado brasileiro. "O grave neste momento é a crise econômica internacional. Isto é a nossa principal preocupação, e as medidas que já vem sendo tomadas e precisam continuar a ser tomadas, aprovadas, inclusive aqui no Congresso, para que o Brasil continue blindado, para que nós consigamos proteger nosso emprego, proteger a nossa indústria, proteger a nossa economia dessa gravíssima crise internacional que infelizmente todos nós estamos acompanhando", afirmou.

"Por mais grave ou sério que algum outro problema aconteça nós vamos cuidar, temos responsabilidade de cuidar, de conversar, de dar encaminhamento, mas em hipótese alguma podemos desviar o foco central. O foco central são as medidas necessárias que o governo vem adotando para enfrentar a crise", completou a ministra.

Operação Voucher
Superintendência da PF no Amapá, a ação cumpriu mandados de prisão em Brasília, São Paulo e Macapá (AP). Segundo a investigação, um esquema ilegal de desvios de recursos de convênios do Ministério do Turismo pode ter causado um prejuízo de cerca de R$ 4 milhões aos cofres públicos.

As irregularidades incluem o direcionamento das contratações às empresas pertencentes ao esquema, ausência de preço de referência e de critérios de aceitabilidade de preço, a não execução ou execução parcial do projeto contratado, o pagamento antecipado de serviços, fraude nos documentos comprobatórios de despesas, contrapartida não executada ou executada irregularmente pela entidade sem fins lucrativos e inexistência de fiscalização do convênio pelo Ministério do Turismo.






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